Realizou-se este fim de semana mais uma
campanha do Banco Alimentar Contra a Fome, sob a égide do governo do socialismo
de traição do PS de António Costa e suas muletas do PCP, BE, Verdes e PAN.
Números que, uma vez mais, reflectem a miséria e pobreza crescentes a que o povo português está a ser sujeito, fruto da persistência numa política de submissão ao euro e à dívida que este, como o anterior governo de coligação entre a direita e a extrema direita, impuseram!
A falta de vergonha do PS e de António
Costa já não nos surpreende. Um semeador profissional de promessas nunca
cumpridas, só anunciadas com o fito de recolher o máximo número de votos que
lhe permita um cheque em branco para
as suas políticas reaccionárias e vende pátrias. Surpreendidos só ficarão os
incautos que acreditam que PCP, BE, Verdes e PAN, constituídos em muletas deste
governo, conseguirão amenizar os
efeitos dessa política.
A caridadezinha burguesa em que assentam
iniciativas deste tipo, mas não só, para além de outros objectivos, visa
sobretudo adormecer e inebriar a consciência dos trabalhadores e do
povo quanto às verdadeiras causas das condições de fome e de miséria para que
foram atirados por um sistema que assenta na exploração do homem pelo homem e
no sacrossanto lucro.
Se é certo que milhares de voluntários
se prestam a dar a sua genuína e generosa solidariedade, participando
activamente em todos esses peditórios – desde os bancos alimentares à recolha de vestuário, passando
por fundos para tudo e mais alguma coisa -, não menos certo é que quem se
apropria da direcção e destino do resultado dos mesmos tem uma agenda
ideológica que assenta no pressuposto de desculpabilizar o
sistema que cria as condições de fome e miséria pelas quais o povo está a
passar.
Como afirma o meu camarada Arnaldo
Matos, “... no modo de produção capitalista em que vivemos, o salário do
operário deve cobrir as despesas com a produção e reprodução da sua força de
trabalho...” o que, para além da saúde, da educação, da habitação, da
mobilidade e outras necessidades básicas, deveria servir para alimentar o
exército de mão de obra disponível, característica e necessidade desse modo de
produção.
Mas, não! Para além de roubar ao salário
dos operários e trabalhadores o necessário para garantir essas despesas, a
burguesia, sedenta de lucros – mesmo que à custa da vida de quem nada mais
possui do que a sua força de trabalho – leva a cabo um política criminosa de redução da despesa, aumentando assim as
mais valias que desvia para que obtenha maiores lucros e dividendos. É neste
contexto que o governo PS – que representa os interesses da burguesia
capitalista e imperialista -, manipula estas ditas campanhas de solidariedade
que roubam – recorrendo a um exército de voluntários – mais uma parte dos
salários dos operários e de quem trabalha, para suprir necessidades que
competiria ao estado suprir!
Um governo piedoso que, enquanto
assegura aos seus patrões imperialistas o pagamento de uma dívida que o povo
não contraíu – nem dela retirou qualquer benefício -, cativa 19,8 milhões de
euros, incluídos na Lei Geral do Orçamento – aprovado com os votos de PS,
PCP,BE, Verdes e PAN -, destinados a garantir obras na ala pediátrica do Hospital
de São João, no Porto! Transborda de caridade, esta canalha!
Comprova-se, ano após ano, e como
resultado de todas as campanhas de solidariedade contra a fome que o controlo
da esmola é, por si só, um instrumento de poder e dominação.
E o que dizer, então, da suprema
hipocrisia que é o facto de campanhas como as do Banco Alimentar contra a Fome,
entre outras, serem ansiosamente aguardadas pelos Pingo Doce e Continentes do nosso
descontentamento, que vislumbram nas mesmas uma receita adicional
para os seus já abarrotados cofres e para as suas já gordas fortunas?!
Quer as grandes cadeias de supermercados
– que, logicamente, se disponibilizam de
imediato para aderir a estas campanhas –, quer o estado que defende os seus
interesses arrecadam, os primeiros, fabulosos lucros pela venda dos produtos
generosamente adquiridos por quem, de facto, quer ser solidário, e os segundos,
impostos como e IVA e como o IRC. Contas feitas, neste negócio da
caridadezinha, ao destinatário da mesma, se chegarem uns
míseros 20 ou 30% do resultado das mesmas já estão com muita sorte, enquanto o estado burguês e
os grandes grupos económicos que exploram essas grandes superfícies, abocanham
mais de 80%!
Àqueles mais piedosos que,
ainda assim, poderão dizer que, então,
se não organizarmos este tipo de campanhas é que milhares ou centenas de milhar
poderiam morrer à fome, nós respondemos que não é com aspirinas que
se curam cancros. O cancro do capitalismo que, ciclicamente, provoca a
destruição massiva das forças produtivas e atira para o desemprego, a fome e a
miséria, somente em Portugal, mais de 3 milhões de elementos do povo,
nunca será ultrapassado com este tipo de paliativo!
A solidariedade operária é bem diversa
da caridadezinha burguesa. Assenta na
solidariedade militante e activa às lutas que em todo o mundo se organizam e
desenrolam precisamente para destruir um sistema que atira para a fome, a
miséria e a humilhação quem trabalha ou trabalhou toda uma vida.
A sua cura, em Portugal, passa por uma
luta sem tréguas a todos os governos que se dispuserem a ser meros obedientes
serventuários dos ditames da tróica germano-imperialista. Passa por um novo paradigma
de economia, ao serviço do povo e de quem trabalha, que recupere o
tecido produtivo que foi destruído à custa de uma política vende-pátrias levada
a cabo por sucessivos governos do PS e do PSD, por vezes acolitados pelo CDS.
Um governo que tenha a coragem de
expulsar do nosso país a tróica germano-imperialista, que tenha a coragem de
colocar o sector bancário sob controlo do estado, um governo que imponha sem
hesitações a recusa do pagamento da dívida e dos juros dela decorrentes, um
governo que tenha o discernimento e a coragem de preparar o país para a saída
do euro e da União Europeia.
um governo composto por islandeses , ou seja https://www.youtube.com/watch?v=7e7hZ2HxQMk
ResponderEliminarAs alternativas é que não me convencem. Mas, vou partilhar.
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