O emplastro é normalmente aquele personagem inconveniente
que aparece na fotografia sem ter
sido convidado, ora estragando o enquadramento,
ora provocando o riso quando o objectivo a retratar é para ser levado a sério.
O mais famoso dos emplastros, o rei, é uma figura produzida
pela Invicta, a magnífica cidade do Porto que, mais recentemente, se decidiu internacionalizar e até na capital já de
vez em quando aparece.
Nestas eleições autárquicas, muito provavelmente querendo
tirar partido da simpatia que o povo tem
nutrido pelo emplastro do Porto, PSD e PS decidiram criar os seus próprios emplastros. Assim, não há cartaz a
promover candidato a junta de freguesia da capital que por detrás não tenha o emplastro Costa ou o emplastro Seara, consoante o candidato integre as listas do PS ou do PSD, com uma tão sorridente quanto hipócrita fronha.
A diferença é que o emplastro
da Invicta é uma figura genuína, que cria empatia junto do povo, pois não
faz mal a ninguém e dispõe bem. Ao contrário dos emplastros Costa e Seara, cujos partidos – PS e PSD – ,devido à
ideologia e programa político que vêm defendendo desde que estão à frente do
executivo camarário de Lisboa – há mais de 30 anos - , à vez, a sós ou
coligados, foram responsáveis pela expulsão de mais de metade da população da
cidade de Lisboa, sua desertificação, abandono e degradação.
A política dos partidos de que ambos são proeminentes
figuras, é a responsável pelo sequestro da capital ao interesses dos grandes
grupos imobiliários e do patobravismo, da invasão do automóvel, da caça à multa
e imposição de toda a sorte de taxas e emolumentos, como alternativa às
receitas que a indústria e a actividade económica produtiva, que eles se
encarregaram de destruir com os seus PDMs, geravam.
Destes emplastros o
povo, e em particular os lisboetas, não precisa. Mais, para que o objectivo de
tornar estas eleições um plebiscito que leve ao derrube deste governo de
traição nacional se torne uma realidade, há que isolar e denunciar estes
personagens como integrando as forças políticas que assinaram o memorando de
entendimento com a tróica germano-imperialista que subjuga o nosso povo e
agrava as suas condições de vida, provocando mais desemprego, fome e miséria e
comprometendo a independência nacional.
Sobre os emplastros comprometidos com o objectivo de fazer o povo pagar uma dívida que não contraiu e da qual não retirou qualquer benefício só pode haver uma atitude...fogo nas peças!
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