Uma justiça com 2 pesos e 2 medidas!
Manuel Maria Carrilho que, quando exerceu as funções de
Ministro da Cultura do governo de António Guterres, protagonizou a desvio das
verbas destinadas a uma bolsa de estudo para a investigadora Maria de Lurdes
Lopes Rodrigues, acabou, hoje, de ser condenado pela Instância Central Criminal
de Lisboa a 4 anos e seis mêses de prisão, com pena suspensa!
O crime pelo qual ía acusado, e pelo qual ora foi condenado,
foi o de violência doméstica, ofensas à integridade física, ameaças e denúncia
caluniosa contra a sua ex-mulher, a apresentadora de televisão Bárbara
Guimarães.
Esta sentença e o articulado do seu acórdão são bem
demonstrativos da dualidade de critérios em que assenta a justiça em Portugal. Para um finório arrogante e trauliteiro como
Carrilho a medida da pena acolhe a suspensão da sua execução.
Já para a investigadora Maria de Lurdes Lopes Rodrigues,
vítima do sistema corrupto que lhe roubou, durante o reinado de Carrilho no MEC, o direito a uma bolsa de longa duração
no estrangeiro, a mesma justiça determinou
3 anos de prisão efectiva, por
denúncia caluniosa e difamação, pena que se encontra a cumprir, há mais de 1
ano, no Estabelecimento Prisional de Tires, escamoteando que o que aquela
intelectual fez foi exercer o seu direito constitucional à indignação e à
liberdade de opinião.
Até quando vamos compactuar com esta ilegalidade?! Até
quando vamos fechar os olhos a esta prisão ilegitima?! Até quando vamos
permitir uma lei anti-constitucional que, segundo várias instâncias europeiais
devia ser imediatamente revogada por se tratar de um articulado medieval?!
Temos de exigir que TODOS os partidos com assento
parlamentar incluam na agenda parlamentar a discussão da Lei Penal que permite
a prisão por crimes de difamação e injúria, uma legislação que, manifestamente,
serve para calar vozes discordantes com o status
quo.
Justiça à portuguesa; muito há a dizer, ....pode ser que um dia alguém faça justiça de verdade.
ResponderEliminarUma "nódoa" na Justiça nacional! Justificam a violência conjugal subsequente a adultério, mas encarceram cidadãs que repudiam a ilicitude na aplicação da Lei e seus consequentes direitos...Onde são formatados tais doutas inteligências????
ResponderEliminarTrata-se de uma injustiça tão revoltante que até me dá a volta ao estômago. Roubaram-lhe uma bolsa; uma oportunidade de emprego; um futuro ao qual ela tinha direito. O processo chegou ao fim concluíndo-se que tinha razão, mas, tinha que ter paciência porque já não havia nada a fazer - era demasiado tarde. No mínimo teria que ser indemnizada ou ser-lhe atribuída uma bolsa ad hoc pelo Estado - o mesmo triste Estado que através de artimanhas tão recorrentes no nosso país está na origem do Inferno que esta senhora está a experienciar. Perdeu a cabeça?! Pois, claro! Está no sei direito de sentir-se revoltada e indignada com a patifaria de que foi alvo. Em vez de se remeter ao silêncio, revoltou-se contra a corja no Poder responsável pela enorme injustiça de que foi vítima e que nada fez para compensá-la pela grosseira e gritante injustiça cometida. Tenha vergonha da Justiça do nosso país. A verdade é que tenho desgosto por sermos um povo tão pacificamente revoltado e sem capacidade de mobilização. TODOS deviam estar na rua a protestar a profundíssima violência cometido pelos homens sábios contra esta vítima e a EXIGIR a sua libertação. Como tão bem refere o Marinho e Pinto o nosso sistema de justiça é verdadeiramente medieval. Sinto mágoa.
ResponderEliminarHISTORIA DE CATALUÑA EN 10 MINUTOS
ResponderEliminarhttps://www.youtube.com/watch?v=v5lDYDPg2IA