domingo, 30 de abril de 2017

Ataque à memória de Martins Soares não pode ficar sem resposta!

Ainda a propósito de uma notícia que foi publicada no jornal  LUTA POPULAR Online, órgão central do PCTP/MRPP - http://www.lutapopularonline.org/index.php/partido/2236-provocacao-contra-o-partido-e-a-memoria-de-martins-soares - a denunciar a miserável provocação de que foi alvo o nosso muito querido camarada Martins Soares, um reconhecido e prestigiado dirigente comunista, marxista-leninista, não podia deixar de contextualizar de que meio familiar, político e cultural vinha este nosso camarada.
Miguel Carvalho
O rosto de uma provocação rasteira e miserável

Se este provocador social-fascista tivesse feito – ou tivesse querido fazer – um bom trabalho de casa, começaria por verificar que, do ponto de vista cronológico,  não poderia o nosso camarada ter estado na reunião ocorrida em Paris, em Setembro de 1974, já que, infelizmente, havia falecido, num trágico acidente rodoviário, em Junho de 1974.

Como se pode dar credibilidade ao resto do relato histórico sobre a história dos grupos de extrema-direita que este jornalista, agora arvorado em historiador, nos propõe em “Quando Portugal ardeu”, quando se constatam mentiras deste jaez?!

O que é objectivo e inegável é que a objectividade do relato dos factos feita por Miguel Carvalho visa escamotear que grupelhos fascistas como o ELP e o MLDP prestaram, de facto, um grande serviço ao PCP ao proporcionarem ao partido social-fascista a justificação para o contra-golpe que levaram a cabo a 11 de Março de 1975, do qual ía resultando - não fosse a resistência democrática e patriótica que se gerou e se lhe opôs– uma verdadeira ditadura social-fascista em Portugal.

A verdade da mentira de Miguel Carvalho atinge, porém, outros protagonistas. Não foi só a memória do nosso camarada Martins Soares que ele atacou e provocou, mas também o seu passado familiar onde grandes figuras da cultura marcaram presença, desde logo a da sua mãe, Luzia Maria Martins.

A mentira tem perna curta
Luzia Maria Martins que, a 16 de Dezembro de 1964, em conjunto com a sua amiga de sempre, Helena Félix, apresentaram o primeiro espectáculo – a peça “Joana de Lorena” – da Companhia “Teatro Estúdio de Lisboa” na sala de cinema da Feira Popular de Lisboa, em Entrecampos. Sala que haveria, a partir de 1972, de converter-se no icónico “Teatro Vasco Santana” – em homenagem àquele que foi considerado um dos maiores actores de sempre do teatro e do cinema portugueses.

Falecida a 26 de Junho de 2001 e considerada por muitos como a precursora do teatro independente em Portugal e a quem José Saramago atribui a responsabilidade de o ter feito escrever uma peça de teatro - "A Noite" -, Luzia Maria Martins era mãe do nosso querido camarada. Foi também a sua memória que este energúmeno que dá pelo nome de Miguel Carvalho, atacou.

 Na sua sanha persecutória ao MRPP – hoje PCTP/MRPP -, e a mando do partido social-fascista, tal como não cuidou de proceder ao contraditório quanto à informação objectiva que, segundo ele, colocava Martins Soares, em Paris, em Setembro de 1974, quando havia falecido em Junho desse ano, isto é, cerca de 4 meses antes do alegado evento fundador do ELP, também não se interessou, sequer, por saber quem era, de que meio sócio-cultural e político, provinha o nosso camarada.

Martins Soares que, para além de militante e dirigente do então MRPP - hoje PCTP/MRPP - tinha sido director de "O Tempo e o Modo", na 2ª fase do seu percurso, um forum político e cultural de grande prestigio e que deu um importante contributo à luta contra o regime fascista.


Um acto de miserável e rasteira provocação, como se pode constatar da verdade da mentira sobre os factos que dão consistência às conclusões objectivas a que o jornalista/historiador – e social-fascista – Miguel Carvalho chegou no seu vómito que designou como livro “Quando Portugal Ardeu”. Uma provocação que certamente não ficará sem resposta!

3 comentários:

  1. Quem deveria de arder era este porco social-fascista, historiador da treta, tal como existem outros historiadores vendidos à burguesia, fazendo actualmente coro com outros oportunistas, comentadores da burguesia portuguesa e europeia.

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  2. Estes verdadeiros construtores de 'verdades alternativas' têm muito para ensinar Trump e pandilha...um fartar vilanagem!

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  3. Camarada Júdice eu penso que talvez o Miguel Carvalho se tenha enganado na compilação dos dados. Ele parece ser um grande repórter. lembro-me de alguns excelêntes artigos que ele fez na Revista Visão desmascarando a ditadura de Alberto João Jardim, aqui na Madeira!

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