segunda-feira, 31 de maio de 2021

As suas pedras valem mais do que as nossas vidas.

 31 de Maio de 2021  Olivier Cabanel 

Num único dia, quase um bilião de euros foram angariados para reconstruir Notre Dame... e enquanto isso, centenas de sem-abrigo, quasimodos do nosso tempo, morrem na quase indiferença geral.


Os bilionários do país dispararam primeiro, e num lance, dezenas de milhões estão a chegar para salvar o monumento histórico...

Notre Dame de Aleppo, testemunha de 1300 anos de história não teve essa oportunidade, destruídaa sob um tapete de bombas, algumas das quais provavelmente eram francesas,... e provavelmente nunca será reconstruída.

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Os Pinaults, os Arnaults e outros Bettencourts  já libertaram meio bilião de euros, no que foram seguidos por outros grandes industriais... link

Só que, finalmente, é o Estado que faz uma má operação, já que os generosos doadores poderão deduzir ~70% das suas doações dos impostos que tiveram que pagar, fazendo finalmente um bom negócio às custas do Estado. link

Ainda mais desde que um ex-ministro da Cultura, Jean-Jacques Aillagon, neste caso, pediu que essa dedução subisse para 90%, e que o Estado aprovasse urgentemente uma lei nesse sentido. link

Ele retirou o seu pedido, ao descobrir que as doações já estavam perto de um bilião de euros, o que já era suficiente. link

Mas, nas ruas próximas, e por décadas, pobres ignorantes morrem todos os anos na indiferença de muitos ricos.

No entanto, Macron havia prometido que, a partir do  ano do seu mandato, ninguém viveria nas ruas. link

Somente na capital, 3.622 pessoas sem-abrigo foram contabilizadas em Fevereiro de 2019... quando o ano apenas tinha começado... foram 3035 em 2018,um aumento tão terrível, que não augura nada de bom para o futuro... link

Vamos acrescentar que desses 3622 sem-abrigo, 566 morreram nas ruas em 2018. link

Outra promessa que terá que ser colocada na gaveta das decepções...

Outra promessa que é objeto de debate é a que Macron acaba de fazer, sobre a reconstrucção da catedral devastada: tudo deve ser concluído para os Jogos Olímpicos, ou seja, em menos de 5 anos.

De facto, além das afirmações optimistas que garantem que o essencial tenha sido salvo, outros, mais seriamente, estão preocupados com o estado actual do edifício, alegando que alguns sectores foram seriamente degradados, e ameaçam desabar, causando na sua queda, a queda de outras partes do edifício.

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Para muitos especialistas, é missão impossível... começando com Alexandre Gady, historiador patrimonial que disse: "5 anos é um tempo político, não é muito sério...".

François Jouanneau, arquitecto dos edifícios de França deixa bem claro, declarando que "com a água e o calor, a estrutura ficou enfraquecida (...) acima de tudo, medidas urgentes devem ser tomadas para proteger e conservar todo o edifício. Isso é essencial para que o desastre não se estenda ainda mais. (...) uma vez que o todo esteja seco e estabilizado, será necessário diagnosticar ponto por ponto toda a estrutura e alvenaria, pedras e argamassa".

Philippe Bélaval, presidente do Centre des Monuments Nationaux, coloca a sua pitada de sal: "antes de determinar o programa de trabalho, será a fase mais longa: garantir a estabilidade do monumento". link

Segundo François Govent, inspector-geral de monumentos históricos, apenas para a definição do projecto e a criação do programa de obras, leva até dois anos.

Deve-se lembrar que esta etapa só pode ser iniciada uma vez que todo o edifício tenha sido estabilizado.

Além disso, segundo Franck Riester, actual Ministro da Cultura, a reconstrucção poderia ocorrer entre 10 e 15 anos... Stéphane Bern é ainda menos optimista, considerando 10 a 20 anos.

Em primeiro lugar, porque a experiência mostra que, em casos semelhantes, levou muito mais tempo para reconstruir prédios devastados deste tipo.

Alexandre Gady tenta uma comparação com o maior estaleiro de obras daEuropa, o do castelo de Lunéville, que sofreu um incêndio, lembrando que foi lançado em 2003, e ainda não está concluído... Há, pois, 16 anos. link

Além disso, é grave basear o período de reconstrucção na realização dos Jogos Olímpicos?... velocidade e pressa não combinam bem.

Parece que a promessa feita em tom solene por Macron, portanto, carece seriamente de discernimento.

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O mesmo talvez aconteça com o resultado do "grande debate"... cujo conteúdo já conhecemos, pois mesmo que o presidente tenha demorado a falar, o texto do discurso já havia sido enviado à media.

Já sabemos que o famoso RIC, um pedido prioritário dos mediadores, foi refutado, uma vez que se limitaria apenas às localidades, e em qualquer caso não a todo o país. link

Em suma, já podemos concluir que as exigências dos Coletes Amarelos foram simplesmente ocultas. link

Nestes tempos de incêndios graves, é sério colocar óleo no fogo?

Mas de volta a Notre Dame.

Sem cair numa teoria da conspiração, um homem questiona-se sobre este incêndio, e este homem não é qualquer um, já que é o arquitecto Benjamin Mouton, ex-arquitecto-chefe de Notre Dame de Paris que trabalhou no estaleiro de obras da catedral durante 13 anos, a fim de trazê-lo para padrões seguros.

Questionado por Pujada no canal LCI, ele perde-se em conjecturas e na pergunta: "você ficou surpreendido que esse fogo se tivesse espalhado tão rapidamente"... eao que responde: "completamente, incompreensível!, é carvalho muito velho, e queimou como um fósforo, como se fosse outra essência!, eu não entendo! a propagação é extremamente curiosa... Carvalhos de 800 anos, não queimam tão facilmente (...) toda a instalação eléctrica foi ajustada às normas, e a questão de um curto-circuito deve ser completamente descartada (...) alarmes de incêndio foram instalados , ligados directamente aos bombeiros (...) dois homens estavam permanentemente presentes, dia e noite, para ir ver assim que houvesse um alerta, alertando os bombeiros assim que a dúvida fosse levantada (...) Ainda estou bastante atordoado". link

No entanto, lembramos que um primeiro alarme tinha sido ouvido por volta das 18:30... perturbando o padre que estava a pregar naquele momento, pedindo aos fiéis para sair, em seguida, chamando-os de volta de seguida, aparentemente convencido de que se tratava de um falso alarme ... porque os seguranças não tinham notado fumo... alarme que iria explodir novamente 23 minutos depois, causando a fuga de todos os fiéis. link

Alguém levantará um dia essas áreas cinzentas?

Não podemos reescrever a história, mas o que teria acontecido se o 1º alarme tivesse sido levado a sério?

O incêndio poderia ter sido contido?

Pois como o meu velho amigo africano diz: "os sábios não arrancam o que o tolo plantou".

 

Fonte: Leurs pierres valent plus que nos vies – les 7 du quebec

Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice


O legado da governança burguesa da pandemia: pobreza e instabilidade

 


 30 de Maio de 2021  Robert Bibeau 

Se os europeus e os norte-americanos conseguiram até agora passar pela governança pobre da pandemia COVID-19, é graças, em parte, às medidas de apoio tomadas pelos seus governos, que mantiveram a economia à distância ao longo do último ano. No entanto, milhares de pessoas que vivem nesses países ricos sofreram perdas de rendimento muito significativas e há longas filas em frente aos balcões de ajuda alimentar.

 

© TED ALJIBE/Getty Images Os sem-abrigo fazem fila para receber uma refeição em 8 de Dezembro de 2020, em Manila, Filipinas, onde instituições de caridade têm lutado para satisfazer a procura desde o início da pandemia.

Nos países mais pobres, a situação é catastrófica. Confinamentos, recolher obrigatório, restricções, desfalques, mercado negro e outras medidas governamentais a pretexto da falsa pandemia farão entre 119 e 124 milhões de pobres (a viver com menos de US$ 1,90 por dia), de acordo com estimativas do Banco Mundial.

Este cálculo inclui pessoas cujo estatuto se deteriorou como resultado da pandemia (entre 88 e 93 milhões), mas também aqueles que teriam sido retirados da pobreza se não fosse pela má governança da chamada pandemia (31 milhões de pessoas).

Antes da pandemia, o Banco Mundial previu que haveria 31 milhões a menos de novos pobres em 2020. Estamos muito longe disso.

De acordo com uma pesquisa por telefone realizada pelo Banco Mundial em países em desenvolvimento, aos quais ele vem supostamente em socorro, desde o início da pandemia, 51,5% dos adultos tiveram que dispensar pelo menos uma refeição por falta de dinheiro. Os pobres não morrem do vírus – os governos lacaios fazem-nos morrer de fome sem contaminação viral.

Esta é a primeira vez em 20 anos que a taxa global de pobreza aumentará, diz Ambar Narayan, Economista Sénior do Cluster de Experiência em Pobreza e Equidade do Banco Mundial. A última vez que a pobreza global aumentou foi após a crise financeira asiática em 1998", diz ele.

Desde 1999, o número de pessoas a viver em extrema pobreza caiu mais de 1 bilião. A gestão calamitosa da pandemia COVID-19 corre o risco de reverter parcialmente esses progressos.

As regiões mais afectadas são aquelas onde a pobreza já era alta, diz Narayan, incluindo a África subsaariana e o sul da Ásia e América Latina.

A esse estrato de pessoas pobres, a governança patética do COVID-19 adiciona um novo segmento da população, explica o economista. Muitos deles vivem em países de rendimento médio, em centros urbanos e trabalham nos sectores informais.

Isso é diferente da pobreza estrutural que vimos antes da pandemia, argumenta.

Na Ásia, muitos desses novos pobres estão em países como o Bangladesh, o Paquistão e, sobretudo, na Índia, que tem todo o seu peso demográfico na balança dos pobres.

A Índia acolhe cerca de um quarto das pessoas do mundo que vivem abaixo da linha da pobreza, diz Jules Naudet, sociólogo do Centro para o Estudo da Índia e do Sul da Ásia (EHESS-CNRS). As tendências indianas estão, portanto, a pesar sobre a dinâmica global.

 

© Indranil Mukherjee/afp via getty images Voluntários de uma organização não-governamental distribuem alimentos a indianos necessitados em Mumbai, 15 de Abril de 2021.

Os problemas económicos do país não datam da governança calamitosa do COVID, diz o pesquisador, mas sim das más políticas governamentais dos últimos anos.

desmonetização decretada pelo governo Modi em 2016 causou um choque que levou a falências e ao aumento da dívida.

Numa época em que a economia já estava a desacelerar, para evitar o pior, o governo decidiu, com apenas quatro horas de aviso prévio, impor um confinamento à escala do país inteiro", diz Jules Naudet. Como eles não tinham mais meios de subsistência, os trabalhadores migrantes tentaram retornar às suas aldeias, o que resultou em congestionamentos maciços e milhares de mortes. O vírus Sars-CoV-2 e o Covid-19 não têm nada a ver com essas decisões de um governo fracassado ao serviço de bilionários indianos acossados pela concorrência estrangeira.

 

© Amit Dave/Reuters Os trabalhadores migrantes, que ficaram de fora do trabalho em Março de 2020 devido ao confinamento, estão a tentar retornar à sua região de origem.

Durante este primeiro confinamento, o governo colocou em prática algumas medidas para ajudar os mais pobres, incluindo a distribuição de arroz e lentilhas, mas muitas pessoas sofreram com a fome e ficaram fortemente endividadas. Durante a segunda vaga – o segundo confinamento insano – a angústia foi ainda maior",diz Naudet.

Desigualdades ampliadas

Os impactos da governança calamitosa da pandemia COVID-19 ainda estão a ser sentidos, particularmente no que diz respeito às desigualdades de rendimento no interior dos países, bem como à diminuição da mobilidade social, ressalta o Banco Mundial.

Em muitos países em desenvolvimento, a mobilidade social já é muito baixa, diz Ambar Narayan. No entanto, com a pandemia tratada por lacaios políticos,  milhares de crianças foram privadas da escola e oportunidades para melhorar a sua situação. As consequências a médio e longo prazo provavelmente serão desastrosas.

 

©/Reuters Os colombianos mobilizaram-se contra o governo, enquanto a economia do país se deteriorou acentuadamente com a gestão mórbida da pandemia ao serviço da Big Pharma e da GAFAM.

Vários observadores temem que esse empobrecimento brutal possa levar a uma crise social em vários países frágeis. A coesão social está a ser prejudicada pela gestão incompetente da pandemia, escreve o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) num estudo que mostra que tumultos, manifestações e violência colectiva aumentaram ao longo do último ano.

Os efeitos do confinamento e da crise variam de acordo com os sistemas políticos, bem como de acordo com o nível de pobreza ou desenvolvimento dos países, segundo Mathieu Couttenier, professor-pesquisador da École normale supérieure de Lyon. O confinamento tende a exacerbar as desigualdades económicas existentes, as tensões políticas e as tensões religiosas e étnicas", disse ele.

Em alguns casos, isso tomou a forma de manifestações denunciando (ou exigindo) medidas governamentais, enquanto noutros, tem sido organizada violência por grupos armados. A violência mais estruturada ocorre principalmente em países onde grupos insurgentes estão a lucrar com o enfraquecimento do Estado, particularmente em África.

No entanto, os países do Norte não são poupados, com a violência que toma a forma, por exemplo, de represálias contra grupos considerados bodes expiatórios, como a comunidade asiática. Num contexto de instabilidade económica, tendemos a culpar aqueles que têm menos poder na sociedade, os mais pobres ou estrangeiros", acredita Couttenier.

 

© Megan Varner/Getty Images Centenas de pessoas reuniram-se do lado de fora do Capitólio, em Atlanta, EUA, em apoio à comunidade asiática americana depois que oito pessoas, incluindo seis mulheres de ascendência asiática, foram mortas em vários tiroteios em salões de massagem na região em meados de Março.

Como prevenir esses surtos de violência?

Em alguns casos, os Estados podem intervir estabilizando o preço de certos alimentos para evitar o empobrecimento generalizado, acredita Couttenier.

Noutros, pode haver trabalho educacional e informativo para combater estereótipos que levam à violência contra determinadas comunidades. Mas é realmente caso a caso, considera ele. Cada país é um caso único."

A comunidade internacional, por sua vez, também tem um papel a desempenhar no apoio aos países em desenvolvimento. Não pode haver um fim duradouro para a crise económica sem acabar com a (falsa) crise sanitária", escreve o Fundo Monetário Internacional (FMI), que defende doações maciças de vacinas e aumento de subsídios para nações menos afortunadas.

Ajudar os mais pobres colocará a máquina de volta aos trilhos mais rapidamente e proporcionará um retorno muito lucrativo sobre o investimento, acredita o FMI. (sic)

O G20 apoiou essa iniciativa emitindo direitos de tiragem especiais , o que aumentaria a capacidade de empréstimos do FMI. Os 20 países mais ricos do mundo também decidiram em Abril prorrogar a suspensão do serviço de endividamento para os países mais vulneráveis até o final de 2021... sabendo que os países pobres não podem pagar a sua dívida de qualquer maneira  (NDE).

 

Fonte: The Legacy of COVID-19: Pobreza e Instabilidade (msn.com)

Fonte do artigo: L’héritage de la gouvernance bourgeoise de la pandémie: pauvreté et instabilité – les 7 du quebec

Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice


 


domingo, 30 de maio de 2021

Exigir a expulsão de Israel da ONU não serve os interesses da classe operária palestina e israelita


A ONU foi sempre – e sê-lo-á até à vitória da Revolução Comunista em todo o mundo - um fórum dominado pelas potências imperialistas e que serve, única e exclusivamente, os seus interesses de rapina, caucionando os crimes de genocídio que estas praticam, bem como os actos de guerra que patrocinam.

Exigir a erradicação de um dos seus Estados como membro de uma organização deste tipo, significa credibilizar a ONU como estrutura independente, capaz de impor justiça no mundo- Mas, que Justiça?! Para quem?! Justiça para quem funciona como peão de brega para o Médio Oriente do imperialismo ocidental, com os EUA à cabeça?

Veja-se o caso paradigmático de Israel e da Palestina. Apesar de ter caucionado, no século passado, a agressão colonialista que redundou na criação de um estado fantoche sionista, obrigando as partes a aceitarem um modelo territorial determinado, nada fez, em termos práticos e políticos, para contrariar a agressão sionista sobre os palestinos nem, muito menos, obrigá-los a devolver, quer aos palestinos, quer às nações árabes vizinhas os territórios que, paulatina e impunemente Israel foi anexando.

Quando a ONU hoje “exige”, sobretudo sob a batuta dos EUA e seus lacaios europeus,  que Israel cumpra com as resoluções que fez aprovar sobre a existência de dois Estados no território da Palestina, só podemos considerar isso como uma provocação inqualificável.

Tanto mais que, depois das sucessivas anexões e implantação de colonatos sionistas, ficou completamente descaracterizado o projecto de Estado Palestino que a ONU havia estabelecido. Neste contexto, exigir que Israel seja expulso de uma organização que o tem protegido, não corresponde, de todo, aos interesses, quer do povo israelita, quer do povo palestino.


Veja-se, aliás, quem beneficiou dos acontecimentos recentes que levaram a organização islamita HAMAS a lançar centenas de mísseis sobre Israel. Mísseis que sabia, de antemão, e devido à famigerada “cortina de ferro” que protege Israel desse tipo de ataques, não lograriam qualquer sucesso militar ou político.

Num quadro em que se começava, pela primeira vez na Palestina, a organizar-se uma acção comum da classe operária palestina com a classe operária israelita para fazer frente às burguesias palestina e sionista, tal evento desviou o foco da luta – nem que seja temporariamente.

Só quem for completamente vesgo do ponto de vista político, ou um chapado oportunista, é que não percebe o que está por detrás da Greve Geral do passado dia 18 de Maio, que foi convocada por trabalhadores palestinos, descendentes das famílias palestinas que ficaram dentro das fronteiras de Israel após a ocupação em 1948.

Nem, muito menos, compreenderá que se tratou de uma iniciativa de antigos militantes operários e activistas palestinos de Jerusalém, que também se estendeu aos demais operários das chamadas cidades mistas de Israel (onde vivem palestinos, árabes-israelitas e israelitas), assim como aos de Gaza e Cisjordânia.

Para os marxistas, para os comunistas, segundo a premissa “Proletários de Todos os Países, Uni-vos!”, o apelo que deve ser feito é à solidariedade internacionalista proletária para com os irmãos de classe palestinos e israelitas na sua luta contra o inimigo comum a ambos – a burguesia que os explore e escraviza.

Não o lamento revisionista, reformista e oportunista, a fazer lembrar a “longa noite do fascismo”, que leva à inconsequência da luta – mormente conferindo-lhe uma natureza religiosa, quando se trata, obviamente, de uma luta de classes- , que leva à frustração e desmobilização das lutas, que leva ao desvio das mesmas para territórios que nada têm a ver com os interesses dos operários – palestinos ou israelitas – que travam uma luta comum contra a burguesia, o colonialismo e o imperialismo.

Hold-Up – continuação e fim "Ele tinha acabado de ver o jornalista"

 



 30 de Maio de 2021  Robert Bibeau 

Para entender a nova cólera de Pierre Barnérias basta clicar neste link:

https://gloria.tv/post/NvAXBXK6ZTaJ2cphSAJcHJ1Nx

 

Le Coup de gueule de Pierre Barnérias (Hold-up) – gloria.tv

 

Fonte: Hold-Up – suite et fin « Il avait vu juste le journaliste » – les 7 du quebec


 

 

CHEGOU A HORA DA DESCOLONIZAÇÃO...

 30 de Maio de 2021  Ysengrimus  

Vamos descolonizar o espírito do homem branco!

Deixemos de ser os "escravos" da Raça Perfeita...

Especialmente porque sabemos, graças ao trabalho de pesquisa do Dr. Ashraf Ezzat, que a escravidão não era de forma alguma uma prática comum no Antigo Egipto que, em última análise, não conhecia nem faraós nem israelitas... E só posso aconselhar a leitura do PDF {N°3} de 47 páginas que reúne todas as publicações (Traduzido para o Francês por Résistance71)do Dr. A. Ezzat ► https://jbl1960blog.files.wordpress.com/2017/06/pdfashrafezzatjuin2017.pdf e que constitui um ponto de partida para romper com o ciclo mortal induzido por uma mini-elite cuja hegemonia cultural durou muito tempo. A salvação social da humanidade reside na liberalização do dogma da supremacia parasitária e criminosa, para finalmente viver igual, livre e feliz.

Não há colonização positiva ou eficaz;

Caso contrário, nos cérebros doentes da oligarquia reinante dá-se voz a um desesperado...

Obrigado à jovem Emma por me ter lembrado desta entrevista censurada de Kemi Seba na France2 (realizada pela patética jornalista Séverine Lebrun) para o programa COMPLÉMENT D'ENQUÊTE que data de 2011 em que Kemi Seba explica que o homem negro (que não tinha entrado suficientemente na história de acordo com um certo nicolas Sarkozy – discurso de Dakar,em Julho de 2007) nunca se preocupou com o adágio "Liberdade – Igualdade – Fraternidade" desde que foi submetido à escravidão.



Não estou totalmente de acordo com o que diz Kemi Seba, em particular quando ele fala em extrair uma possível compensação financeira da justiça francesa, como foi feito para o "shoah", embora ele tenha razão em apontar que pelo holocausto dos judeus não nos colocamos qualquer questão, enquanto nunca falamos do genocídio dos Nativos / Ameríndios / Aborígenes; Porque, nas palavras de Etienne de la Boétie no discurso da servidão voluntária, penso que não há necessidade de extrair nada, mas simplesmente de não dar mais nada.

Para fazer isso, só precisamos mudar a nossa atitude, mesmo que o tempo nos pressione.

Podemos decidir juntos iniciar um novo paradigma, sem Deus ou mestre e sem armas ou ódio ou violência ► Nem Deus, nem semideus; Nem mestre para nos submeter...

Kemi Seba fala da "desestruturação mental" dos imigrantes e é precisamente o sistema criado em internatos para índios (EUA/CANADÁ) que na sua totalidade foi um acto de violência a longo prazo feito para causar danos corporais, mentais e espirituais aos internados (o termo internado é, naturalmente, totalmente inapropriado).

Genocídio em internatos indianos de 1820 a 1980 nos EUA ► ASSASSINATO POR DECRETO em internatos indianos (EUA) de 1820 a 1980

Genocídio em internatos indianos de 1840 a 1996 no CANADÁ ► ASSASSINATO POR ORDEM em Internatos Indianos (CANADÁ) de 1840 a 1996, versão PDF nº 1 de 58 páginas, versão mais recente Assassinato por Ordem no Conselho – O Crime de Genocídio no Canadá

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Sabemos que o Ocidente apoia o terrorismo e que Washington declarou guerra à Guarda Revolucionária, porque pela própria admissão de Kissinger: a ideia de dominar o mundo está quase no DNA dos Estados Unidos! A prova AQUIQuase? Não, não. O império anglo-americano-cristo-sionista alimenta-se exclusivamente do assassinato e roubo das terras dos nativos para salvar o homem... Branco e desde outubro de 1492, pelo menos...

Os EUA não reconhecem o genocídio dos ameríndios, que são prisioneiros na sua própria terra ► SÓ A SOMBRA SABE! Por Mohawk Nation News – Traduzido e concluído por JBL1960

Mais uma vez, a Alemanha avança para enfrentar e compensar os seus crimes históricos, desta vez é o genocídio colonial em África. Mais uma vez, a Alemanha enfrenta o seu passado, enquanto os EUA não conseguem olhar-se ao espelho da história.  O império colonial da América do Norte fundou-se sobre um genocídio ou holocausto?... Pedro D'Errico ICTMN fonte de 01/10/2017 ► O PASSADO COMPLICADO

Lembro-me das palavras do pastor Martin Luther King: "A nossa nação nasceu em genocídio quando abraçou a doutrina (descoberta cristã) de que o americano original, o índio, era um ser inferior. Mesmo antes de haver um grande número de negros nas nossas costas, a decadência do ódio racial já havia desfigurado a sociedade colonial."

Como o ordena o DEUTERONOMY 7:1-2, 5-6 do Antigo Testamento:

Quando Jeová, o teu deus, te tiver feito entrar na terra da qual tu vais tomar posse,e que ele expulsar muitas nações antes de ti, e que tu derrotaste, então tu deverás destruí-las completamente.

Tu não farás uma aliança com eles, não lhes darás misericórdia, não deixarás nenhum deles vivo.

Pelo contrário, é assim que tu vais lidar com eles: vais derrubar os seus altares, vais destruir as suas estátuas, vais cortar os seus ídolos e as suas árvores e vais queimá-los com fogo.

Pois tu és o povo escolhido por Jeová, o teu deus, de entre todos os povos que estão na face da terra.

E o problema, tu vês, é que eles foram além deste conselho maligno, muito além disso. Praticando o genocídio dos nativos, das Primeiras Nações e estabelecendo-se na sua Terra e como isso não foi suficiente, organizando a captura "a caça" dos africanos e a sua escravidão para seu único lucro e como podemos vê-lo novamente, mesmo que seja sob o prisma Zuniano, com na série de televisão "Roots" ► Raízes. E somos todos Kunta Kinté, guerreiro Mandingo no coração da doutrina cristã da descoberta. É por isso que afirmamos que estamos todos colonizados e que ofuturo da humanidade está nos povos ocidentais emancipados da ideologia e da acção coloniais, de mãos dadas com os povos indígenas de todos os continentes para estabelecer a harmonia da sociedade das sociedades na Terra ► Venda sob medida da Ilha da Grande Tartaruga (Grande Tortue)

E é com os psicopatas nos controles, essa oligarquia louca, eugenista, racista, suprematista, o 0,001%, os Zelitas mundiais e qualquer que seja o N.O.M. que lhes damos temos que romper com eles!

Basta dizer NÃO, retirar o nosso consentimento; E TUDO PÁRA... PARA ELES... E tudo começa para NÓS!

Podemos decidir, juntos, construir e não destruir.

Lado a lado, ombro a ombro, todos na mesma linha...

Pois não é mais possível continuar com o princípio de que o homem que não é branco é inferior. E deixar os políticos franceses de todos os matizes (e os políticos de todo o mundo – NdT) pensarem como um Jules Ferry em 1885 que: As raças superiores têm o direito em relação às raças inferiores. Porque os colonos/invasores/exterminadores alegaram que esse direito lhes tinha sido ordenado pelo próprio Deus e que, na verdade, se havia tornado uma obrigação...

Nós somos a SOLUÇÃO porque fomos todos colonizados...

 

Fonte: LE TEMPS DE LA DÉCOLONISATION EST VENU… – les 7 du quebec

Este artigo foi traduzido para Língua Portuguesa por Luis Júdice