É já no próximo dia 16 de Outubro que se realizam, por
sufrágio directo, universal e secreto dos cidadãos inscritos no recenseamento
eleitoral regional dos Açores, as eleições que determinarão quem serão os 57
deputados que farão parte da próxima Assembleia Legislativa da Região Autónoma
dos Açores.
Para aqueles eternos românticos
da revolução, que tentam conciliar o inconciliável e ainda se batem por um entendimento democrático entre as duas
linhas que se manifestam no seio do PCTP/MRPP, um partido que se deseja
comunista, operário e revolucionário, assente numa verdadeira linha de massas,
o trabalho que o Partido levou a cabo nos Açores para garantir uma forte participação nas
próximas eleições regionais, é um exemplo vivo e vivido de como com liquidacionistas
e provocadores não pode existir qualquer pacto e a denúncia, isolamento e
liquidação das sua ideias e práticas é o único caminho a seguir pelos
marxistas-leninistas.
Nos últimos 40 anos de eleições regionais no arquipélago dos
Açores, isto é, entre 1976 e 2016:
·
o PCTP/MRPP
participou nos actos eleitorais de 1976/1980/1984 e 1988;
·
A camarilha
liquidacionista decidiu formalizar o abandono a que votou a classe operária, os
trabalhadores e o povo açoriano, nos anos de 1992/1996/2000/2004 e 2008, não organizando,
nem propondo, qualquer lista de candidatos;
·
Em 2012, devido à forte pressão do fundador do
Partido, o camarada Arnaldo Matos, e de alguns camaradas que apoiavam esta sua
preocupação, o Partido concorreu a três das ilhas do arquipélago e ao círculo de compensação.
Isto num universo de 10 círculos eleitorais, um por cada uma
das 9 ilhas do arquipélago, mais o supracitado círculo de compensação!
Corridos que foram os liquidacionistas do Partido, a Linha Geral Revolucionária,
protagonizada pelo fundador do Partido, o camarada Arnaldo Matos, pôs no terreno uma força composta por
militantes que, sob uma forte e determinada direcção comunista, e numa íntima
ligação às massas, apresentou um programa específico para cada uma das ilhas do
arquipélago – interpretando correctamente as suas necessidades e
características específicas – e conseguiu um resultado histórico para o Partido
e para a classe operária, os trabalhadores e o povo dos Açores.
Isto é, apresentar
listas de candidatos a 7 das 9 ilhas do arquipélago e ao círculo de compensação, num total de 8 círculos eleitorais!
E o que fizeram os liquidacionistas?! Não satisfeitos com o
abandono a que tinham votado a classe operária, os trabalhadores e o povo dos
Açores, entretiveram-se, a mando da burguesia compradora do Arquipélago e das
secretas no continente, a enviar dois comunicados
à imprensa regional açoreana, não para apresentar propostas alternativas, mas
para – uma vez mais – se dedicarem àquilo que melhor sabem fazer – bufaria e
provocação reles.
Os campos estão cada vez mais claros. Já não havia no
passado recente, mas agora não existem de todo, mais contemplações com aqueles
que acreditam ser possível sentar-se entre duas cadeiras: a da revolução e a da
contra-revolução e liquidacionismo! Ou atinam rapidamente e assumem uma
autocrítica sincera, honesta e pública, ou o comboio da revolução deixa-los-á
apeados na estação onde a revolução apeou os liquidacionistas e
contra-revolucionários!
Está um texto muito bem elaborado, clarificando distintamente os dois campos. No meu ponto de vista não se trata duma hipotética luta entre campos extremados, mas sim e tão só a clarificação entre a linha marxista-leninista, e o grupo dos liquidacionistas da linha revolucionária do PCTP/MRPP. Depois dum período de análise das questões expostas, não tenho quaisquer dúvidas de qual, é o campo da revolução, do campo da linha marxista-leninista, do campo daqueles que levaram em frente a participação nas eleições nos Açores.
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