domingo, 26 de junho de 2016

Convenção de um bloco dito de esquerda:

Sobe, sobe, balão sobe...


A vocação de muleta do PS foi consagrada na Convenção desse bloco de oportunistas que dá pelo nome de Bloco de “esquerda”, como o comprovam discursos, intenções e moções, produzidos ao longo deste último fim de semana, na Convenção que levaram a cabo no Pavilhão do Casal Vistoso, em Lisboa.

No termino desta Convenção, uma das conclusões programáticas apresentada, plasmada na moção de estratégia vencedora, é a de que não é tema para o momento político actual a apresentação, discussão e votação de um referendo sobre a saída ou permanência de Portugal na União Europeia.

Nada disso, que os tempos, tal como no passado, não estão, para este bloco,  de molde a permitir que o povo tenha uma participação efectiva nos seus destinos e, muito menos, o direito a discutir e aprovar as saídas que melhor se compaginem com os seus interesses.

Está fora de questão, portanto, para o BE, que se criem as condições para um referendo do tipo que ocorreu na passada 5ª feira na Grã-Bretanha. Isto é o BE a afirmar que não pretende que o povo português seja chamado a tomar decisões, livres, democráticas, informadas e conscientes sobre a saída ou permanência de Portugal na União Europeia e no euro.

Numa atitude política que em nada se distingue de PS, PSD e CDS, que sempre se opuseram a que fosse dada a palavra à classe operária e ao povo português quanto à adesão de Portugal à CEE – hoje UE - e, posteriormente, ao euro, aos diferentes tratados subscritos por sucessivos governos de traição nacional – protagonizados por esses partidos -, sobretudo aqueles que retiraram a Portugal a sua soberania fiscal, aduaneira, cambial, económica e financeira.

Curioso, ou talvez não, é que, no mesmo dia em que este bloco de oportunistas toma estas decisões – contrárias aos interesses da classe operária e do povo português - , familiares e doentes do Centro de Reabilitação de Alcoitão denunciam o facto de esta unidade de saúde estar a comprometer a sua reabilitação, ao enviar para casa, mais cedo do que o que seria expectável, aqueles que aos seus serviços têm de recorrer para assegurar o seu processo de recuperação e reabilitação.

Uma prova de que o BE, ao apoiar um governo de direita e de traição nacional, como é o governo do PS, liderado pelo ex-imperador de Lisboa, António Costa, apoia o princípio de que o que é de facto prioritário é pagar dívidas privadas, sobretudo as da banca
.
Uma prova de que este bloco oportunista está a admitir que, seja ela reestruturada ou renegociada, esta dívida, que não foi contraída pelo povo, nem este dela retirou qualquer beneficio, deve ser paga.
Está a admitir que apesar do euro ser um fautor de miséria, de perda de soberania cambial, fiscal, orçamental, económica e financeira, o povo deve continuar a estar sujeito à sua tenaz. Isto apesar de uma ridícula “ameaça” de que, mudará de atitude se a União Europeia vier a decretar sanções a Portugal pelo facto deste e do anterior governo de traição nacional não terem cumprido os critérios de estabilidade ditados por Berlim.

Caso para dizer, sobe, sobe, balão sobe, que tal como a pressão atmosférica o fará, a pressão revolucionária se encarregará de fazer rebentar este bloco de oportunistas que dá pelo nome de Bloco de “Esquerda”!

2 comentários:

  1. Este bloco de "Esquerda" vai arrebentar mais depressa do que o esperado. Ou Então vai acontecer como os tais migueis de vasconcelos....

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