terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Um panorama de sublevação operária e popular percorre o mundo!




Sempre que eclode uma sublevação popular e a classe operária assume uma postura e uma energia revolucionária perante as exigências que ela reclama, a burguesia, o imperialismo, colocam-se em sentido, porque sabem que, desta vez, as lutas são para serem levadas muito a sério por ela.

O problema tem sido sempre a canga que é colocada ao movimento operário por sindicatos, partidos e associações que, reclamando-se de esquerda, representam de facto os interesses da pequena burguesia.

Organizações oportunistas, revisionistas, traidoras dos interesses, quer da classe operária, quer de outros trabalhadores, cujo papel  é o de apontar saídas sem solução – traduzidas em manifestações do tipo procissão religiosa, referendos, abaixo-assinados, participação em eleições para órgãos do poder da burguesia, etc – que acabam por levar ao cansaço e, pior, à frustração e desmobilização.

Quando os operários entram em cena, a pequena-burguesia  aplaude e protege-se por debaixo das asas da sua combatividade e arrojo. Porém, quando finalmente sente que a situação passou a ser-lhe favorável  e o jogo das relações de força fazem supor que aquilo que reclamam será satisfeito pela burguesia, traem
e abandonam os operários que os haviam protegido e dirigido.

Acontece por todo o mundo, do Chile à Bolívia, da América à Ásia, por essa Europa fora – o Movimento dos Coletes Amarelos e a Greve Geral que teve hoje início em França assim o demonstram . Quando a luta aperta e exige consistência combativa, foco, coerência revolucionária, lá está a classe operária na frente.

Mas, a classe operária tem de se capacitar, de uma vez por todas, que o seu papel  histórico é o de acabar com a escravatura assalariada e o modo de produção capitalista e imperialista que a anima e não o de servir de bengala e amuleto a uma pequena burguesia historicamente cobarde e poltrona, quer do ponto de vista social, quer do ponto de vista político.

Dizia Marx que a classe operária em Partido é o único caminho revolucionário a seguir para que a responsabilidade histórica que cabe, unicamente, à sua classe, tenha sucesso. Isto é, destruir o modo de produção capitalista e, sob os seus escombros, erguer o modo de produção comunista.

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