quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Vote no seu futuro, ouse lutar, ouse vencer, escolha o seu campo!

A política não me interessa, afirmam muitos elementos do povo para justificar o seu desinteresse, desprezo e alheamento por todo e qualquer acto eleitoral. Uns dizem-no por estarem legitimamente desgastados com mais de 40 anos de traições, roubo, destruição do seu posto de trabalho, ataque à sua dignidade e ao seu direito a sonhar.

Outros, porque não entendem que votar é um acto de cidadania duramente conquistado pelos mesmos que conquistaram o direito a um contrato colectivo de trabalho, à semana de 40 horas, a saúde e à educação – para si e para os seus filhos -, a férias, isto é, à classe operária, aos trabalhadores, ao povo em geral, ao qual pertencem e do qual emanam.

Mas se é certo que estão desinteressados pela política, asseguro-lhes que a política está muito interessada neles. Sobretudo por aquele sector de classe – a dos exploradores e vende pátrias – que faz da política um circo de patranhas e enganos, de inuendos sem fim, um sector que sabe que a abstenção, o voto nulo ou em branco, favorece as grandes e bem oleadas máquinas partidárias, que dominam os órgãos de comunicação social e definem os  critérios jornalísticos que impedem,  numa atitude profundamente anti-democrática e fascista, aqueles que pugnam pela defesa dos interesses  do povo e  de quem trabalha de debater e defender os seus pontos de vista e as suas propostas.

Isto porque, segundo o método em que se baseia o sistema português – o método de Hondt -, é indiferente que votem 100% dos eleitores inscritos nos cadernos eleitorais ou apenas ... 20! O sistema distribui os lugares destinados a deputados na exacta percentagem dos 20 eleitores que se dispuseram a votar. O que é mais confrangedor é verificar que, independentemente do grau e dimensão da abstenção, votos brancos ou nulos, as máquinas partidárias fazem com que a sua clientela – uma minoria – capture os anseios, as expectativas e os direitos da esmagadora maioria do povo.

O resultado de quarenta anos de desgastante e viciada política de alterne, protagonizada por PS e PSD, a sós ou coligados, quase sempre com um valet de chambre que dá pelo nome de CDS/PP, está à vista. Destruição do tecido produtivo, com a consequente destruição de postos de trabalho. Sem agricultura, sem pescas, sem indústria ligeira e pesada, Portugal vê-se hoje na contingência de ter de importar mais de 80% daquilo que necessita para alimentar o povo e gerar economia.

Claro que, nestas circunstâncias, o saldo da balança de transacções se agrava continua e dramaticamente, assim como a dependência externa. Dependência que se pronuncia com a imposição de uma moeda forte como o euro . o marco alemão travestido – para uma economia incipiente e frágil como a portuguesa e que, a par da política de traição nacional que levou à venda dos principais activos estratégicos nacionais, destrói qualquer capacidade de levar a cabo uma política autónoma, soberana e independente que defenda os interesses do povo e tire o maior proveito das vantagens competitivas de partida que conferem a Portugal um lugar de destaque na nova centralidade europeia.

Para travar o genocídio fiscal que lhe foi imposto, a sangria de elementos do povo que, para fugir ao desemprego e à miséria, são forçados a emigrar, ao povo só lhe resta interessar-se por uma política que esteja ao seu serviço e que ele possa dirigir e influenciar. Para tal é preciso votar naqueles que não fazem da dívida, do euro, da continuidade de Portugal na União Europeia e da Justiça, um tabu. É preciso votar contra os partidos germanófilos que estão comprometidos até ao pescoço com a estratégia imperial da Alemanha que, tal como Hitler preconizava num passado recente, visa impor o espaço vital alemão, colonizando todos aqueles países que se ajoelham perante os seus ditames.

Este blogue e o seu autor, de forma militante, consciente e activa, sabe de há muito qual o campo que escolheu. O campo da classe operária, o campo de quem trabalha ou trabalhou toda uma vida, o campo do povo oprimido e pobre, o campo dos que defendem que a única saída passa por uma Frente de Unidade Democrática e Patriótica. Por isso, no próximo dia 4 de Outubro, vota PCTP/MRPP!

Luis Júdice






Outubro de 2015 

sábado, 19 de setembro de 2015

Urge constituir uma Frente de Unidade Democrática e Patriótica!

Os defensores da corrente “neo-estruturalista” do pensamento gostam muito de se gabar do “realismo” das suas propostas, que afirmam estar assentes numa análise das “necessidades” concretas. Em tal classificação encontram-se, entre outros, e em Portugal, o Bloco de Esquerda e o PCP.

Têm o péssimo hábito de negar a dialéctica marxista e de propor que um fenómeno deve ser analisado de “per si” e não contextualizado numa sequência histórica, isto é, como de uma causa que produz um efeito e deriva de uma luta de contrários. Escamoteiam que para se saber como sair da situação política em que os partidos do chamado “arco da governação” mergulharam os trabalhadores e o povo, se torna absolutamente imprescindível saber como chegámos aqui.

É por isso que defendem uma posição empírica e oportunista quando interpretam a história de 41 anos de pós-25 de Abril de 1974. É por isso que confundiram o golpe de estado burguês que nessa data se produziu com o movimento revolucionário que se lhe seguiu e que foi despoletado pelo libertar de energias revolucionárias que se tinham acumulado na sociedade portuguesa ao longo da ditadura fascista e colonialista, assim como branqueiam as suas responsabilidades no desarmar e capitular desse movimento revolucionário.

É também por essa visão estreita, obtusa, reformista e oportunista que não entendem que a presente situação de Portugal e o genocídio fiscal a que os trabalhadores e o povo português estão a ser sujeitos – e continuarão a sê-lo se for o PS a protagonizar o próximo governo -, só poderá ser resolvida no quadro de uma recusa do pagamento de uma dívida que não foi contraída pelo povo, nem dela o povo retirou qualquer benefício, da saída do euro e da adopção do novo escudo, assim como da desvinculação da União Europeia.

Quando, a par disso, se propõe a expulsão da tróica germano-imperialista e o derrube de qualquer tipo de governo germanófilo, para que seja possível levar a cabo um plano de restauração do tecido produtivo, liquidado pela forças que se venderam por 30 dinheiros aos interesses dos grandes grupos financeiros, bancários e industriais e traíram os interesses do povo português e comprometeram a soberania nacional, aceitando que as políticas fiscais, cambiais e orçamentais passassem a ser determinadas por um directório europeu ao serviço do imperialismo germânico, estes “neo-estruturalistas” enfadam-se e encolhem os ombros com o desprezo dos imbecis que não compreendem que existe uma causa e um efeito em todos os fenómenos, sobretudo os políticos e sociais.

Como se enfadam, porque não compreendem, que afinal Portugal não é um país da periferia, podendo mesmo, desde que um governo de unidade democrática e patriótica possa emergir desta crise, vir a ser protagonista na nova centralidade europeia, desde que saiba aproveitar as suas vantagens estratégicas de partida.

Um exemplo claro disto resulta do facto de muito brevemente estarem terminadas as obras de alargamento do Canal do Panamá, que possibilitará a navegação de navios que podem transportar entre 17 a 18 mil contentores. Paralelamente, está em fase de conclusão, o novo Canal da Nicarágua, ainda mais largo e profundo do que aquele, e que possibilitará a navegação de navios de ainda maior calado, capacitados a fazer o transporte de 20 mil contentores.

Ora, num quadro mundial em que o transporte marítimo assume uma cada vez maior relevância, levando potências como os EUA e a China a uma preocupação crescente com a implantação e controlo de toda uma logística mundial, quer nas plataformas portuárias, quer nas ferroviárias, com o objectivo de promover, com a redução dos custos de transporte, preços mais competitivos num mercado cada vez mais global, não podemos deixar de observar a justeza da posição daqueles que vêm afirmando que uma estratégia de desenvolvimento assente nestas vantagens é incompatível com o pagamento de uma dívida ilegítima, ilegal e odiosa que compromete os fluxos financeiros necessários a esta aposta estratégica e ao euro que, sendo uma moeda forte para uma economia frágil como a portuguesa, constitui um autêntico garrote ao seu desenvolvimento, a uma política de emprego dinâmica e à prossecução de qualquer programa soberano e independente.

Portugal possui o único porto de águas profundas – Sines – em toda a Península Ibérica. A simples observação do mapa mundial permitirá fazer entender porque é que este facto pode vir a tornar Portugal na porta de entrada e de saída do essencial das mercadorias que vêm e vão para o continente asiático e americano, de e para a Europa. Um porto que já possui uma plataforma tecnológica de ponta, como tem vindo a ser assinalado por vários operadores internacionais.

Complementar esta possibilidade logística com o apetrechamento e modernização de outros portos ao longo da nossa costa – Lisboa, Aveiro, Matosinhos, Leixões, etc. – que poderiam receber navios de menor calado para onde contentores descarregados no porto de Sines dos navios “super-porta contentores”, acompanhado de uma política de investimentos numa rede ferroviária de alta velocidade, em bitola europeia, que unisse Sines a Leixões e Vigo e Portugal à Europa através da rota dos emigrantes – Aveiro, Vilar Formoso, San Sebastian, Irún e, depois, centro e norte do continente europeu – teria efeitos muito dinamizadores sobre a economia portuguesa e o trabalho.

Uma actividade destas implicaria a reanimação dos estaleiros navais e a actividade de construção e reparação naval. Tal implicaria a retoma da actividade mineira, mormente as minas de carvão e ferro, para alimentar a siderurgia nacional – e sobretudo a produção de chapa de laminagem a frio – que é essencial a essa actividade. Implicaria na reabilitação do sector da metalomecânica, quer a pesada, quer a ligeira, que asseguraria a construção de material circulante – carruagens, vagões, etc. – e carris e material de fixação.

A obtusidade de BE e PCP face a esta perspectiva está na razão directa da sua defesa da necessidade de se “renegociar” ou “reestruturar” a dívida e de permanecer no euro...a não ser que dele sejamos empurrados. Não perceberam que é precisamente esta necessidade e emergência de levar a cabo uma política independente, soberana e assente num plano económico que pode contrariar e reverter o objectivo que as potências que dominam a Europa e o euro – sobretudo a Alemanha – tinham e têm ao impor que destruíssemos o nosso tecido produtivo. Não percebem que quando se disse que Portugal entrou na CEE, foi de facto a CEE que entrou em Portugal.

Não percebem que foi o imperialismo germânico que trabalhou laboriosamente na estratégia de levar a cabo a destruição do nosso tecido produtivo para que ficássemos absolutamente dependentes do exterior. Não percebem que foi essa estratégia que levou a que o conjunto da actividade industrial e agrícola, que em 1974 representava cerca de 70% do PIB (40% para a indústria e 30% para a agricultura), não represente mais do que 15% na actualidade (13% para a indústria e 2% para a agricultura). Não percebem, portanto, que num quadro destes nunca haverá lugar a uma política sustentada, progressiva e eficaz de emprego. Nunca o país poderá gerar riqueza. Aliás, só poderá gerar pobreza, miséria e dependência.

Está bem de ver que para que este plano de recuperação seja posto em marcha, Portugal necessitaria de recuperar a sua soberania orçamental e financeira, que proporcionasse emissão de moeda em montantes suficientes para assegurar os financiamentos estruturais necessários. Claro que, quem tudo fez para nos capturar esses instrumentos de soberania – no plano fiscal, orçamental, cambial, financeiro, etc. – e que com isso encheu e continua a encher os cofres de dinheiro roubado ao povo e a quem trabalha, nunca se disporá a “facilitar” outra saída que não seja a de amarrar o país e o povo a uma moeda como o euro que significa um autêntico garrote, impeditivo de qualquer crescimento e independência.

É vital deitar pela janela, tal como os Conjurados fizeram em 1640, os Miguéis de Vasconcelos, traidores à pátria e corruptos, que abundam nos vários governos e cujos patrões imperiais generosa e abundantemente premeiam. Desde Vítor Constâncio, do PS, premiado com um lugar na vice-presidência do BCE, passando por António Arnaut, do PSD, ao qual foi dado um lugar de destaque na Goldman & Sachs - o banco dos bancos que, para além de ter criado as condições para que elas se formassem, mais tem lucrado com as chamadas "dívidas soberanas" - passando por Gaspar que saíu directamente do governo de traição nacional Coelho/portas, onde foi o ministro das finanças que gizou o maior genocídio fiscal de que há memória sobre o povo português, e acabou num lugar de destaque proporcionado pelo seu patrão FMI.

Derimir argumentos no campo do inimigo, apresentado-lhes um plano de “reestruturação” ou de “renegociação” da dívida, ao mesmíssimo inimigo que nos impôs a destruição do nosso tecido produtivo, conduz à oportunista ideia de que ele estará disposto a ouvir os “ofendidos” com a sua estratégia rapace e dará uma folga à presa que abocanhou. Se não fossem graves as consequências do espalhar destas ilusões no seio do povo e de quem trabalha, seria caso para os classificar de patetas!

Recuperar o tecido produtivo, reagrupar, refinar e replicar todo o “know how” que a classe operária e outros sectores do mundo do trabalho acumularam ao longo de décadas, conhecimento e massa crítica que que foi obrigada a entrar em modo de “suspensão”, repudiar a dívida, sair do euro e da União Europeia que, através do conceito de “Mar Azul” tenta abocanhar o último dos nossos recursos – o mar – é a única saída. Uma saída que exige a constituição de uma Frente de Unidade Democrática e Patriótica capaz de a materializar. A alternativa a esta saída é bem conhecida e o povo está a experimentá-la no corpo e na pele, todos os dias há mais de 40 anos!



quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Fábulas e mitos urbanos

Aos trabalhadores e ao povo português pouco interessa quem é que terá tomado a iniciativa de abrir as portas do país à tróica germano-imperialista e criado as condições para o genocídio fiscal de que está a ser alvo e vítima. De facto, e nesta perspectiva, é indiferente se foi o PS ou o PSD, ou se foi o CDS o responsável porque o que é um facto é que todos eles assinaram esse pacto com o directório dos interesses de Merkel e do imperialismo germânico.

Assim como pouca ou nenhuma diferença fará se existirá uma diferenciação da intensidade na aplicação das políticas de empobrecimento e exploração a que tal pacto obriga, que cada um dos subscritores defende. É que, no que concerne aplicação de medidas tão draconianas que, para além de roubarem trabalho, salários, prestações sociais de vária natureza, saúde e educação, não existe esse autêntico mito urbano da existência de troiquistas de esquerda e de troiquistas de direita.

Diz o povo, e com razão. Que tão ladrão é o que rouba a vinha como aquele que lhe monta guarda.

É por isso, aliás, que PS, PSD e CDS tentam desviar as atenções do povo e de quem trabalha para o inócuo tema de determinar a paternidade de quem chamou a tróica germano-imperialista. Com esta manobra de diversão o que todos eles pretendem é escamotear  e fugir ao debate dos reais problemas com que o povo e quem trabalha hoje se debatem e que são a dívida, o euro e a pertença a uma comunidade que, cada vez mais, se entende como servindo exclusivamente os interesses imperiais da Alemanha que visa conquistar aquilo que nem Hitler logrou conquistar: o espaço vital alemão!

Não sendo indiferente para o povo e os trabalhadores portugueses qual o montante do genocídio fiscal a que estão ou continuarão a ser sujeitos – o PS propõe um saque mais moderado e a coligação PSD/CDS (PAF) a continuação da intensidade da execução do mesmo – o que interessa é saber o que cada um dos protagonistas pretende fazer quanto a uma dívida IMPAGÁVEL que, só em juros, representará este ano um saque de mais de 7 mil milhões de euros – mais do que a Lei do Orçamento de Estado previu para o sector da saúde em 2015 – e que, progressivamente, atingirá em 2020 os 17 mil milhões de euros.

Acontece que PS, PSD e CDS fogem como o diabo da cruz em discutir o facto de que, sendo sempre os trabalhadores e o povo a pagar, através da carga fiscal que lhes é imposta, uma dívida que não contraíram e da qual nada beneficiaram, uma dívida que lhes foi imposta pelo directório europeu, dominado pelos interesses dos grandes grupos financeiros, bancários e industriais da Alemanha para salvar a banca, transformando as suas dívidas em dívida pública, o seu pagamento terá uma relação directa com a liquidação do Sistema Nacional de Saúde, do acesso à educação, das prestações sociais a que tem direito e para cujo sistema toda uma carreira contributiva teve lugar.

Quando, de forma populista e manipulatória, tentam desviar a atenção do povo para questões acessórias como a de saber quem é o pai da vinda da tróica germano-imperialista para Portugal, quando tentam escamotear que essa tróica nunca de cá saiu, nem tem intenções de sair enquanto não for escorraçada pelo povo, escamoteiam sobretudo o facto de que a pertença ao euro e à União Europeia redundou na perda da soberania política, financeira, económica, fiscal, orçamental.

Escamoteiam o facto de ser insaciável a pretensão de Merkel e da potência imperialista germânica que comanda, em transformar Portugal - e outros países europeus – numa sua colónia ou protectorado, como bem o prova o facto de quererem agora, e depois de terem imposto a venda dos principais activos estratégicos do país – a preços de saldo -, assenhorar-se da plataforma marítima de Portugal (a sua Zona Exclusiva), sob o patético argumento de uma mar europeu, gerido para o bem comum – leia-se, os interesses da Alemanha – a que chamaram MAR AZUL.


Os patriotas, os democratas, os trabalhadores e o povo em geral, não se devem deixar enredar nestas manobras e devem impor que se recentre o debate naquilo que é essencial para a defesa dos seus interesses e da soberania de Portugal. Isto é, a recusa do pagamento da dívida, a saída do euro e a sua substituição por uma moeda nacional – o novo escudo – e a saída da União Europeia. Único caminho para assegurar um plano estratégico que leve à recuperação do tecido produtivo destruído e à recuperação da soberania e independência nacionais.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Do imperialismo os povos só podem esperar guerra e morte!

A propósito da Hipocrisia de Merkel e seus lacaios




Quando se trata de sujeitar os povos e nações europeias aos ditames da sua noção de solidariedade e subsidiaridade, Angela Merkel, líder da potência imperialista germânica, verbera o egoísmo e a imaturidade daqueles que não estão dispostos a facilitar a implementação e consolidação do espaço vital alemão que, primeiro Hitler, e agora Merkel, perseguiam e perseguem, e tentaram e tentam impor aos restantes países europeus...e não só!.


Mas, quando se trata de alimentar a hipocrisia, branquear a história e os eventos que levaram à presente crise dos refugiados, isto é, à responsabilidade de quem promoveu as guerras de agressão e pilhagem que a imperial Alemanha, aliada do imperialismo americano, levaram a cabo nos países e territórios de onde centenas de milhares de elementos dos povos dos mesmos fogem da guerra, da morte, da miséria e da falta de perspectivas futuras, que as referidas potências lhes roubaram, já é legítimo o egoísmo isolacionista que preside ao encerramento das fronteiras e à suspensão do Acordo Schengen.

Os dois pesos e duas medidas de quem se arroga poder decidir sobre o futuro dos povos.
Não que seja novidade para os povos, mas o imperialismo é a guerra e a morte e a unidade europeia um logro. Tal como os acontecimentos mais recentes na nossa história comprovam à exaustão.

Só ousando, como outros povos no passado o fizeram - provando que o imperialismo é um tigre de papel -, lutar contra a prepotência e a rapina imperialista, seja ele de que natureza ou violência que for, é que os povos alcançarão a Paz, a Independência e a Prosperidade para os seus países.


Está confuso àcerca do que se está a passar com a Crise dos Refugiados?

Num momento em que a imperial Alemanha anuncia a suspensão do espaço Schengen e os ministros da Administração Interna dos Países da União Europeia se reúnem para discutir a Crise dos Refugiados e as medidas de  contenção – leia-se, de repressão – a implementar, considero muito oportuna a divulgação de uma nota que roubei ao mural do Facebook do meu amigo Leonel Barreiros. Aqui vos deixo, devidamente traduzido, o texto que ele partilhou, escrito pela jornalista norte-americana AUBREY BAILEY.

"Está confuso com o que se está a passar no Médio Oriente? Deixe-me explicar-lhe.
Nós (EUA) apoiamos o governo iraquiano na luta contra o Estado Islâmico(EI). Nós não gostamos do EI , mas o EI tem o apoio da Arábia Saudita de quem nós gostamos.
Nós não gostamos do presidente Assad na Síria. Apoiamos a luta contra ele, mas não o EI, que também luta contra ele.

Nós não gostamos do Irão, mas o Irão apoia o governo do Iraque contra o EI. Assim sendo, alguns dos nossos amigos apoiam os nossos inimigos e alguns dos nossos inimigos são nossos amigos, e alguns dos nossos inimigos estão a lutar contra outros inimigos nossos, os quais queremos derrotar, mas não queremos que sejam os nossos inimigos que os estão a combater que os vençam.

Se as pessoas que queremos derrotar forem derrotadas, elas podem vir a ser substituídas por quem gostemos ainda menos. E tudo isto começou porque invadimos um país com o objectivo de expulsar dele os terroristas que de facto não estavam lá, até que nós lá chegamos para os expulsar. Compreende agora?"



AUBREY BAILEY, Fleet, Hants.

O que fica absolutamente claro é que a política de aparente caos que o imperialismo americano e seus cúmplices europeus , com o imperialismo germânico à cabeça, promovem no Médio Oriente (mas não só), visa dividir para reinar numa região parteira de recursos estratégicos de enorme e vital importância para o seu objectivo de dominação global.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Descubra as "diferenças" entre Costa, Passos e Portas!

O António Costa tem-se desdobrado em fazer crer aos trabalhadores e ao povo português que o PS sob a sua direcção, ao contrário do que sucedia com Seguro, é que tem feito a verdadeira e violenta, mas construtiva, oposição ao governo de traição nacional protagonizado por Passos e Portas, tutelado por Cavaco.

De quando em vez, arroga-se mesmo em classificar o seu homólogo François Hollande, que foi eleito pela maioria do povo francês para Presidente daquele país com base no mesmíssimo programa de emprego e crescimento que está na base do anti-austeritário programa do PS de Costa, como demasiado apaziguador e submisso em relação à imperial Merkel.  
Quem tiver pachorra para o ouvir, não o mandará prender. Se o manto diáfano da mentira não tivesse consequências, dir-se-ia que o homem é diferente e quer fazer a diferença em relação a Passos e a Portas. Mas, não! Quanto à dívida, escamoteia que ela é produto da transferência de passivos e dívidas dos bancos, logo dívidas privadas, para o domínio público. Isto é, compactua com a imposição de ser o povo português a pagar uma dívida que não contraiu nem dela retirou qualquer benefício e com o princípio imposto pela União Europeia de que as dividas bancárias devem ser nacionalizadas!

Pior do que isso, foge como o diabo da cruz - tal como Passos, Portas e Cavaco - à outra das questões centrais, independentemente de saber qual deles pode, eventualmente, ganhar as eleições e ser chamado a formar governo, que é a de se saber como se dispõem estes bandidos a pagar uma dívida que este ano atingirá os 130% do PIB e que em juros representará mais de 7 mil milhões de euros, cuja progressão redundará em mais de 17 mil milhões de euros daqui a 20 anos! Isto é, aquilo que o Orçamento de Estado deveria dedicar para os sectores da Educação e da Saúde que, para que a dívida e os seus juros sejam pagos, estão a ser pura e simplesmente liquidados.


Para tentar credibilizar a "excelência" da sua gestão fala da sua acção como Presidente da Câmara Municipal de Lisboa. O exemplo acabado do que, caso venha a ser designado 1º ministro, fará para pagar a dívida e os seus juros. Esmifrar o povo português como esmifra o munícipe da capital. E se duvidas subsistissem quanto ao desfecho, basta atentar na factura que hoje recebi da EPAL, relativa ao consumo de água que a minha família - constituída por 4 elementos - fez durante o período de 23.06 a 22.08 do corrente ano (2 meses), para que elas se desvanecessem.

Num montante total de 135,89€, apenas 63,67€ são relativos ao abastecimento de água, sendo que os restantes 72, 22€, vão direitinhos para a Câmara Municipal de Lisboa : para saneamento são cobrados 45,97€, para resíduos urbanos e para uma rubrica adicional 6,12€, enquanto 2,23 € vão para Taxas e 3,95€ para IVA.