domingo, 11 de dezembro de 2016

Paulo Macedo à frente da CGD. Estranho?!

Passos Coelho afirmou hoje ser uma "coisa estranha" que o homem que foi acusado de, no seu governo, pretender desmantelar o Serviço Nacional de Saúde, tivesse sido chamado pelo actual governo de António Costa para "tratar da saúde" da Caixa Geral de Depósitos.


Estranho, porquê? Se o programa do governo do PS assenta nos mesmos pressupostos do derrubado governo de traição nacional Coelho/Portas? Isto é, fazer o povo pagar uma dívida que não contraiu, nem dela retirou qualquer benefício, amarrar Portugal ao desastre do euro e aceitar que o país perca a sua independência económica, financeira, cambial, fiscal e orçamental?!



Não há que estranhar que o PS vá buscar quem já deu provas de ser um serventuário de excelência ao serviço dos grandes grupos financeiros e bancários, particularmente fiel aos ditames do FMI, do BCE e dos interesses imperialistas germânicos, como o é Paulo Macedo.


Um personagem particularmente vocacionado para preparar o terreno para a privatização de todos os activos públicos  que o grande capital considera serem passíveis de gerar lucro. Tentou fazê-lo quanto ao SNS e vai tentar fazer o mesmo quanto à CGD.


E sempre, sempre, com o apoio de todas as burguesias da Europa - e até do resto do mundo – que já consideram um "caso de estudo" o apoio de muletas que se afirmam da esquerda, mas que sustentam todas as políticas de direita levadas a cabo pelo governo PS : PCP, BE, Verdes e, até, o PAN!

O mito da "paz social" não é de hoje. Há séculos que as classes detentoras do poder económico e político e dos meios de produção, perseguem esta utopia! Enquanto houverem classes e interesses antagónicos de classe, não haverá lugar à "paz social". 

A ciência política demonstra-o até à exaustão. Ainda assim, e baseada no princípio de que "enquanto o pau vai e vem, folgam as costas", os representantes políticos da burguesia e do grande capital salivam face à possibilidade de contar com uma "esquerda" domesticada para travar a contestação, a luta e a resistência popular.

Muletas que se encarregam de desviar a luta de operários e trabalhadores, tornar dóceis e inconsequentes as suas lutas, enquanto a classe dominante em Portugal, servindo interesses externos ao país e ao povo, continua a levar a cabo todas as políticas que o anterior governo tentava impôr, agora sob o diáfano manto de “esquerda”!

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