sexta-feira, 8 de agosto de 2014

As hastas públicas do Costa:

Quem o povo engana só merece ser demitido!

A cada dia que passa as diferenças de modelo de governança entre António Costa e o a executivo camarário de Lisboa ao qual preside e o de Passos, Portas e do seu tutor Cavaco, a nível do governo de traição nacional, são inexistentes ou, a haver, meramente formais e nada relevantes.

A acção do executivo governamental liderado por Coelho e Portas e tutelado por Cavaco, assenta em dois grandes eixos:

·         Um deles, impor toda a sorte de medidas terroristas e fascistas que levem a que seja o povo a pagar uma dívida que não contraiu e da qual em nada beneficiou, assente no roubo sistemático e agravado do trabalho e dos salários, na liquidação do acesso livre e gratuito à saúde e à educação, passando pelos sucessivos cortes nas reformas e pensões.

·         O outro, a sucessiva transferência de activos e empresas públicas para as mãos de privados – sobretudo grandes grupos financeiros e bancários -, a preço de saldo e envolvendo sempre uma estratégia que passa pela prévia limpeza de gorduras, isto é, despedimentos em massa.

Se esta é a linha de governança prosseguida pelo executivo governamental, em que difere, então, a do executivo camarário prosseguida por António Costa, putativo candidato a candidato a primeiro ministro pelo partido da oposição firme…mas violenta protagonizada pelo PS?!  Em bom rigor, nenhuma!  Senão, vejamos:

·         Iniciado no seu primeiro mandato e prosseguido no actual, o seu plano de racionalização dos meios passa por transferir para as Juntas de Freguesia, cujo mapa foi reduzido por proposta sua, inúmeras funções – desde a limpeza à animação, até à gestão dos espaços verdes.  Funções que deveriam pertencer e manter-se na CML. E está a fazê-lo de um modo que está a criar as condições que podem levar ao despedimento massivo de trabalhadores e à ameaça da liquidação de mais postos de trabalho, tudo isto ao mesmo tempo que impõe medidas terroristas e fascistas que promovem o roubo do salário e do trabalho – mormente através do aumento da carga horária de trabalho, do não pagamento de horas extraordinárias ou de reduções dramáticas do valor pago pela sua realização.

·         Quanto a transferência e liquidação de activos camarários, o panorama também não é muito diverso do praticado pelo governo de Passos e Portas. Desde a liquidação da EPUL – favorecendo ainda mais a especulação imobiliária e o patobravismo na capital -, acompanhada da expulsão sistemática, a um ritmo que se estima de 10 mil munícipes por ano, até à venda de terrenos do aeroporto a preços no mínimo suspeitos (por serem tão baixos), passando pelas negociatas com o BES de Ricardo Espírito Santo, não conseguimos vislumbrar em que é que Costa se distingue de Coelho, Portas ou Cavaco, numa política que leva à destruição de activos e empresas públicas essenciais para dar sustentabilidade a um plano financeiro e económico que sirva os interesses do povo.

Dúvidas subsistissem, as propostas apresentadas e decididas na mais recente Assembleia Municipal de Lisboa, ocorrida no passado dia 29 de Julho,  servem de forma clara e meridiana para as dissipar. A AML viabiliza nesta Assembleia a alteração do Plano de Pormenor da Luz-Benfica, bem como a venda de vários prédios e terrenos que permitirão ao executivo camarário encaixar, alegadamente,  59,7 milhões de euros, ainda no corrente ano.

Venda que assentará em hastas públicas a realizar a partir de Outubro próximo, algumas delas configurando puro folclore, isto é, serem apenas para inglês ver, já que os seus compradores estão à partida definidos, como é o caso do Hospital da Luz que pretende desde há muito alargar as instalações actuais, o que só poderá realizar à custa da demolição do Quartel de Bombeiros que lhe é contíguo.

Não só nada os distingue e diferencia, como muitos são os exemplos de que existe entre ambos todo um bloco central de cumplicidades! Veja-se o exemplo mais significativo da Colina de Santana – já designada por Colina de Ouro -, onde, dando seguimento a planos que começaram a ser forjados durante o último executivo de Sócrates, o governo de Coelho e Portas acarinhou e o executivo camarário de Costa aplaudiu, a deslocalização de todos os hospitais aí situados – S. José, Stª Marta, Capuchos, Gama Pinto, etc. – com a falaciosa ideia de que criar o novo Hospital de Todos os Santos, seria uma alternativa vantajosa para o povo.

Ora, não só não é uma alternativa, pois um hospital que está projectado como sendo de média dimensão nunca poderá satisfazer o fluxo de procura que o conjunto dos hospitais supramencionados assegura, como se perderão, necessáriamente, algumas das valências que estes, isoladamente, proporcionam.

Tudo isto, combinado com o facto de os sucessivos executivos camarários (dos quais o de Costa não se distingue) ter expulso a indústria da capital – que chegou a assegurar 50% do seu PIB –, torna Lisboa cada vez mais apetitosa para a especulação imobiliária e o patobravismo, para além de exponenciar o turismo de uma forma que desregula os preços e provoca uma carestia dramática de vida para os munícipes que, apesar de todos os ataques de que tem sido alvo, persistem em manter-se na sua cidade.

Os trabalhadores e o povo português têm sido enganados quer pelo executivo governamental, quer pelo executivo camarário. Se os primeiros têm privatizado activos como a EDP, os CTT e se preparam para vender a preço de saldo,  a TAP, a CGD, a ÁGUAS DE PORTUGAL, etc, Costa não se lhes fica atrás e faz com que o património e os equipamentos municipais sirvam para propiciar negociatas e para procurar salvar os negócios dos seus amigos, como é o caso do BES – versão banco mau - e da empresa do Grupo que se ocupa da área da saúde.

Ambos andam a enganar e a adoptar medidas que redundam numa enorme depreciação da qualidade de vida, de desemprego e de limitação do acesso à saúde e à educação. Ambos devem ser imediatamente demitidos, tanto mais que os factos acima relatados demonstram que, chegasse Costa a Primeiro-Ministro e seria, tal como Seguro, a réplica de Coelho e Portas e, também ele, um desastre para o país!




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