segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Açores – Um paradigma da luta entre as duas linhas!

É já no próximo dia 16 de Outubro que se realizam, por sufrágio directo, universal e secreto dos cidadãos inscritos no recenseamento eleitoral regional dos Açores, as eleições que determinarão quem serão os 57 deputados que farão parte da próxima Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores.

Para aqueles eternos românticos da revolução, que tentam conciliar o inconciliável e ainda se batem por um entendimento democrático entre as duas linhas que se manifestam no seio do PCTP/MRPP, um partido que se deseja comunista, operário e revolucionário, assente numa verdadeira linha de massas, o trabalho que o Partido levou a cabo nos Açores  para garantir uma forte participação nas próximas eleições regionais, é um exemplo vivo e vivido de como com liquidacionistas e provocadores não pode existir qualquer pacto e a denúncia, isolamento e liquidação das sua ideias e práticas é o único caminho a seguir pelos marxistas-leninistas.

Nos últimos 40 anos de eleições regionais no arquipélago dos Açores, isto é, entre 1976 e 2016:

·         o  PCTP/MRPP participou nos actos eleitorais de 1976/1980/1984 e 1988;

·         A camarilha liquidacionista decidiu formalizar o abandono a que votou a classe operária, os trabalhadores e o povo açoriano, nos anos de 1992/1996/2000/2004 e 2008, não organizando, nem propondo, qualquer lista de candidatos;

·         Em 2012, devido à forte pressão do fundador do Partido, o camarada Arnaldo Matos, e de alguns camaradas que apoiavam esta sua preocupação, o Partido concorreu a três das ilhas do arquipélago e ao círculo de compensação.

Isto num universo de 10 círculos eleitorais, um por cada uma das 9 ilhas do arquipélago, mais o supracitado círculo de compensação!

Corridos que foram os liquidacionistas do Partido, a Linha Geral Revolucionária, protagonizada pelo fundador do Partido, o camarada Arnaldo Matos,  pôs no terreno uma força composta por militantes que, sob uma forte e determinada direcção comunista, e numa íntima ligação às massas, apresentou um programa específico para cada uma das ilhas do arquipélago – interpretando correctamente as suas necessidades e características específicas – e conseguiu um resultado histórico para o Partido e para a classe operária, os trabalhadores e o povo dos Açores.

Isto é,  apresentar listas de candidatos a 7 das 9 ilhas do arquipélago e ao círculo de compensação, num total de 8 círculos eleitorais!

E o que fizeram os liquidacionistas?! Não satisfeitos com o abandono a que tinham votado a classe operária, os trabalhadores e o povo dos Açores, entretiveram-se, a mando da burguesia compradora do Arquipélago e das secretas no continente, a enviar dois comunicados à imprensa regional açoreana, não para apresentar propostas alternativas, mas para – uma vez mais – se dedicarem àquilo que melhor sabem fazer – bufaria e provocação reles.

Os campos estão cada vez mais claros. Já não havia no passado recente, mas agora não existem de todo, mais contemplações com aqueles que acreditam ser possível sentar-se entre duas cadeiras: a da revolução e a da contra-revolução e liquidacionismo! Ou atinam rapidamente e assumem uma autocrítica sincera, honesta e pública, ou o comboio da revolução deixa-los-á apeados na estação onde a revolução apeou os liquidacionistas e contra-revolucionários!

1 comentário:

  1. Está um texto muito bem elaborado, clarificando distintamente os dois campos. No meu ponto de vista não se trata duma hipotética luta entre campos extremados, mas sim e tão só a clarificação entre a linha marxista-leninista, e o grupo dos liquidacionistas da linha revolucionária do PCTP/MRPP. Depois dum período de análise das questões expostas, não tenho quaisquer dúvidas de qual, é o campo da revolução, do campo da linha marxista-leninista, do campo daqueles que levaram em frente a participação nas eleições nos Açores.

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