Numa época em que o imperialismo, estadio supremo do
capitalismo, se revela em todas as relações sociais, políticas e económicas,
quer no seio das nações, quer nas relações que entre elas se estabelecem,
assistimos a uma crescente revolta - despoletada por razões aparentemente
diferenciadas- e luta contra a
exploração e a agressão imperialista, que provocam a miséria, a morte, a
corrupção e a opressão sobre quem trabalha.
Seja na Catalunha ou no Chile, seja no Líbano ou em Hong
Kong, no Haiti ou na Venezuela, seja no Egipto ou na China onde, apesar da
feroz ditadura social-fascista que impera no país, são cada vez mais numerosos
os relatos de revoltas dos migrantes operários por melhores condições de vida e
de dignidade. E a luta operária não se fica por aqui. Bem no coração da
indústria americana, os cerca de 50 mil operários da General Motors – o maior
gigante da indústria automóvel norte-americana -, protagonizaram uma greve que
foi considerada a maior paralisação no sector privado desde 2007 naquele país
imperialista.
O caudal das lutas a que assistimos têm um traço em comum ,
isto é, a luta contra a escravidão assalariada, mesmo e apesar de muitos dos
que nelas participam ainda não terem consciência disso e manifestarem que se
revoltam contra um sistema dito democrático que não ouve as suas reclamações,
que assenta no compadrio e na corrupção ou, pura e simplesmente, contra aquilo
que consideram ser a vertente selvagem do capitalismo, caindo na ilusão da existência
de um capitalismo de “rosto humano”.
Não é a democracia que não funciona, pura e simplesmente
porque ela só existe formalmente num sistema capitalista e imperialista.Ao que
estamos a assistir, aliás, é a como é que essa dita democracia reage quando se
sente ameaçada por quem põe em causa o sistema. Assim como não é a falta de
confiança nas instituições e nos dirigentes eleitos o fulcro da revolta em
Barcelona, no Cairo, em Santiago do Chile, no Haiti, no Equador ou em Hong
Kong.
O que não funciona é o sistema capitalista que esgota os
recursos humanos e da natureza para assegurar o crescendo dos lucros para a
burguesia capitalista e imperialista, desiderato conseguido à custa da guerra,
da ocupação, da morte, da violência, da exploração criminosa, da humilhação.
Quando está iminente o confronto entre as principais
potências imperialistas – mormente EUA e China – os operários de todo o mundo
devem unir-se para opor à guerra imperialista a revolução socialista e
comunista. Tendo sido, ao longo da história da humanidade, a luta e a unidade
traços comuns para a libertação dos povos e a emancipação de quem trabalha, as
presentes lutas configuram uma reacção global contra o capitalismo e o
imperialismo que deve ser reforçada e ampliada.
Um sistema que já deu, historicamente, o que tinha a dar. Um
sistema que está moribundo e precisa de uma ajuda, por parte de todos os
proletários do mundo, para sair de cena.
Sem comentários:
Enviar um comentário