domingo, 31 de janeiro de 2016

António Costa: a evolução do espécimen!



Apesar de todos os avisos à navegação a alertar que bem podiam mudar as circunstâncias, mas a natureza do espécimen em causa se manteria, eis que hoje se torna cada vez mais evidente que a evolução de imperador de Lisboa para marioneta de Berlim, são faces da mesma moeda e do percurso de um traidor, primeiro dos interesses dos munícipes de Lisboa, agora da classe operária, dos trabalhadores e do povo português.

Cabeça de uma clique no Partido dito socialista que, ainda durante o reinado da coligação da direita com a extrema direita,  protagonizado pela dupla de traidores nacionais Passos e Portas – sob tutela de Cavaco, o imbecil de Boliqueime -, insistiu na ilusão de que, sendo inevitável  a intervenção da tróica germano-imperialista, ainda assim haveria significativas diferenças entre os adeptos de uma tróica de direita, virada para uma política mais austeritária, e os adeptos de uma tróica de esquerda, mais virada para reformas compagináveis com uma política mais moderada de assalto à bolsa do povo e geradora de crescimento e emprego.

Ao primeiro toque a rebate, à primeira chantagem e imposição da Comissão Europeia – que não passa de um directório ao serviço dos interesses alemães e a mando da chancelerina Merkel – eis Costa a dobrar a cerviz e a aceitar o chimbalau (mais um) do Banif – um banco que, como há muito vínhamos a denunciar, estava falido -, aceitando o principio de que, por um lado, cabe ao povo português pagar dívidas privadas e, por outro, alimentar o projecto de há muito prosseguido pela banca alemã e internacional de abocanhar todo o sector bancário em Portugal.

Nem sequer é confrangedor assinalar que PCP, Verdes e BE são igualmente responsáveis por, em nome da defesa do princípio de que para situações concretas procuram soluções concretas, apesar de aparentemente terem divergências com o PS e o seu programa político, sustentem, no parlamento, o seu governo e o seu projecto de Lei Geral de Orçamento do Estado como, anteriormente, aplaudiram e assinaram de cruz o Orçamento Rectificativo para, como agora é moda dizer-se, acomodar o chimbalau Banif que, ainda agora a procissão vai no adro  já se estima em cerca de 4 mil milhões de euros.
Após uma campanha eleitoral que levou, por culpa do PS e seus parceiros do PCP, Verdes e BE, à vitória da versão Cavaco intelectual – o mentiroso compulsivo Marcelo Rebelo de Sousa. Uma campanha durante a qual nenhum dos candidatos – tal como havia acontecido durante a campanha eleitoral para as legislativas – se debruçou sobre as questões que mais interessam à classe operária, aos trabalhadores e ao povo português, a saber:


1.       O que fazer quanto a uma dívida que não foi contraída pelo povo, nem o povo dela retirou qualquer benefício? Uma dívida que não para de crescer e que é impagável? Pagá-la, como impõe Berlim? Ou rejeitá-la?

2.       Preparar a saída de Portugal do euro que representa um garrote para a nossa economia e independência nacional

3.       Iniciar o processo de desvinculação da União Europeia, apostada numa agenda que transforma países com economias frágeis como a nossa em autênticos protectorados, reservatórios de mão de obra dócil e mal-renumerada, retirando-lhes, ao mesmo tempo, soberania nas decisões, seja a nível político, económico, fiscal, orçamental e territorial

O resultado de tão oportunista quão vesga política, levou para a presidência a coligação da direita com a extrema direita que, na pessoa do imbecil de Boliqueime, Cavaco Silva, esteve em Belém 10 anos seguidos, sendo legítimo concluir que a revanche desta coligação tem agora no novo inquilino de Belém, não só um potencial aliado, como protagonista! Um inquilino que, a não ser derrubado pelo povo, se prepara para mais 10 anos de presidência!

Não surpreende, pois, que esta semana se comece a ouvir Costa e seus aliados de esquerda a preparar o terreno – para já no parlamento – para uma opinião pública e publicada que aceite que, afinal, mais medidas austeritárias são necessárias, desta vez – imagine-se a originalidade – por culpa de situações criadas, e escondidas, pelo executivo anterior.

A acção política que se exige não assenta, pois, no princípio vesgo de soluções concretas para situações concretas com que PCP, Verdes e BE  justificam o pacto que celebraram com o PS, pretendendo com essa cacofonia deitar areia para os olhos do povo e de quem trabalha.

Enquanto não estiverem resolvidas as três questões acima identificadas nunca poderá haver uma solução para o desemprego, nem para um paradigma de economia que sirva os interesses da classe operária, dos trabalhadores e do povo português, assente num programa de unidade democrática e patriótica que restaure a soberania e independência nacional que sucessivas hordas de traidores à pátria têm vindo a comprometer.

sábado, 9 de janeiro de 2016

Declaração de Apoio à Candidatura de Sampaio da Nóvoa a Presidente

  1. No momento em que a classe operária, os trabalhadores e demais camadas populares vislumbram e se congratulam com fim anunciado da era Cavaco, nada seria mais dramático do que ver sair, sem glória ou saudade, pela porta dos fundos do Palácio de Belém, um personagem inculto e boçal, para deixar entrar pela porta da frente um grilo falante, artista de variedades ecléctico e escorregadio;
  2. No momento político actual, em que um governo obteve uma maioria de esquerda no parlamento, aceitando que o país continue amarrado a uma dívida que não foi contraída pelo povo, nem o povo dela beneficiou, que cala e consente que o euro continue a ser um garrote para a sua economia e prossiga e reforce a destruição do nosso tecido produtivo e a nossa condição de protectorado;
  3. Na circunstância de Portugal integrar, no contexto político da mundialização da guerra imperialista de rapina, destruição e morte, uma aliança belicista como a NATO;
  4. Num momento em que a história deveria ser a mãe das nossas decisões e fazer-nos lembrar que Cavaco foi eleito à 1ª volta quando se recandidatou ao 2º mandato que felizmente agora termina, porque as forças democráticas e patrióticas não souberam ou não quiseram unir-se num passado recente;
  5. Vem o autor deste blogue apoiar a candidatura democrática e patriótica do Prof. Doutor António Manuel Seixas Sampaio da Nóvoa nas próximas eleições para a Presidência da República, por acreditar que é a única que tem a capacidade de interpretar os anseios democráticos e patrióticos da esmagadora maioria do povo, aglutinar todos esses sectores, para influenciar a aplicação de medidas e programas políticos que assegurem a independência e soberania do nosso país.
     Luis Júdice
     Lisboa, 09 de Janeiro de 2016