sábado, 30 de agosto de 2014

Medina… uma Carreira de sabujo!

Para repetir até à exaustão as mentiras que pretendia que se transformassem em verdade, Hitler contava com o seu sinistro ministro da propaganda, Goebels. O governo fascista de Coelho e Portas, que é tutelado por Cavaco, não quis ser tão modesto quanto a sua alma mater e decidiu lançar mão de um sem número de Goebels, mascarados de politólogos, jornalistas e opinadores.

Desse autêntico batalhão, um dos mais proeminentes e patéticos dá pelo nome de Medina Carreira e é pago a peso de ouro para opinar sobre o estado da economia e de como a opção se resume ao caos do inferno dantesco ou à solução do empobrecimento do povo e quem trabalha, ou pela solução que passa por privatizar tudo o que possa interessar à acumulação capitalista, mesmo que se trate de activos e empresas estratégicas vendidas a preço de saldo e previamente limpas de gorduras – leia-se, de trabalhadores.

O energumeno bolsa várias e científicas teses, a mais recente das quais se enquadra no seu modelo do caos, de que o mal de todos os males não reside na aceitação canina, por parte de um governo de serventuários, de fazer o povo pagar uma dívida que não contraiu, nem dela retirou qualquer benefício, de aceitar a chantagem da dívida que, propositadamente impagável, gera milhares de milhões de lucros em juros agiotas e faraónicos, promovendo uma renda perpétua para os grandes grupos financeiros e bancários europeus, sobretudo alemães, mas nessa mania  que o povo tem, terminado o seu ciclo produtivo, de exigir que o estado lhe pague uma reforma!

No tempo de antena semanal que a TVI graciosamente lhe concede - mas que nega a quem tem um entendimento diferente de toda a sorte de lambe botas do sistema -, não perde uma oportunidade de voltar à carga sobre um tema que lhe é tão caro, isto é, as pensões, os reformados e pensionistas. Para Medina Carreira  é urgente demonstrar a uma opinião pública pouco bem formada(sic) que se torna insustentável persistirmos no modelo de um país onde temos cinco a seis milhões de pessoas a que o Estado paga e, mesmo assim, continuam a demonstrar uma tão grande má vontade contra um governo, segundo ele, tão magnânimo!
   
Temendo que, mesmo sendo tão repetida a mentira, esta não se transforme em verdade, o personagem apresenta sempre um conjunto de gráficos através dos quais pretende demonstrar o progressivo aumento de pensionistas nos últimos anos, chegando ao desplante de exemplificar como é insustentável o sistema com o seu aumento de 250 mil, em 1970, para mais de 3 milhões em 2010, três décadas depois!

Vociferando que temos cinco a seis milhões de pessoas a que o Estado paga – colocando no mesmo saco reformados da segurança social e da função pública, pensionistas e desempregados – Medina Carreira entra em delírio absoluto ao defender que as pensões são a despesa pública mais pesada, superior mesmo à despesa com o pessoal e à aquisição de bens e serviços. Não satisfeito com tanta imbecilidade, remata com a a afirmação de que o grosso da despesa é a pagar a pessoas, o que se torna … um peso assustador!

E é a estes opinadores carreiristas, a estes politólogos imbecis, que se abre profusamente o tempo de antena de todos os canais de televisão, quer genéricos, quer por cabo. Uma profusão de serventuários que tenta por todos os meios torcer os factos de forma a apresentar as opções estratégicas de um governo de serventuários, as medidas terroristas e fascistas que aplicam sobre o povo e o genocídio fiscal a que o querem sujeitar, como a única saída, não percebendo porque o povo, esse ingrato, ainda por cima se opõe e reclama!

São estes vendilhões do templo que já nem se importam de ver o seu crédito intelectual – se alguma  vez o possuíram – cair na rua da amargura por escamotearem o facto de que os fundos que se acumulam na Segurança Social não são do estado, mas sim fruto dos descontos de toda uma carreira contributiva efectuada por cerca de 3 milhões de pensionistas, tal como os cerca de meio milhão de reformados e pensionistas da Caixa Geral de Aposentações recebem o valor correspondente ao que descontaram toda uma vida profissional, que se torna urgente desmascarar e, juntamente com Coelho, Portas e Cavaco…defenestrar!


terça-feira, 26 de agosto de 2014

BLOCO CENTRAL :

A Escola do Crime…quase Perfeito!


Os trabalhadores e o povo português têm vindo a assistir - e a sofrer as consequências - de uma ópera bufa representada, à vez ou em simultâneo, por PS e PSD, por vezes com a colaboração de um compère de ocasião como é o inefável Paulo Portas e o seu cão amestrado CDS, a que se convencionou chamar Bloco Central !
E é importante que, num momento em que António Costa e Seguro disputam a direcção do PS para assegurar para o seu partido uma maioria absoluta , única panaceia, defendem ambos, para o genocídio fiscal levado a cabo pelo governo de traição nacional protagonizado por Coelho e Portas e tutelado por Cavaco, voltemos a analisar o modus operandis deste Bloco Central e da bandidagem que em torno dele gravita e se alimenta.
Muitos, diversificados e caricatos são os casos que se sucedem de ministros e ex-ministros do bloco central a serem alvo da justiça – não da justiça popular que um dia se fará, mas do arremedo de justiça que o sistema burguês possibilita – e a fazer com que a velha máxima de que à mulher de César não lhe basta ser séria…tem de o parecer, nunca como agora teve tanta razão de ser.
 Sucedem-se os casos. Desde o de Duarte Lima, na sua prisão de luxo, com pulseira electrónica, no edifício Valmor, até  ao caso da visita que a Polícia Judiciária efectuou às residências e locais de trabalho de Teixeira dos Santos (ex-ministro das Finanças de José Sócrates), de Costa Pina (ex-secretário de Estado do Tesouro e das Finanças e actual administrador da Galp) e de Almerindo Marques (ex-presidente da RTP, ex-presidente das Estradas de Portugal e actual presidente da Opway, construtora do Grupo Espírito Santo), sem que daí resultassem quaisquer consequências para os visados, passando pela  telenovela Isaltino Morais, recentemente libertado, passando pelos casos das PPP’s, do BPN/BPP, dos swaps, Banif e, mais recentemente, do colapso do banco do regime, o BES/GES!
Tudo bons rapazes…está de ver! Assim como está para se ver quantos mais episódios desta guerra entre parceiros de bandidagem conhecerão a luz do dia, à medida que os períodos eleitorais ditarem que se inicie a lavagem de roupa suja.
Apesar de se sucederem os episódios de corrupção ou de suspeita da sua prática, nenhum deles, no entanto, com consequências punitivas, será pedagógico perceber-se o como e o porquê deste caldo a que se chama BLOCO CENTRAL se ter transformado numa verdadeira escola de formação de criminosos.
O processo explica-se em poucas linhas:
·         Primeiro, fruto das políticas levadas a cabo pelo centralão – PS e PSD (com o CDS sempre à espreita e a reboque) – liquida-se o nosso tecido produtivo em troca de subsídios supostamente destinados a fazer entrar o povo português no paraíso de leite e mel, no céu da abundância e da riqueza solidária dos países desenvolvidos do norte do continente europeu;
·         Os subsídios começam a fluir, como começa a fluir todo um exército de especialistas, políticos de carreira, consultores jurídicos e financeiros, a arrogar-se detentores da VERDADE sobre qual a aplicação a dar aos abundantes fundos que começavam a entrar nos cofres do estado e a merecer o apetite vampiresco daqueles que, rapidamente, os queriam transferir para os seus cofres privados;
·         Mas, cedo a classe política se apercebeu que tal roubo não poderia ser feito às claras, de forma ostensiva e descarada. Logo, uma vez mais, um exército de políticos de carreira, de consultores jurídicos e financeiros, lançaram a artimanha jurídico-legal que corporiza as PARCERIA PÚBLICO PRIVADAS e das Empresas Públicas com gestão privada, que se encarrega de consumar o roubo, mas sob a capa da legalidade;
·         Numa intrincada teia de promiscuidades onde alguns advogados e outros jurídicos repartem as suas funções de deputados com as de consultadoria ao grupos parlamentares dos partidos da burguesia, através dos grandes gabinetes de advocacia aos quais continuam ligados, o edifício jurídico vai sendo montado à medida dos interesses do saqueio desses fundos que tão generosamente davam entrada no país;
·         Daí até às regras de adjudicação, à rede de influências e às troca de favores foi um pequeno passo. Passo, aliás, que mais não seria do que a consequência lógica do processo tão laboriosamente montado;
·         Desses fundos públicos, agora em mãos privadas, à custa de desvios de dinheiro, obras adjudicadas por um montante e terminadas em montantes escandalosamente superiores, de luvas devidas a trocas de favores, políticos, económicos e financeiros, surgiram novas corporações financeiras, novos grupos económicos que, temerosos, como é apanágio de um ladrão que se preze, de que alguém lhes viesse roubar aquilo que tinham acumulado com tanto sacrifício, se apressaram a colocar as mais-valias em offshores e, não contentes, a criar a sua própria offshore na Madeira, assegurando uma gigantesca lavagem de dinheiro, ocultando a origem fraudulenta do dinheiro roubado.
Tudo isto foi sendo praticado ao longo das últimas três décadas de forma impune. As leis tinham sido criteriosamente produzidas de modo a assegurar a impunidade dos criminosos.
Seria fastidioso elencar as personagens que ao longo destas três décadas se locupletaram com verbas faraónicas. Eles pertencem aos vários partidos do arco do poder, numa intrincada teia que vai desde o poder central ao chamado poder local. E, em nome do sacrossanto princípio político eleitoral que convenientemente montaram, asseguraram que a rotatividade entre o PS e o PSD – a famosa e famigerada bipolaridade – garantiria que todos eles haveriam, como diz o povo, comer da gamela.
A contrapartida aos fundos tão generosamente colocados à disposição do nosso país pelo directório europeu, dominado pelo imperialismo germânico, era o de que abandonássemos a agricultura, porque os franceses produziam mais, melhor e mais barato; abandonássemos as pescas, porque os espanhóis tinham melhor frota e venderiam o pescado a preços mais atractivos; destruíssemos a nossa indústria naval, metalomecânica/metalúrgica, siderurgia, etc., porque os alemães tinham melhor know-how e a preços muito mais competitivos.
Não serviram, portanto, esses fundos para equipar a nossa frota pesqueira, para mecanizar e modernizar a nossa agricultura ou para robotizar e tornar mais especializada e inovadora a nossa indústria. Nada disso! Serviram para implementarmos, a par do compadrio e da corrupção, a famigerada política do betão, levada a cabo pelos sucessivos governos do proeminente economista Cavaco, que assegurou as auto estradas do desenvolvimento, isto é, as vias que assegurariam o escoamento maciço dos produtos oriundos dos países daqueles que tão generosamente nos tinham atribuído tais fundos.
Serviram, isso sim, para que do ponto de vista político e económico Portugal ficasse refém dos grandes grupos financeiros, bancários e industriais – particularmente os alemães – e que, forçado a integrar um sistema monetário e uma moeda forte como o euro – o marco travestido -, com uma economia totalmente fragilizada, os sucessivos governos vende-pátrias tivessem sujeitado o país à total perda de soberania política, económica, fiscal, orçamental e cambial, isto é, transformado Portugal numa autêntica sub-colónia ou protectorado do imperialismo germânico.
Claro está que um país como Portugal que, mercê da destruição sistemática do seu tecido produtivo, se vê obrigado a importar mais de 80% daquilo que necessita para alimentar o povo e para que a sua economia se desenvolva, a fórmula que o capitalismo encontra para equilibrar as coisas a contento dos seus interesses de rapina é a de emprestar dinheiro, estimular o crédito – ao estado e aos particulares - com juros faraónicos, esperando que a espiral de endividamento que tal política irá, necessariamente, provocar lhes permita arrogar-se o direito de exigir ao estado português, como pessoa de bem que supostamente deve ser, que pague a factura.
Como o estado não é pessoa de bem porque foi minado por toda a sorte de bandidos sem escrúpulos, e o dinheiro que teria para supostamente pagar a dívida se esvaiu em contas na Suíça ou em offshores espalhados por esse mundo fora, e se entreteve a destruir o tecido produtivo do país, resta-lhe uma garantia ou moeda de troca para pagar essa dívida que os abutres do FMI, do directório europeu, a mando do imperialismo germânico, agora reclamam: embaratecer os custos salariais, empobrecer o povo, destruir todo o tipo de políticas sociais – desde o acesso à saúde até ao acesso à educação, passando pelas mais variadas prestações sociais – para tornar Portugal a Malásia da Europa, com mão de obra intensiva, não especializada e baratinha e vender a preços de saldo todos os activos e empresas estratégicas para qualquer economia que se deseje independente e ao serviço dos trabalhadores e do povo.
O ambiente de sublevação que se está a manifestar por todo o país tem de se agigantar, romper com o medo que este governo fascista e vende-pátrias, com as suas medidas terroristas, está a querer induzir sobre os trabalhadores e o povo português, pois, se não o fizer, está a alimentar os algozes da sua própria morte, miséria, fome, desemprego e precariedade.
Aos trabalhadores e ao povo português nada mais resta do que derrubar este governo serventuário dos interesses dos grandes grupos financeiros e bancários, do imperialismo germânico, correr com o FMI e restante tróica de Portugal e edificar um Governo de unidade  Democrática e Patriótica que prepare a saída de Portugal do euro e se recuse a pagar uma dívida que não foi contraída pelo povo, nem o povo dela retirou qualquer benefício.


sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Défice crescente, dívida impagável!

As sucessivas alusões ao milagre económico e ao termino da condição de protectorado a que Portugal está sujeito constituem, por parte de Coelho e Portas e do seu tutor Cavaco, uma autêntica falácia e uma desesperada tentativa de mistificar a situação de que as medidas terroristas e fascistas que o governo de traição nacional tem vindo a aplicar contra o povo português não tem produzido a anunciada redução, quer do défice, quer da dívida.

É hoje uma evidência que, desde que se iniciou a execução do plano de reajustamento que era suposto fazer reduzir a dívida e o deficit do país, ambos os factores não tem parado de aumentar, sendo certo que no final de 2014 a dívida será muito superior a 140% do Produto Interno Bruto (PIB), tendo em conta que em Junho do corrente ela já ultrapassava  – em números oficiais, que são sempre inferiores aos reais – os 134% do dito!

Desde que em 2011 PS, PSD e CDS assinaram o Memorando de Entendimento com a tróica  que vimos a denunciar o facto de que o pacto que ele representava iria agravar e exponenciar a condição de  Portugal como protectorado ou colónia do imperialismo germânico e que, enquanto se persistisse no objectivo de pagar uma dívida ilegítima, ilegal e odiosa, nunca Portugal poderia ver-se livre dessa humilhante condição para a qual aqueles traidores e vendidos atiraram o país e o povo português.

Isto porque, como também sempre denunciámos, a dívida cujo pagamento estão a impor, a ferro e fogo, ao povo português, para além de não ter sido contraída por ele, nem o povo dela ter retirado qualquer benefício, mais não é do que a consequência e o corolário de uma política que os serventuários Sócrates, Cavaco, Coelho e Portas aceitaram e que assentou, e continua a assentar,  na aceitação da destruição do nosso tecido produtivo, da venda a retalho de activos e empresas públicas estratégicas e de uma cada vez maior dependência do exterior.

Dependência que se traduz no facto de termos, hoje, com o nosso tecido produtivo destruído, que importar mais de 80% daquilo de que necessitamos para satisfazer as necessidades básicas do povo e, simultâneamente, gerar economia, o que levará, sem apelo nem agravo, a que o ciclo de endividamento se reproduza ininterruptamente, de forma sempre crescente, o que, a par do agravamento da recessão a que as medidas terroristas e fascistas que o governo de traição nacional impôs ao povo, e dos juros faraónicos que a tróica germano-imperialista e os grandes grupos financeiros e bancários – com os alemães à cabeça – impõem, tornará a dívida, para além de crescente… IMPAGÁVEL!

A dívida impagável e a condição de protectorado perpétua! Isto porque, mesmo que se acreditasse em milagres divinos e a dívida – em parte ou na totalidade – viesse a ser paga, a condição de protectorado para a qual os sucessivos governos PS e PSD, acolitados pelo CDS e tutelados por Cavaco, atiraram Portugal permanecerá inalterada por virtude do tão elogiado Tratado de Lisboa que visa criar o famigerado governo económico europeu!

Numa conjuntura em que o PS – venha ele a ser liderado por Seguro ou por Costa - tenta cavalgar o descontentamento popular, recusando-se a fazer um balanço crítico do governo do seu antecessor Sócrates – um governo do piorio, somente suplantado pelo actual, em boa hora corrido pelo povo – e querendo fazer crer que nada tem a ver com a actual situação, é bom lembrar que quem preparou, apadrinhou e aportou novas e criativas propostas para o Tratado de Lisboa  foi precisamente Sócrates e o PS , tratado que, tanto quanto se sabe, Seguro nunca fez menção de dizer que pretende denunciar e, muito menos, revogar.

Convém recordar que PS, PSD e CDS, aceitaram os pressupostos desse autêntico pacto de traição nacional, o Tratado Orçamental , um mecanismo que obriga todos os estados membros, particularmente os que aderiram à zona euro, a incorporar nas suas constituições a possibilidade de ser um organismo externo ao seu país, o tal governo económico europeu, a definir a política orçamental de cada um desses países e a tornar meros serventuários dos ditames do directório europeu - onde a potência dominante é a Alemanha -, autênticos tiranetes e traidores nacionais como o são Coelho, Portas, Cavaco e todos aqueles que aceitarem o pagamento desta dívida e a submissão a uma política orçamental – e não só – não ditada pelos interesses e necessidades do povo português, mas antes ditada pela estratégia e pelos interesses, sobretudo de uma potência como a alemã.

Convirá recordar, também, que para além da perda de soberania orçamental, com a apressada proposta levada ao Parlamento Europeu por Elisa Ferreira do PS para a votação de um tratado sobre a união bancária europeia – de que Portugal está a servir de cobaia com o recente desmantelamento do Grupo GES/BES e da separação do banco mau do banco bom,  o Novo Banco, que muita tinta ainda fará correr -, estes miseráveis traidores aceitaram que a banca portuguesa perdesse a pouca autonomia e independência que lhe restava e o sistema bancário português passasse a ser uma mera correia de transmissão dos interesses do Deutsh Bank ou do BCE que por ele é dominado.

E para que a sujeição colonial ficasse completa, PS, PSD e CDS, aceitaram, também,  a imposição ao povo português da adesão de Portugal ao euro. Com a consequente perda de soberania cambial. A sujeição de uma economia frágil e fragilizada pela destruição maciça do seu tecido industrial – ditado pelos sucessivos acordos que aqueles partidos subscreveram, primeiro com a CEE e, depois, com a União Europeia -, a uma moeda que mais não é do que o marco travestido de euro, uma moeda forte como convém a uma potência como a Alemanha, não permite a Portugal utilizar os mecanismos de valorização ou desvalorização da moeda conforme melhor satisfizesse os seus interesses económicos e financeiros.

Neste contexto, a dívida é a argamassa ou o cimento que molda a estrutura da dominação colonial, composta, por um lado, pela capacidade que este governo económico europeu tem em impôr a política orçamental a todos os países que subscreveram o Tratado de Lisboa e, por outro, pelo marco travestido de euro que rouba a autonomia da política cambial que melhor pudesse servir os interesses de cada um desses países. Todos eles instrumentos de domínio e chantagem manipulados por uma potência com um superavit industrial e financeiro resultante, precisamente, da estratégia que conseguiu impôr aos outros países europeus, de destruição dos seus tecidos produtivos – a Alemanha que consegue, sem disparar um único tiro o que Hitler não conseguiu: dominar e subjugar a Europa e posicionar-se como potência mundial de referência!

Daí defendermos desde sempre que não basta derrubar este governo nem recusar o pagamento desta dívida. Há que constituir um governo de unidade  democrática e patriótica que assegure, para além da definição e execução de um plano económico e financeiro rigoroso, que defenda os interesses do povo português e a soberania nacional, o romper do colete de forças que constituem os instrumentos responsáveis pela perda de independência nacional e pelo agravamento das condições de vida do povo, isto é, a dívida e o euro!


quarta-feira, 20 de agosto de 2014

A fábula do fim da condição de protectorado

Durante o debate sobre a Lei Geral do Orçamento de Estado (OE) para 2014, foi recorrente o argumento dos partidos que sustentam, no parlamento, o governo de traição nacional PSD/CDS, de que este seria o orçamento que faria Portugal retomar a sua soberania nacional e sair da sua condição de protectorado.

Para sustentar tamanha mentira e falácia, revelaram indicadores de crescimento e diminuição das taxas de desemprego, sustentabilidade e execução orçamental de uma dimensão homérica que em nada se compaginam com a realidade sofrida, no dia a dia, pelo povo e por quem trabalha.

Nada de mais falacioso. Não é a dívida, nem a chantagem que através dela a tróica germano-imperialista exerce sobre Portugal, lançando para a miséria, o desemprego e a emigração maciça os trabalhadores e o povo português, a única condicionante à soberania nacional.

A dívida é, tão só, uma das consequências de um programa político, ideológico e económico sagazmente levado a cabo, ao longo das últimas décadas pelo imperialismo germânico, consistente em contar com um certo sector da burguesia compradora parasitária em Portugal e noutros países, para destruir os tecidos produtivos desses países e aceitar as condições que mais interessaram à Alemanha para a existência de uma moeda que mais não é do que o marco travestido: o euro!

A dívida e o défice são, sobretudo, decorrências do facto de a nossa actividade produtiva industrial ter sido praticamente erradicada e Portugal ter hoje de importar mais de 80% daquilo que necessita para garantir a subsistência do povo e gerar economia.

É por isso que, a par dos faraónicos e agiotas juros que são cobrados pela tróica germano-imperialista – juros que engordam os cofres dos grandes grupos financeiros e bancários internacionais, sobretudo alemães -, a dívida é IMPAGÁVEL!

E, mesmo que fosse possível aliviar ou aligeirar a dívida ou, no extremo, pagá-la, a condição de colónia ou protectorado a que Portugal foi remetido pela acção de PS, PSD e CDS, subsistiria. Isto porque, os sucessivos tratados que os partidos do chamado arco governamental foram caninamente subscrevendo, entre os quais o Tratado de Lisboa, implicam:

·         Inscrição na constituição do país de uma limitação ao montante do défice e da dívida pública o que, na prática, significa que o orçamento de estado passa a ser escrito e ditado pelo directório europeu – um organismo sob total influência e ao serviço do imperialismo germânico -, ficando o governo de serventuários em cada país, incluindo Portugal, encarregue, apenas e tão só, de o executar;

·         Imposição de quotas para toda a sorte de produções agro-pecuárias e nas pescas, que levaram à destruição da frota pesqueira, ao abandono dos campos e à destruição maciça de produções de leite e de carne, assim como de frutas e leguminosas – estas com imposição de calibragens absolutamente ridículas - entre muitas outras;

·         Imposição de um posicionamento na divisão internacional do trabalho que remete Portugal para país periférico, com uma indústria de baixíssima produtividade e um crescente sector terciário, com um fraco índice de produtividade, depois de se ter liquidado a indústria siderúrgica, os sectores da metalurgia e metalomecânica, o sector mineiro, que alimentavam e sustentavam uma forte indústria, mormente de reparação naval e material ferroviário circulante e de se ter criminosamente abandonado o projecto de construção de uma linha ferroviária em bitola europeia que, conjugado com a renovação e reapetrechamento dos portos, possibilitasse a Portugal sacudir a condição de país periférico (que não é) para o qual o imperialismo germânico o quer atirar, e constituir-se como a porta de entrada e de saída do essencial das mercadorias e até passageiros, de e para a Europa;

·         Perda da autonomia cambial que melhor sirva os interesses de cada país. Enquanto a uns, com superavits industriais e financeiros, como é o caso da Alemanha, interessa um euro forte, a outros, como é o caso de Portugal, interessaria possuir moeda própria sobre a qual tivesse capacidade e autonomia para exercer uma política de desvalorização ou valorização, consoante as suas necessidades e interesses;

·         Perdida a autonomia orçamental e a independência cambial, a política fiscal fica prisioneira do programa de pagamento da dívida que melhor convém aos interesses dos grandes grupos financeiros e bancários, cujos interesses são representados e defendidos, quer pela pela tróica germano-imperialista quer, agora, pelo directório europeu – cada vez mais representativo dos interesses dos grandes grupos industriais, financeiros e bancários germânicos -, levando a um aumento exponencial, quer dos impostos sobre o trabalho, quer sobre bens e serviços essenciais.

·         Isto, é óbvio, acompanhado de um criminoso programa de liquidação e venda, a preços de saldo, de activos e empresas públicas essenciais para se desenhar uma política financeira e económica independente e soberana.

Conscientes de que a imposição deste OE representa o aprofundar e alargar do genocídio fiscal que os orçamentos anteriores representaram e exponenciará ainda mais a condição de protectorado a que sujeitaram Portugal, assistimos a uma surreal pressão exercida quer por Coelho e Portas, quer através de vários oradores do governo ou das bancadas do PSD e do CDS, sobre os seus cúmplices na assinatura do memorando com a tróica germano-imperialista, no sentido de ter a adesão de Seguro ou de António Costa, do PS, quer à aprovação deste orçamento, quer à aceitação do guião da reforma de estado.

Bem podem Seguro ou Costa e os seus pares exibirem o ar de dama ofendida por tanto e fastidioso assédio. O facto é que nem uma palavra foi produzida por ambos para contrariar a afirmação de Portas, de outros membros do elenco governativo e de deputados do PSD e do CDS  de que este OE não só não tirará Portugal da sua condição de protectorado, como ainda a agravará.

Como nem uma palavra se ouve da boca de Costa ou Seguro àcerca do que fariam, chegados ao governo, sobre os roubos dos salários, do trabalho e das reformas a que, mercê de um programa que visa fazer o povo pagar uma dívida que não contraiu e da qual nada beneficiou, o está a sujeitar a um genocídio fiscal sem precedentes.


Pudera! Nesta matéria o PS – quer o representado pela clique de Seguro, quer o que se revê nos tiques ditatoriais de Costa, o imperador de Lisboa -, é tão responsável como o PSD e o CDS pelo facto de ter subscrito um Memorando que apenas confirmou que a soberania perdida desde que se impôs a adesão de Portugal à CEE (hoje União Europeia) está agora institucionalizada e que, para que seja recuperada o povo e quem trabalha, os democratas e patriotas, terão de derrubar este governo de serventuários e impôr um governo democrático patriótico.

domingo, 17 de agosto de 2014

Crónica de um futuro de capitulação

Uma ficção que só o povo tem a capacidade de contrariar!


Nos finais dos anos 80 do Século XX, a indústria representava em Portugal cerca de 40% do Produto Interno Bruto, sendo que a Agricultura e as Pescas eram responsáveis por cerca de 30%.
Veio, então, a época das promessas de um Portugal moderno e europeu, integrado numa Europa desenvolvida e solidária! Paulatinamente, foi-nos dito, e os governantes traidores foram aceitando, que não precisávamos mais de indústria, pois isso ficaria reservado aos alemães, não precisaríamos de nos preocupar com a agricultura, pois os franceses providenciariam maior diversidade de produtos, com maior qualidade e melhor preço e, quanto às pescas, bem que podíamos abater a nossa degradada frota, pois os espanhóis tomariam conta de nós e providenciariam as nossas necessidades de pescado.
O ritmo a que esta destruição foi imposta levou a que, no final da primeira década do Século XXI, a indústria passasse a representar 13% do PIB e a agricultura e as pescas não fossem responsáveis por mais do que 3%!
Foi por isso que os grandes grupos financeiros, bancários e industriais da Europa, com os alemães à cabeça, nesta mesma década, e não satisfeitos com a destruição que impuseram do tecido produtivo em vários países europeus, considerados os elos fracos da cadeia capitalista, na tal Europa da Modernidade, subsidiaridade e abundância, tal colonizador silencioso obrigaram esses países, incluindo Portugal, a adoptar o marco alemão como moeda única tendo, para mascarar tal manobra, alterado a sua designação para euro.
O resultado foi que uma moeda forte agindo sobre economias fracas redundou numa perda rápida, dramática e progressiva da independência orçamental, cambial, fiscal, económica e política dos países com uma economia mais debilitada e um reforço da superpotência emergente alemã.
Em 2015 poucos eram os que, em Portugal, articulavam qualquer palavra em alemão. Depois, progressivamente, durante as décadas 20 e 30 deste século, o inglês e o francês, que tinham sido durante várias décadas línguas obrigatórias no curriculum escolar, passaram a ser opcionais, tendo a língua de Goethe começado a ser considerada obrigatória.
A ditadura do colonizador impôs uma progressão da aprendizagem tão intensa e rápida do alemão que na década de 30 do Século XXI, já 10 em cada 1.000 portugueses dominavam a língua. Para, na década de 40 tal percentagem passar para metade da população e, no quarto final do Século XXI, apenas uma percentagem residual de portugueses falar a língua materna, a língua de Camões.
A mesma lógica que os colonizadores portugueses, espanhóis, holandeses e britânicos, em séculos anteriores, tinham aplicado a regiões, nações e países que sujeitaram ao seu poder colonial e imperialista. Primeiro roubando-lhes o trabalho e escravizando-os, depois os activos e matérias-primas, depois, amordaçando a cultura dos povos dominados, tentando impôr a religião, o sistema político, a língua e a moeda do colonizador.
Estamos em 2074, precisamente no ano em que se comemora o centésimo aniversário do 25 de Abril de 1974, ano em que se exponenciou um movimento revolucionário que, mercê de traições e oportunismos vários, foi derrotado pelo inimigo, a burguesia, sobretudo o sector parasitário que nos conduziu à condição, primeiro de protectorado e, agora, de colónia.
Para que esta abordagem fantasiosa da história não se converta numa realidade, o povo português só tem uma saída. Ousar lutar por expulsar do país os agentes do imperialismo germânico que tentam reduzir à condição de colónia uma nação milenar, derrubar os governos de serventuários que impõem as medidas que aqueles ditam e constituir um Governo de Unidade Democrática e Patriótica que force a saída de Portugal do euro e imponha o não pagamento de uma dívida que não foi contraída pelo povo, nem o povo dela retirou qualquer benefício.


sexta-feira, 8 de agosto de 2014

As hastas públicas do Costa:

Quem o povo engana só merece ser demitido!

A cada dia que passa as diferenças de modelo de governança entre António Costa e o a executivo camarário de Lisboa ao qual preside e o de Passos, Portas e do seu tutor Cavaco, a nível do governo de traição nacional, são inexistentes ou, a haver, meramente formais e nada relevantes.

A acção do executivo governamental liderado por Coelho e Portas e tutelado por Cavaco, assenta em dois grandes eixos:

·         Um deles, impor toda a sorte de medidas terroristas e fascistas que levem a que seja o povo a pagar uma dívida que não contraiu e da qual em nada beneficiou, assente no roubo sistemático e agravado do trabalho e dos salários, na liquidação do acesso livre e gratuito à saúde e à educação, passando pelos sucessivos cortes nas reformas e pensões.

·         O outro, a sucessiva transferência de activos e empresas públicas para as mãos de privados – sobretudo grandes grupos financeiros e bancários -, a preço de saldo e envolvendo sempre uma estratégia que passa pela prévia limpeza de gorduras, isto é, despedimentos em massa.

Se esta é a linha de governança prosseguida pelo executivo governamental, em que difere, então, a do executivo camarário prosseguida por António Costa, putativo candidato a candidato a primeiro ministro pelo partido da oposição firme…mas violenta protagonizada pelo PS?!  Em bom rigor, nenhuma!  Senão, vejamos:

·         Iniciado no seu primeiro mandato e prosseguido no actual, o seu plano de racionalização dos meios passa por transferir para as Juntas de Freguesia, cujo mapa foi reduzido por proposta sua, inúmeras funções – desde a limpeza à animação, até à gestão dos espaços verdes.  Funções que deveriam pertencer e manter-se na CML. E está a fazê-lo de um modo que está a criar as condições que podem levar ao despedimento massivo de trabalhadores e à ameaça da liquidação de mais postos de trabalho, tudo isto ao mesmo tempo que impõe medidas terroristas e fascistas que promovem o roubo do salário e do trabalho – mormente através do aumento da carga horária de trabalho, do não pagamento de horas extraordinárias ou de reduções dramáticas do valor pago pela sua realização.

·         Quanto a transferência e liquidação de activos camarários, o panorama também não é muito diverso do praticado pelo governo de Passos e Portas. Desde a liquidação da EPUL – favorecendo ainda mais a especulação imobiliária e o patobravismo na capital -, acompanhada da expulsão sistemática, a um ritmo que se estima de 10 mil munícipes por ano, até à venda de terrenos do aeroporto a preços no mínimo suspeitos (por serem tão baixos), passando pelas negociatas com o BES de Ricardo Espírito Santo, não conseguimos vislumbrar em que é que Costa se distingue de Coelho, Portas ou Cavaco, numa política que leva à destruição de activos e empresas públicas essenciais para dar sustentabilidade a um plano financeiro e económico que sirva os interesses do povo.

Dúvidas subsistissem, as propostas apresentadas e decididas na mais recente Assembleia Municipal de Lisboa, ocorrida no passado dia 29 de Julho,  servem de forma clara e meridiana para as dissipar. A AML viabiliza nesta Assembleia a alteração do Plano de Pormenor da Luz-Benfica, bem como a venda de vários prédios e terrenos que permitirão ao executivo camarário encaixar, alegadamente,  59,7 milhões de euros, ainda no corrente ano.

Venda que assentará em hastas públicas a realizar a partir de Outubro próximo, algumas delas configurando puro folclore, isto é, serem apenas para inglês ver, já que os seus compradores estão à partida definidos, como é o caso do Hospital da Luz que pretende desde há muito alargar as instalações actuais, o que só poderá realizar à custa da demolição do Quartel de Bombeiros que lhe é contíguo.

Não só nada os distingue e diferencia, como muitos são os exemplos de que existe entre ambos todo um bloco central de cumplicidades! Veja-se o exemplo mais significativo da Colina de Santana – já designada por Colina de Ouro -, onde, dando seguimento a planos que começaram a ser forjados durante o último executivo de Sócrates, o governo de Coelho e Portas acarinhou e o executivo camarário de Costa aplaudiu, a deslocalização de todos os hospitais aí situados – S. José, Stª Marta, Capuchos, Gama Pinto, etc. – com a falaciosa ideia de que criar o novo Hospital de Todos os Santos, seria uma alternativa vantajosa para o povo.

Ora, não só não é uma alternativa, pois um hospital que está projectado como sendo de média dimensão nunca poderá satisfazer o fluxo de procura que o conjunto dos hospitais supramencionados assegura, como se perderão, necessáriamente, algumas das valências que estes, isoladamente, proporcionam.

Tudo isto, combinado com o facto de os sucessivos executivos camarários (dos quais o de Costa não se distingue) ter expulso a indústria da capital – que chegou a assegurar 50% do seu PIB –, torna Lisboa cada vez mais apetitosa para a especulação imobiliária e o patobravismo, para além de exponenciar o turismo de uma forma que desregula os preços e provoca uma carestia dramática de vida para os munícipes que, apesar de todos os ataques de que tem sido alvo, persistem em manter-se na sua cidade.

Os trabalhadores e o povo português têm sido enganados quer pelo executivo governamental, quer pelo executivo camarário. Se os primeiros têm privatizado activos como a EDP, os CTT e se preparam para vender a preço de saldo,  a TAP, a CGD, a ÁGUAS DE PORTUGAL, etc, Costa não se lhes fica atrás e faz com que o património e os equipamentos municipais sirvam para propiciar negociatas e para procurar salvar os negócios dos seus amigos, como é o caso do BES – versão banco mau - e da empresa do Grupo que se ocupa da área da saúde.

Ambos andam a enganar e a adoptar medidas que redundam numa enorme depreciação da qualidade de vida, de desemprego e de limitação do acesso à saúde e à educação. Ambos devem ser imediatamente demitidos, tanto mais que os factos acima relatados demonstram que, chegasse Costa a Primeiro-Ministro e seria, tal como Seguro, a réplica de Coelho e Portas e, também ele, um desastre para o país!




quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Golpada BES em marcha:

Uma vez mais obrigar o povo a pagar dívidas de criminosos e corruptos

Do meu amigo e camarada João M. Alexandre, “roubei” estas reflexões do seu mural no Facebook. A ler!
 
I - A Golpada

Porque não se fala das dividas ao BES da TAP; do Metro do Porto; Da Câmara Municipal de Lisboa; da Carris; da CP; Do Metro de Lisboa; das Autarquias de quase todo o país; da EDP.
Qual o valor da divida destas empresas ao BES ?
Não se fala destas dividas porquê ?
Golpe está em marcha. Obrigar o Povo Português a pagar as dividas dos criminosos e corruptos, que se apoderaram do estado.

II - O Golpe do BES

Hoje soube-se que temos um banco BOM, um banco MAU e um banco VILÃO (Representado por 80 bancos a operar em Portugal).
O que não soubemos foi qual o motivo da continuação do responsável pelo banco BOM, quando tinha sido nomeado com o acordo de Ricardo Salgado e Famiglia.
Qual o critério da nomeação do responsável pelo banco MAU? O mesmo que só tem usado SKIP no BPN.
O VILÃO não fala das Offshores da Famiglia Espirito Santo, das dividas das EP e Autarquias ao BES, porquê?
São duvidas que me fazem desconfiar destes golpistas, esperemos por novos desenvolvimentos.

III - Golpe do BES 

Continuamos sem saber quais os contornos do golpe. Sabemos que existem três golpistas O BOM, O MAU E O VILÃO - isto é, O Novo Banco; O Banco Mau; a UE e Governo - ambos se conluiaram para comerem o que resta dum banco falido. e ninguém nos garante que outros bancos sigam o mesmo destino do BES, e serem devorados por esta quadrilha que se apoderou do poder financiado pelos que agora estão a ser devorados.
A teia montada pela Famiglia E.S, é de tal ordem que as hienas não largarão os despojos até que o ultimo osso desapareça. Para termos uma pequena ideia vejam só a rede bancária da famiglia

Estrutura bancária do Grupo BES
Bancos
BES Oriental (Macau) 99,75% BES (Cabo Verde) 99,99%
BES Bank (EUA) 99,99% BEST 66% 
BES (Açores) 57,53% BES Vénétie (França) 42,69%
BESA (Angola) 51,94% BIBL (Ilhas Caimão) 100%
MOZA Banco (Moçambique) 49% Aman Bank (Libia) 40%
Banco de Investimento
BESI (Portugal e Espanha) 100% BESI (Brasil) 80%
Capital de Risco
ES Capital 100% ES Ventures 100%
Crédito Especializado
Locarent 50%
Gestão de Activos
ESAF SGPS 89,99% ESAF (Espanha) 95%
BESAF (Brasil) 82,5% BESAACTIF (Angola) 63,70%
Seguros
BES Vida 300% BES Seguros 25%
Outros
ES Recuperação de Créditos 99,15% ESI 82,28%
ES Contact Center 41,7% ESGEST 100%
Sociedades Emitentes
BES Finance (I. Caimão) 100%

Quantos Mil Milhões representam estas organizações criminosas? Como dizia o Traidor Durão Barroso, Uma Pipa de Massa!

IV - Golpe do BES 

O Silêncio da Câmara Municipal de Loures, em relação á golpada do BES,é preocupante , pois foi neste Concelho que o Grupo BES/GES, desenvolveu fortemente a sua actividade que, como está demonstrado, foi criminosa. 
Será que todo o património do GES no Concelho de Loures passou para o Banco MAU?
A Câmara de Loures não tem nada a dizer sobre o Hospital Beatriz Ângelo?
Que tem sido gerido por um grupo que é propriedade de uma Rio Forte em descalabro.
A queda do BES não tem implicações no PDM de Loures?
As Obras de Construção, do GES em Loures serão investigadas?
O Silêncio muitas vezes, esconde a cumplicidade!

Como ontem aqui previa, o sacrifício de novos Bancos foi anunciado hoje na Bolsa de Lisboa. Com os investidores a desfazer-se das acções da Banca, pois já não acreditam neste Governo de Traição PSD/CDS/PS.


V - O Golpe do BES/GES 

Anunciado como o grande debate que iria por a claro o que se passou no Banco BES, os grupos parlamentares PSD/PS/CDS/PCP/BE unicamente contribuíram para a desinformação que está em curso sobre o golpe do BES/GES, nada de substancial adiantaram para o aprofundamento da verdade do que está a acontecer no Banco BES.

Terminando o debate com as palavras da Ministra das Finanças " Aconselho-vos a ler a legislação por vós aprovada neste parlamento. E desejo-vos boas férias" e ala que se faz tarde.


O que ficou por perguntar e responder e que os contribuintes gostariam de saber era:
Com a debandada de clientes e depositantes, com o descrédito dos accionistas e investidores qual o valor real do "Novo Banco"?

Qual o montante que o governo nos próximos meses vai injectar no banco para o manter sustentável?
Se o Banco Mau vai ficar com todos os activos Tóxicos, porque motivo é necessário uma injecção de capital de 5 mil e 600 milhões de Euros ?

Porque anteciparam a venda do Banco Bom, de 2 anos para 6 meses?

Não sabem, que quando se anuncia uma venda nestes termos se está a dar um sinal de desespero?
A pressa de vender O Banco Bom, não será por causa das próximas eleições legislativas?
Qual o valor que os 25 ministros e ex. ministros receberam do BES, enquanto exerceran funções no Governo?

Perguntas que só o tempo irá responder. Quanto vai custar para ao contribuinte, não se sabe, mas seguramente que ultrapassará os custos do BPN


Conhecendo eu o João Alexandre, estou em crer que nos brindará com novos desenvolvimentos. Venham eles!

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

UMA HISTÓRIA DE FAMÍLIA:

 O Banco do meu avô  

A paternidade do texto cuja leitura vos venho propôr não é minha. Foi-me enviado por mão amiga, desconhecendo eu quem será o seu autor. No entanto, a sucessão de eventos está encadeada de uma forma tão coerente e próxima da realidade que suscita de imediato a seguinte conclusão e questão: então não era claro e evidente que o desfecho da história só poderia ser o que hoje se nos apresenta?!

Vamos IMAGINAR coisas…
Vamos imaginar que o meu avô tinha criado um Banco num País retrógrado, a viver debaixo de um regime ditatorial.

Depois, ocorreu uma revolução.
Foi nomeado um Primeiro-Ministro que, apesar de ser comunista, era filho do dono de uma casa de câmbios. Por esta razão, o dito Primeiro-Ministro demorou muito tempo a decidir a nacionalização da Banca (e, como tal, do Banco do meu avô).

Durante esse período, que mediou entre a revolução e a nacionalização, a minha família, tal como outras semelhantes, conseguiu retirar uma grande fortuna para a América do Sul (e saímos todos livremente do País, apesar do envolvimento direto no regime ditatorial).

Continuemos a IMAGINAR coisas…
Após um período de normal conturbação revolucionária, o País entrou num regime democrático estável. Para acalmar os instintos revolucionários do povo, os políticos, em vez de tentarem explicar a realidade às pessoas, preferiram ser eleitoralistas e “torrar dinheiro”. Assim, endividaram o País até entrar em banca-rota, por duas vezes (na década de 80).

Nessa altura, perante uma enorme dívida pública, os políticos resolveram privatizar uma parte significativa do património que tinha sido nacionalizado. Entre este, estava o Banco do meu avô.

E, continuando a IMAGINAR coisas…
A minha família tinha investido o dinheiro que tinha tirado de Portugal em propriedades na América do Sul. Como não acreditávamos nada em Portugal, nenhum de nós quis vender qualquer das propriedades ou empatar qualquer das poupanças da família. Mas, queríamos recomprar o Banco do meu avô.

Então, viemos a Portugal e prometemos aos políticos que estavam no poder e na oposição, que os iríamos recompensar (dinheiro, ofertas, empregos, etc…) por muitos anos, se eles nos vendessem o Banco do meu avô muito barato. Assim, conseguimos que eles fizessem um preço de (vamos imaginar uma quantia fácil para fazer contas) 100 milhões, para um Banco que valia 150.

Como não queríamos empatar o “nosso” dinheiro, pedimos (vamos imaginar uma quantia) 100 milhões emprestados aos nossos amigos franceses que já tinham ganho muito dinheiro com o meu avô. Com os 100 milhões emprestados comprámos o Banco (o nosso dinheiro, que tínhamos retirado de Portugal, esse ficou sempre guardado).

E assim ficámos donos do Banco do meu avô. Mas tínhamos uma dívida enorme: os tais 100 milhões. Como os franceses sabiam que o Banco valia 150, compraram 25% do Banco por 30 milhões (que valiam 37,5 milhões) e nós ficámos só a dever 70 milhões (100-30=70). Mesmo assim era uma enorme dívida.

Continuemos a IMAGINAR coisas…
Tal como combinado, viemos para Portugal e começámos a cumprir o que tínhamos prometido aos políticos (dinheiro para as campanhas eleitorais, ofertas de vária espécie, convites para todo o tipo de eventos, empregos para os familiares e para os próprios nos momentos em que estavam na oposição, etc…).
Como ainda tínhamos uma grande dívida, resolvemos fazer crescer mais o Banco do meu avô.

Assim, fomos falar com uma nova geração de políticos e prometemos todo o tipo de apoios (dinheiro, ofertas, empregos, etc…) se nos dessem os grandes negócios do Estado.

E eles assim fizeram. E o Banco do meu avô, que tinha sido vendido por 100, quando valia 150, valia agora 200 (por passarem por ele os grandes negócios do Estado).

Mas, mesmo assim, nós ainda devíamos 70 milhões (e tínhamos de pagar, pelo menos uma parte dessa dívida, caso contrário, os franceses ficavam com o Banco do meu avô).

E, continuando a IMAGINAR coisas…
O meu tio, que era presidente do Banco do meu avô, reformou-se. Nessa altura a família estava preparada para nomear um dos meus primos para presidente. Eu queria ser presidente e prometi à família toda um futuro perpétuo de prosperidade se me nomeassem a mim como presidente.

E assim foi. Fui, finalmente, nomeado presidente do Banco do meu avô.
Mas era preciso pagar uma parte da dívida aos franceses. Podíamos vender uma parte do Banco em Bolsa, mas deixávamos de mandar (logo agora que eu era presidente – não podia ser assim).

Então desenhei um plano:
Criei uma empresa, chamada “Grupo do meu avô” (em que a minha família tinha 100% do capital) e passei os nossos 75% do Banco (25% eram dos franceses) para essa nova empresa.

Assim, a família era dona de 100% do “Grupo” que era dono de 75% do Banco.
Falei com os franceses e combinei mudarmos os estatutos do Banco: quem tivesse 25% mandava no Banco (e os franceses não se metiam, a não ser para decidir os dividendos que queriam receber).

Assim, como o Banco agora valia 200, vendemos 50% na Bolsa por 100 (metade dos 200). Com 50 capitalizámos o Banco. Os restantes 50 tirámos para nós (37,5 para a família e 12,5 para os franceses).

Demos também os nossos 37,5 aos franceses e assim ficámos só a dever 32,5 milhões (70-37,5). Ainda era uma grande dívida, mas continuávamos a mandar no Banco do meu avô (apesar da nossa empresa “Grupo do meu avô” só ser dona de 25% – os franceses tinham outros 25% e os restantes 50% estavam dispersos por muitos accionistas).

Ainda tínhamos uma enorme dívida de 32,5 milhões. Mas, a verdade é que continuávamos a mandar no Banco do meu avô e tínhamos transformado uma dívida inicial de 100 em outra de 32,5 (sem termos gasto um tostão da família – o nosso dinheiro continua, ainda hoje, guardado na América do Sul). Convenci-me, nessa altura, que era um génio da finança!

Continuemos a IMAGINAR coisas…
A certa altura, o crédito tornou-se uma coisa muito barata. Eu sabia que tínhamos um limite original de 100 milhões e já só devíamos 32,5 milhões. Assim, a empresa “Grupo do meu avô” voltou a endividar-se: pediu mais 67,5 milhões (voltámos a dever 100 milhões) e desatei a comprar tudo o que fosse possível comprar.

Tornei-me assim, o dono disto tudo (o Banco do meu avô, a Seguradora do meu avô, a Meu avô saúde, a Meu avô hotéis, a Meu avô viagens, a Construtora do meu avô, a Herdade do meu avô onde se brinca aos pobrezinhos, etc…).

Entretanto fui pagando as minhas promessas aos políticos (dinheiro para as campanhas eleitorais, ofertas de vária espécie, convites para todo o tipo de eventos, empregos para os momentos em que estavam na oposição, etc…).

E, continuando a IMAGINAR coisas…
Mas havia agora uma nova geração de políticos. Fui falar com eles e garanti que os apoiaria para o resto da vida (dinheiro, ofertas, empregos, etc…) se eles continuassem a fazer passar os grandes negócios do Estado pelo Banco do meu avô.

Mas, tive azar: houve uma crise financeira internacional.
Deixou de haver crédito. Os juros subiram. Os credores queriam que o Grupo do meu avô pagasse a dívida.
E, além disso tudo, deixou de haver os grandes negócios do Estado.

Mas eu, que me achava um génio da finança e que já estava habituado a ser o dono disto tudo, não queria perder a minha posição de presidente do Banco do meu avô.

Tinha de arranjar uma solução. Fui à procura, e encontrei em África, quem tinha dinheiro sujo e não se importava de investir e deixar-me continuar a mandar e a ser dono disto tudo.

Continuemos a IMAGINAR coisas…
Resolvi então criar uma nova empresa: a “Rio do meu Avô” que passou a ser dona de 100% do capital da “Grupo do meu avô”, que era dona de 25% do “Banco do meu avô”. E eu que era dono disto tudo passei a ser o presidente disto tudo.

Fiz uns estatutos para o “Grupo do meu avô” que diziam que quem tivesse 25% mandava na empresa. Vendi 20% aos Angolanos e 55% na Bolsa. A “Rio do meu avô” ficou assim dona de 25% do “Grupo do meu avô” (mas mandava como se tivesse 100%). A “Grupo do meu avô”, dona de 25% do “Banco do meu avô” (mandava como se tivesse 100%).

Assim, a minha família já só tinha 5% (25% de 25%) do “Banco do meu avô” (mas eu continuava a mandar como se tivéssemos 100%). Já não havia dúvidas: eu era mesmo um génio da finança.

Com os 75 milhões da venda do “Grupo do meu avô” (aos Angolanos e na Bolsa), paguei uma parte da dívida. Mas, na verdade, ainda tínhamos uma dívida de 25 milhões (e continuávamos a não querer mexer no nosso dinheiro – esse continua bem guardado na América do Sul).

E, continuando a IMAGINAR coisas…
Mas as coisas continuaram a correr mal. Se calhar eu não sou assim tão grande génio da finança. Todos os nossos negócios dão prejuízo (até mesmo o Banco do meu avô). Raio de azar. Ainda por cima, a crise não acaba.

Fiz então o meu último golpe de génio. Convenci todos os bons clientes a comprarem ações do Banco do meu avô, para aumentar o capital sem ter de endividar mais a “Rio do meu avô” (e sem ter de tocar no dinheirinho da família, que continua bem guardado na América do Sul).

Mas os franceses queriam o dinheiro deles. Então, como presidente do Banco do meu avô, emprestei dinheiro deste ao Grupo do meu avô e à Rio do meu avô. Assim pagámos aos franceses. Mas ficámos com um problema: o Banco do meu avô está completamente arruinado.

Tinha de arranjar uma solução!
Fui falar com os novos políticos com uma proposta: reformo-me, dou lugares de Administração a uma série de políticos do partido do Governo e eles que resolvam o problema do Banco do meu avô.

Continuemos a IMAGINAR coisas…
Os políticos aceitaram a minha proposta (aceitam sempre que se fala de lugares de Administração).

Finalmente reformei-me. Ainda somos donos de 5% do Banco do meu avô e de uma série de outros negócios (sustentados pelas dívidas ao Banco do meu avô).
Tudo isto sem termos gasto um tostão (o dinheiro da família continua todo guardado na América do Sul).

E, tomei a última medida antes de me reformar: atribuí a mim próprio uma reforma de um milhão de euros por ano (para as despesas correntes).
E, assim, acabou a história IMAGINADA do Banco do meu avô.
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Se alguém teve a paciência de ler este texto até ao fim, deixo uma pergunta: Se esta história em vez de ser IMAGINADA, fosse verdadeira, que fariam ao neto?

Percebem agora porque é que está muito mal contada essa história do banco mau e do banco bom. Bom para quem?! Para os mesmos que pagaram a salvação do BPN? Estamos conversados!