Se é certo que ainda só estão apurados pouco mais de 99% dos
votos expressos, faltando apurar os resultados da emigração, não menos certo é
que o grande derrotado da noite foi a coligação PÀF (PSD/CDS-PP), liderada
pelos traidores nacionais Passos e Portas e pelo patrono de ambos, Cavaco
Silva.

E isto sem ter em conta que, apesar de ter expulsado cerca de 500 mil portugueses do seu país, forçando-os à emigração e roubando, assim, esses votos que, potencialmente, se manifestariam contra as políticas que criaram as condições para tal, a PÀF não conseguiu vencer estas eleições legislativas, como agora quer fazer crer.
A coligação PÀF está inebriada com
os resultados e pretende com essa atitude de vã vaidade escamotear que perdeu
em todas as frentes que quisermos considerar. Esperem até ver como se
"sub-dividem" os deputados eleitos quando, no parlamento agora
eleito, surgirem os "grupos parlamentares" de PSD e CDS separados,
como sempre, no hemiciclo.
Uma simples operação aritmética, tendo em conta o somatório dos resultados que aqueles partidos - PSD e CDS - tiveram em 2011 e a percentagem de cada um em relação a essa soma, traduzir-se-ia (quando ainda faltam apurar os votos da "emigração") numa projecção para 2015 em 86 deputados para o PSD e 18 para o CDS!
Uma simples operação aritmética, tendo em conta o somatório dos resultados que aqueles partidos - PSD e CDS - tiveram em 2011 e a percentagem de cada um em relação a essa soma, traduzir-se-ia (quando ainda faltam apurar os votos da "emigração") numa projecção para 2015 em 86 deputados para o PSD e 18 para o CDS!
Aí
sim, é que se terá a verdadeira dimensão do rombo eleitoral que sofreram e se
verá a lata que o palerma de Boliqueime terá em solicitar à coligação
"vencedora" que forme governo!
Só terá, pois, “legitimidade”
para governar se o PS de António Costa – que já afirmou não se demitir – lhe
der cobertura, em nome de uma imbecil e oportunista definição de
“responsabilidade” em viabilizar uma “solução governativa”, mesmo quando, como
é o caso, o povo e quem trabalha a tenha rejeitado maioritariamente.
Podem ter conseguido impor que eram tabu temas como a dívida
– ou o que têm a propor quanto a quem e como a paga. Podem ter silenciado outro tema, a saída do euro, uma moeda que funciona como garrote para a nossa economia e independência, assim como a
emergência da saída de Portugal de uma “União” Europeia que tem imposto a venda
a desbarato de todos os activos estratégicos que o país possui – e se prepara,
ao abrigo da filosofia de um “mar europeu” ou mar azul, para açambarcar todos
os recursos e dominar a nossa Zona Territorial Exclusiva.
Podem ainda silenciar os que exigem discutir temáticas como o Tratado Orçamental , que nos retira a soberania
para realizar e apresentar leis gerais
do orçamento que não sejam previamente escritos e aprovados por Bruxelas, isto
é, por Berlim e pela chancelerina Merkel.
Podem ter imposto como tabu que não se tenha discutido,
durante a campanha eleitoral, temas como a perda de soberania cambial,
monetária e financeira, que a pertença ao euro e à UE implicaram.
Mas, de uma coisa podem estar certos. Apesar de dura e
prolongada, a luta vai continuar. E com tanto mais força quando as políticas de
austeridade que levaram a um dramático empobrecimento do povo e a uma mais
pronunciada perda da soberania nacional, ficaram, como fica demonstrado pelos
resultados eleitorais expressos, cada vez mais isoladas.
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