Para preservar o seu poder, o presidente venezuelano
está disposto a ceder o seu país aos Estados Unidos.
30 de Outubro de 2025 Robert Bibeau
Para salvar o seu poder, o traiçoeiro presidente venezuelano está pronto
para entregar o seu país aos Estados Unidos.
Nunca o lema "o inimigo está dentro
do nosso próprio país!", especialmente entre aqueles que detêm o poder,
foi tão relevante como nos nossos tempos conturbados. Especialmente na
Venezuela.
No exacto
momento em que o chefe de Estado venezuelano, Maduro, convocava publicamente o seu
povo a mobilizar-se "para defender a pátria e a soberania" contra os
Estados Unidos, negociava nos bastidores um acordo com o presidente americano
Donald Trump para salvar o seu regime.
"Estamos cobertos por uma única
bandeira, amarela, azul e vermelha. E esta pátria é inexpugnável, ninguém
tocará na Venezuela...", afirmou o líder venezuelano.
De facto, enquanto o presidente socialista Maduro, assim como os demais líderes do chavismo, com retórica repleta de veemência patriótica, anunciavam a mobilização de 4 a 5 milhões de membros da milícia nacional para combater a invasão americana, esses oligarcas negociavam com a Casa Branca uma "rendição económica" e uma "capitulação nacional".
Segundo o New York Times, vários responsáveis
venezuelanos reuniram-se com líderes americanos para negociar um plano de
" rendição económica ", que
essencialmente significa entregar toda a riqueza do país aos Estados Unidos.
Para preservar o seu poder, os responsáveis venezuelanos ofereceram ao governo
Trump uma participação maioritária no petróleo e noutros recursos minerais da
Venezuela.
A informação foi imediatamente confirmada
pelo presidente dos EUA, Donald Trump. O chefe de Estado americano afirmou que o
seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, ofereceu-se para fazer grandes
concessões a fim de aliviar as tensões entre os dois países. " Ele [Maduro] colocou tudo na mesa. Tem razão. Sabe porquê? Porque ele não
quer brincar com os Estados Unidos.", declarou o presidente americano na
Casa Branca, em resposta à pergunta de um jornalista que sugeria que a
Venezuela havia oferecido colocar alguns dos seus recursos naturais em risco.
Segundo o New York Times ,
" Os principais colaboradores do Sr.
Maduro, o homem forte da Venezuela, propuseram abrir todos os projectos
petrolíferos e auríferos existentes e futuros às empresas americanas. Conceder
contratos preferenciais às empresas americanas. Inverter o fluxo das exportações
de petróleo venezuelano da China para os Estados Unidos e reduzir os contratos
energéticos e mineiros do seu país com empresas chinesas, iranianas e russas."
Noutras palavras, o presidente venezuelano
está a propor não apenas uma abdicação nacional, mas sobretudo uma aliança
militar… contra a China.
De facto, ao propor reduzir, ou mesmo
suspender, os contratos de energia e mineração do seu país com empresas
chinesas, iranianas e russas, o presidente Maduro está a negociar nada
menos que a integração da Venezuela no bloco ocidental, que agora está em
guerra aberta contra a China e a Rússia .
No entanto, os americanos recusaram as
ofertas de Maduro de "rendição nacional" e "abdicação
económica". Porque é que a Casa Branca rejeitou essa oferta tentadora?
Porque a líder da oposição, María Corina Machado , figura proeminente da
extrema-direita venezuelana e recente vencedora do controverso Prémio Nobel da
Paz (de cemitérios) (sic), é mais covarde e traiçoeira, e fez melhores
concessões económicas aos americanos. Além disso, ela é conhecida pela sua
docilidade e subserviência.
A nova vencedora do Prémio Nobel da Paz, ainda em guerra com o seu país e o seu povo, já que se prepara para entregá-los aos Estados Unidos, garantiu ao governo americano que uma riqueza económica de mais de 1,7 triliões de dólares em 15 anos aguardava as empresas americanas na Venezuela, assim que o seu movimento chegasse ao poder.
Assim, os dois líderes rivais da
Venezuela, Maduro e Machodo, competem em baixeza e traição para entregar o seu
país aos Estados Unidos e a riqueza nacional da Venezuela aos capitalistas
americanos.
Sem dúvida, a Casa Branca, presa entre
dois traidores, prefere garantir os serviços presidenciais do seu protegido,
seu fantoche Machodo, que defenderá servilmente os interesses americanos.
Os proletários venezuelanos devem desconfiar dos seus líderes, tanto os que
estão no poder quanto os da oposição. Acima de tudo, não devem deixar-se
enganar pela propaganda patriótica e "anti-imperialista" actualmente
disseminada pelo regime traiçoeiro de Maduro . E devem
lembrar que o inimigo está dentro do próprio país. É contra esse inimigo,
interno e externo, e contra todos os servos das potências imperialistas, que o
proletariado se deve defender, trilhando o caminho da luta de classes
independente e anti-capitalista.
Khider MESLOUB
Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa
por Luis Júdice

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