(do nosso correspondente do Porto)
Qualquer projecto que mereça o apoio do povo e de quem trabalha é imediatamente alvo do mais profundo dos ódios e da repressão por parte do poder que está ao serviço dos grandes interesses da especulação imobiliária e dos interesses dos grandes grupos financeiros e bancários, da burguesia em geral.
É o caso do projecto Es.Col.A que mereceu, desde o início, o acolhimento e o carinho por parte dos trabalhadores e do povo que habitam o Bairro da Fontinha, na cidade do Porto, sobretudo porque se tratava da ocupação de um edifício que estava abandonado há mais de cinco anos, sem que dele se retirasse qualquer proveito para os moradores do bairro, ao mesmo tempo que concitava o mais profundo dos ódios de Rui Rio e da Câmara Municipal do Porto, que dirige.
Também ele adepto do princípio custe o que custar de Passos Coelho, determinou no passado dia 19 de Abril, e para tal instruiu a PSP e a Polícia de Choque, a mesma que agora tem instruções para aplicar a tolerância zero a toda e qualquer iniciativa popular que fuja ao status quo a que estão habituados quando lidam com a chamada esquerda responsável (nomeadamente a esquerda parlamentar), o cerco do Bairro da Fontinha, a expulsão dos activistas que desenvolviam trabalho voluntário na Es.Col.A, transformando um espaço criminosamente abandonado pela CMP, num espaço de cultura e pedagogia para os filhos dos trabalhadores e do povo do bairro.
Hoje, dia 25 de Abril, pelas 17 horas, milhares de pessoas, em solidariedade com os moradores do Bairro da Fontinha, iniciaram, junto à Câmara do Porto, a marcha que levou à reocupação do espaço Es.Col.A, desalojado violentamente por polícias e bombeiros (estes sem saberem ao que iam), na Quinta-feira passada, a mando do autocrático presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio.
A polícia desta vez não estava presente, apesar das sonantes ameaças de tolerância zero já referidas. Ou melhor, não esteve presente no Bairro da Fontinha, mas esteve presente durante o percurso. Segundo vários elementos do povo que assistiram ao momento da carga policial do passado dia 19, pelo menos quatro carrinhas estiveram de prevenção.
Para já, não chegaram a intervir e terão recolhido ao quartel. Mas, não há que alimentar ilusões. Rui Rio pode ter recolhido momentaneamente as garras, mas elas estão afiadas e prontas a saltar sobre a sua presa na primeira oportunidade.
Só uma resposta existe para o povo do Bairro da Fontinha e para o projecto Es.Col.A, só uma saída lhes assegurará a vitória: Ousar Lutar! Ousar Vencer! Os trabalhadores e o povo dos bairros populares do Porto, os activistas da Es.Col.A, devem unir-se, organizar-se, reocupar o espaço de onde foram expulsos, como agora fizeram, as vezes que forem necessárias, ligando essa luta à luta mais geral dos trabalhadores e do povo para derrubar o governo de traição Coelho/Portas e o executivo e presidente da CMP, Eng.º Rui Rio.
(retirado de http://lutapopularonline.blogspot.pt/)
Com a nova actuação da câmara de Rui Rio, ficou demonstrado até à saciedade que falta cumprir e muito correctamente o ultimo paragrafo deste excelente texto.
ResponderEliminarO Povo Vencerá!