Em síntese! O que opõe os marxistas aos revisionistas do
PCP, aos social-democratas do Bloco dito de Esquerda e ao partido de direita
que se apropriou de uma designação que há muito enterrou na gaveta, isto é, o
PS de António Costa?
Enquanto estes últimos se entretêm a elaborar fórmulas que amenizem o capitalismo e a ditadura da
burguesia, os marxistas procuram liderar a luta da classe operária e dos
trabalhadores portugueses contra o capital e pela destruição do seu sistema
político e do seu modo de exploração, que sobrevive à custa da exploração do
homem pelo homem.
Enquanto PS, PCP, BE e Verdes (só se for de raiva), procuram
soluções que, ainda assim, não
coloquem em causa o sistema, como seja o pagamento de uma dívida – que todos
eles sabem que não foi contraída pelo povo, nem o povo dela retirou qualquer
benefício -, os marxistas advogam a consigna revolucionária, popular e justa do
NÃO PAGAMOS!
Pois é! Para os marxistas, não passa de puro oportunismo
defender a renegociação ou a reestruturação da dívida – ou mesmo advogar o
famigerados eurobonds -, ou afirmar
que se devolveu rendimento às famílias e se criaram as condições materiais para
o renascer do consumo e da economia e a criação de emprego.
Isto porque, essas serão sempre soluções que interessam mais ao capital do que aos trabalhadores
que continuarão a ser explorados, quer porque só têm a sua força de trabalho
para vender, quer porque se vêm obrigados a pagar uma dívida que não contraíram.
Soluções que asseguram, em última
análise, que o negócio da dívida se
perpetuará na exacta proporção do agravamento da exploração da classe operária e
dos trabalhadores.
Soluções paridas
no quadro da manutenção do sistema capitalista e do seu modo de produção e não
da ruptura revolucionária com este, como se exige.
Perante um quadro em que 66% do rendimento do país vai
directamente para o capital e apenas 34% para o trabalho, continuar a defender
aquelas soluções como o fazem PS,
PCP, BE e outros oportunistas é pura traição à classe operária e ao povo
português. É pura traição aos ideais de Marx e da revolução!
Esta gente não aprende. Passaram mais de 4 décadas a sugerir
a aliança Povo/MFA, a glorificar a concertação
social, a exigir mudanças de
política(?), e qual foi o resultado? De 1975 até à data houve uma dramática
alteração do quadro de distribuição do rendimento. Enquanto, um ano após o
processo revolucionário desencadeado após o golpe militar de 25 de Abril, era de
66% a parte do rendimento que era destinado ao trabalho, em 2017 essa fatia foi reduzida para quase metade,
isto é, 34%!
Se os operários e os trabalhadores, os jovens e os intelectuais, não romperem de vez com estes oportunistas, este quadro nunca lhes será favorável. Tenderá, sempre, a agravar-se, mesmo e apesar de surgirem de permeio geringonças que pareçam amenizar o quadro de exploração a que estão sujeitos.
Esta gente não aprende mesmo. Aliás tenho as minhas dúvidas que queiram aprender...vilanagem!
ResponderEliminarOs ditos partidos de esquerda, estão a ficar domesticados pelo parlamentarismo burguês! Recebem dinheiro da AR e por isso revolução; nem pensar!
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