Para repetir até à exaustão as mentiras que pretendia que se transformassem
em verdade, Hitler contava com o seu sinistro ministro da propaganda, Goebels.
O governo fascista de Coelho e Portas, que é tutelado por Cavaco, não quis ser
tão modesto quanto a sua alma mater e decidiu lançar mão de um sem número de Goebels, mascarados de
politólogos, jornalistas e opinadores.
Desse autêntico batalhão, um dos mais proeminentes e
patéticos dá pelo nome de Medina Carreira e é pago a peso de ouro para opinar
sobre o estado da economia e de como a opção se resume ao caos do inferno
dantesco ou à solução do empobrecimento do povo e quem trabalha, ou pela
solução que passa por privatizar tudo o que possa interessar à acumulação
capitalista, mesmo que se trate de activos e empresas estratégicas vendidas a
preço de saldo e previamente limpas de gorduras – leia-se, de trabalhadores.
O energumeno bolsa várias e científicas teses, a mais recente das quais se enquadra no seu modelo do caos, de que o mal de todos os males não
reside na aceitação canina, por parte de um governo de serventuários, de fazer
o povo pagar uma dívida que não contraiu, nem dela retirou qualquer benefício,
de aceitar a chantagem da dívida que, propositadamente impagável, gera milhares
de milhões de lucros em juros agiotas e faraónicos, promovendo uma renda
perpétua para os grandes grupos financeiros e bancários europeus, sobretudo
alemães, mas nessa mania que o povo tem, terminado o seu
ciclo produtivo, de exigir que o estado lhe pague
uma reforma!
No tempo de antena semanal que a TVI graciosamente lhe concede - mas que
nega a quem tem um entendimento diferente de toda a sorte de lambe botas do sistema -, não perde uma
oportunidade de voltar à carga sobre um tema que lhe é tão caro, isto é, as pensões, os
reformados e pensionistas. Para Medina Carreira é urgente demonstrar a uma opinião pública pouco bem formada(sic) que se torna insustentável persistirmos no modelo de um país onde temos cinco a seis
milhões de pessoas a que o Estado paga e, mesmo assim,
continuam a demonstrar uma tão grande má vontade contra um governo, segundo ele, tão magnânimo!
Temendo que,
mesmo sendo tão repetida a mentira, esta não se transforme em verdade, o
personagem apresenta sempre um conjunto de gráficos através dos quais pretende
demonstrar o progressivo aumento de pensionistas nos últimos anos, chegando ao
desplante de exemplificar como é insustentável
o sistema com o seu aumento de 250 mil, em 1970, para mais de 3 milhões em
2010, três décadas depois!
Vociferando
que temos cinco a seis milhões de pessoas a que o Estado paga –
colocando no mesmo saco reformados da segurança social e da função pública,
pensionistas e desempregados – Medina Carreira entra em delírio absoluto ao
defender que as pensões são a despesa pública mais pesada, superior
mesmo à despesa com o pessoal e à aquisição de bens e
serviços. Não satisfeito com tanta imbecilidade, remata com a a afirmação
de que o grosso da despesa é a pagar a pessoas, o que se torna … um peso assustador!
E é a estes
opinadores carreiristas, a estes politólogos imbecis, que se abre profusamente
o tempo de antena de todos os canais de televisão, quer
genéricos, quer por cabo. Uma profusão de serventuários que tenta por todos os
meios torcer os factos de forma a apresentar as opções estratégicas de um
governo de serventuários, as medidas terroristas e fascistas que aplicam sobre
o povo e o genocídio fiscal a que o querem sujeitar, como a única saída,
não percebendo porque o povo, esse ingrato, ainda por cima se opõe
e reclama!
São estes vendilhões do templo que já nem se importam de ver o seu crédito intelectual – se alguma vez o possuíram – cair
na rua da amargura por escamotearem o facto de que os fundos que se acumulam na
Segurança Social não são do estado, mas sim fruto dos descontos de toda uma
carreira contributiva efectuada por cerca de 3 milhões de pensionistas, tal
como os cerca de meio milhão de reformados e pensionistas da Caixa Geral de
Aposentações recebem o valor correspondente ao que descontaram toda uma vida
profissional, que se torna urgente desmascarar e, juntamente com Coelho, Portas
e Cavaco…defenestrar!
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