segunda-feira, 25 de maio de 2015

28 de Maio de 1975:

Um ataque desesperado da contra-revolução contra o 

seu principal inimigo




A 28 de Maio de 1975, as tropas do COPCON, na época a 5ª coluna e o braço armado dos social fascistas do PCP, lideradas pelo pistoleiro Otelo Saraiva de Carvalho e comandadas pelo falecido - e tão elogiado pela burguesia que sempre serviu - facínora e fascista Jaime Neves, , invadiram e destruíram, com base num plano meticulosamente levado a cabo, várias sedes do MRPP por todo o país, prendendo mais de 400 dos seus militantes, incluindo o seu Secretário-Geral, o camarada Arnaldo Matos.

Não certamente por acaso, a data escolhida para o efeito coincidiu com a célebre, famigerada e negra data em que, quase meio século antes, havia ocorrido o golpe militar que colocaria Salazar no poder, primeiro como Ministro das Finanças  e, depois, como presidente do conselho, de um regime colonial e fascista, que em nada difere, no essencial, daquilo que hoje vivenciamos relativamente ao governo Coelho/Portas.

Evocar a data é importante, quer para relembrar que o MRPP - e posteriormente o PCTP/MRPP - foi o único partido a desmistificar o oportunismo daqueles que queriam fazer crer que com o 25 de Abril, a classe operária, os camponeses, os trabalhadores e o povo português tinham, finalmente, alcançado a Liberdade e a Democracia pelas quais tanto haviam lutado e sofrido, quer para evocar as semelhanças com o presente, quando não podem deixar de ser comparadas as semelhanças e circunstâncias em que o ditador e fascista Salazar chegou ao poder com aquelas que levaram à indigitação de Gaspar como ministro das finanças do governo de traição nacional encabeçado por Coelho e Portas e apadrinhado por Cavaco Silva.

Foi precisamente pelo facto de o MRPP se ter constituído e afirmado como vanguarda da classe operária e cabeça da luta revolucionária pela destruição completa do Estado fascista e pela construção do socialismo, que as suas sedes e os seus militantes e dirigentes foram atacados, não tendo sido assassinados porque uma onda de luta pela sua libertação se levantou por todo o país, com dezenas de milhar de democratas e patriotas a exigirem e a imporem a sua libertação. O Partido saiu mais forte e coeso desta luta vitoriosa contra a tentativa desesperada da contra-revolução para o aniquilar.

Apesar de a burguesia e os seus lacaios terem prosseguido a sua campanha de cerco, aniquilamento e amordaçar das opiniões e posições políticas do PCTP/MRPP, um cada vez maior número de operários, camponeses, trabalhadores, democratas e patriotas, ganham consciência de que, se chegámos à situação política actual foi precisamente porque as ilusões e o oportunismo tomaram conta da direcção do movimento revolucionário que, após o golpe militar de 25 de Abril, eclodiu em todo o país, tal como sempre e coerentemente afirmámos.

Assinalar a data é ainda conclamar a classe operária e os trabalhadores portugueses para que, na presente situação política, não se deixem enredar nas ilusões com que aqueles que, no passado, já lhes haviam indicado a aliança Povo/MFA ou as nacionalizações - sem que o estado burguês e fascista tivesse sido destruído nos seus fundamentos - nos levariam à sociedade socialista e ao socialismo, paralisando a sua acção e desviando-os dos seus objectivos, nos proponham agora a renegociação ou a reestruturação de uma dívida que não contraíram, nem dela retiraram qualquer benefício.

Assinalar a data é apontar o caminho do derrube do governo Coelho/Portas e do seu tutor Cavaco Silva, da expulsão da tróica germano-imperialista do nosso país, da constituição de um Governo Democrático Patriótico que suspenda de imediato o pagamento da dívida e prepare a saída de Portugal, quer da União Europeia, quer do euro.


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