
O que o estudo escamoteia é que este quadro se deve a mais
de 4 décadas de políticas de concertação
social, durante as quais a conciliação, a hesitação e a traição miserável
aos interesses dos trabalhadores– em nome de tornar conciliável algo que não o
é, isto é, os interesses dos trabalhadores com os interesses do capital -,
acompanhado de uma política de educação completamente alheia aos interesses de
uma economia mais qualificada e virada para a satisfação das necessidades do
povo e de quem trabalha, levaram a uma progressiva degradação, quer da distribuição
dos rendimentos em relação a quem trabalha, quer da formação superior e técnica
necessárias para uma economia mais moderna e eficiente.
Senão, vejamos! Segundos dados da Pordata, desde 1974 que os
rendimentos do trabalho foram superiores aos rendimentos do capital. Esta
tendência teve o seu auge entre 1975 e 1976, conforme se pode constatar pelo
quadro anexo.
Foram os desvios oportunistas, operados pelas duas centrais
sindicais – UGT e CGTP/Intersindical - , que amarraram os trabalhadores à
armadilha da concertação social,
sujeitando-os ao colete de forças de estruturas sindicais que se foram
afastando dos operários e dos trabalhadores, privilegiando as lutas de gabinete, em vez das lutas nos
locais de trabalho, demitindo-se de exercer uma direcção sindical
revolucionária, que levou ao actual quadro.
Um quadro onde a parte dos rendimentos que se destina aos
salários de operários e restantes trabalhadores caíram dos 68,9% de 1975 para
os pouco mais de 33%, para grande gáudio de todos os capitalistas e da
burguesia em geral!!! Não vale a pena vir-se carpir, como o faz Arménio Carlos
da CGTP/Intersindical ,da situação e ficar-se pela constatação dos factos!

Certeiro, desmascarado a traição praticada pelas duas centrais sindicais à luta dos operários e trabalhadores durantes estas últimas décadas.
ResponderEliminarQuando se aprende, aprende-se e não se comenta.
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