sábado, 14 de setembro de 2024

Ucrânia. Fim da incursão no Kursk – Mísseis de longo alcance – Fim da guerra???

 


 14 de Setembro de 2024  Robert Bibeau  Sem comentários


Por Moon of Alabama – 11 de Setembro de 2024.

A incursão ucraniana na região russa de Kursk está a chegar ao fim.

O comando ucraniano tinha enviado para a região as suas melhores tropas e equipamento. Chegou mesmo a enviar as suas últimas reservas motorizadas para a operação. Na semana passada, reforçou o contingente. Mas quatro semanas de bombardeamentos russos e de ataques de artilharia tiveram o seu preço.

Fosse qual fosse o objectivo da incursão, não foi alcançado. Por breves instantes, a moral ucraniana foi reforçada, mas esse efeito já se desvaneceu.

O preço foi elevado. Metade das tropas e do equipamento investidos na incursão desapareceram.


A Rússia parece acreditar que já não tem muito a ganhar com esta armadilha e começou a fechá-la. Ontem, um rápido ataque de fuzileiros navais e pára-quedistas russos libertou dez cidades e aldeias das forças ucranianas. Hoje, pelo menos mais três cidades foram libertadas.


A maior parte dos tanques e veículos blindados de combate que os ucranianos tinham trazido para a batalha desapareceram. Terão de se retirar em qualquer veículo que encontrem. E terão de o fazer sob bombardeamentos constantes. Dentro de duas ou três semanas, os ucranianos que sobreviveram estarão provavelmente de volta às suas próprias fronteiras.

O Secretário de Estado norte-americano Blinken está hoje em Kiev. Provavelmente informará os ucranianos de que estão agora autorizados a utilizar armas americanas, em particular mísseis de longo alcance, contra alvos na Rússia.

Colocam-se duas questões:

- Quantos mísseis americanos de longo alcance é que a Ucrânia ainda possui?

- Quantos alvos militares na Rússia ainda não foram evacuados ou receberam protecção adicional?

Penso que estes dois números são baixos.

A administração Biden tem discutido esta questão. Diz-se que o Pentágono se opõe a que a Ucrânia actue desta forma. Os generais sabem o que a Rússia pode fazer e temem retaliações. No entanto, os belicistas do Departamento de Estado parecem ter ganho a discussão.

Mas é o Pentágono que vai decidir se vai ou não reabastecer. Os ucranianos não receberão mísseis adicionais se os generais estiverem determinados a bloqueá-los.

Wall Street Journal relata que a Ucrânia está sob pressão para pensar numa solução final:

Alguns diplomatas europeus acreditam que a Ucrânia deve ser mais realista nos seus objectivos de guerra. Isso poderia ajudar as autoridades ocidentais a defender junto dos seus respectivos eleitores a necessidade de obter armas e ajuda ao país.

Altos responsáveis europeus dizem que Kiev foi informada de que uma vitória total da Ucrânia exigiria que o Ocidente fornecesse centenas de milhares de milhões de dólares em apoio, algo que nem Washington nem a Europa podem fazer realisticamente.

Zelensky terá de apresentar um plano B, mais realista do que a sua actual posição linha-dura nas negociações. Para qualquer cessar-fogo ou paz, a Ucrânia terá de ceder terras, uma boa parte delas, e terá de cumprir condições adicionais.

Se Zelensky não conseguir alcançar tal solução, alguém será encontrado para preencher esse papel.

Moon of Alabama

Traduzido por Wayan, revisto por Hervé, para o Saker Francophone. Sobre a Ucrânia SitRep. Fim da incursão no Kursk – Mísseis de longo alcance – Fim da guerra | O Saker francophone

 

Fonte: Ukraine. Fin de l’incursion à Koursk – Missiles à longue portée – Fin de la guerre ??? – les 7 du quebec

Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice




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