sábado, 9 de julho de 2016

Marcelo, Barroso & Sachs!

São só afectos!!!


Um afecto financeiro
Muito se usa e abusa, nos tempos que correm, da expressão política de afectos. Nós, marxistas-leninistas, sabemos ao que vêm estas teses. Não são novas. São as mesmas que anunciaram o fim das ideologias, que desvalorizam a luta de classes que escamoteiam o facto de não existir um capitalismo selvagem, por oposição a um capitalismo de cariz humanitário!

Em Portugal, e nos tempos mais recentes, o actual presidente da república, ciente da impopularidade extrema a que chegou o palermóide de Boliqueime, inaugurou este ciclo da política dos afectos, um discurso que leva ao limite da náusea.

Afectos e remendos
Mas, a que propósito vem esta introdução?!  À manifestação do grande afecto que a Goldman & Sachs revelou no final desta semana em relação a um patife que dá pelo nome de Durão Barroso. Como amor com amor se paga – ou como agora soi dizer-se, afectos com afectos se pagam -, a maior instituição financeira do mundo premeia com um lugar de presidente não executivo o seu fiel servidor.

Pudera! Os 55 mil milhões de euros que, alegadamente, esta instituição financeira hoje vale, deve-o, em primeiro lugar,  ao facto de Durão Barroso, como chefe do governo português à época, ter  apoiado a política do imperialismo americano de invasão do Iraque  – o que, já de si,  constituiu um prémio a esta traição aos interesses soberanos de Portugal.

Um afecto político
Mas, os prestimosos serviços não se ficaram por aqui! Como presidente da Comissão Europeia – que foi, já de si, um prémio àquela actuação -, favoreceu a implementação de um programa ideológico que ainda hoje visa, através do que se convencionou designar por austeridade, o roubo dos salários, do trabalho, da dignidade, da soberania e independência nacional de vários países.

São estes os afectos que se trocam entre patrões e servidores destes. Percebe-se, assim, melhor o alcance político do afecto que Marcelo diz ter por Barroso, quando se congratula por este ter, com esta nomeação, chegado ao topo de uma carreira empresarial de sucesso!

O que este episódio vem confirmar é a justeza de um dos muitos e preciosos ensinamentos de Marx. O de que, a uma determinada infraestrutura económica corresponde, sempre, uma superestrutura política e ideológica que a serve e amplifica.


2 comentários:

  1. Uma vez mais um excelente texto, que tem faltado para clarificar o que se pensa sobre este canalha, que é um dos responsável do desemprego, da miséria e da fome do nosso povo!

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  2. Não importa qual a pessoa que irá liderar portugal, nem uma má pessoa, com instintos carnívoros, nem um santo que ajude as pessoas.
    O problema mais profundo, existe no péssimo motor de qualquer república, esta é uma mistura de óleo rançoso americano, com péssima gasolina italiana.

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