O herói da « esquerda »
faz bosta
E o arauto do mundo da
“esquerda” mundial exibe as suas garras de militarista, o herói da pequena
burguesia reformista radicalizada - porque saqueada e empobrecida - acaba de
deixar as suas marcas Face ao grande capital ianque. Um profundo silêncio da
comunicação social de “esquerda” atesta que os bobos acusaram o golpe e procuram
pudicamente algures antes de retomar a difusão das suas bajulações a propósito do
candidato socialista Bernie à
nomeação do grande partido democrata imperialista - o partido reaccionário que
esteve na origem da maioria das guerras de agressão americana na história.
Lembramos que foi o democrata Kennedy quem lançou a Guerra do
Vietname (após o fracassado desembarque da Baía dos Porcos em Cuba), e foi o republicano
Nixon que neutralizou essa guerra genocida.
Não obstante, a esquerda comprometida sob a bandeira
socialista-militarista de Bernie Sanders reconhece que o
senador milionário conquistou o voto popular nos dois estados de New Hampshire
e Iowa durante as Primárias, actuando como "oponente" e
"contestatário" da guerra (sic). Condenando o criminoso assassinato
do general iraniano Quassem Soleimani no mês passado, o oportunista Sanders foi o mais firme dos candidatos
democratas que criticaram o acto de Trump. O seu número de apoiantes aumentou quando ele aumentou a sua retórica anti-guerra, auxiliada pela sua
base de “esquerda” . Sanders, o senador demagogo, recordou repetidamente o seu
voto contra a invasão do Iraque em 2000, lembrando os eleitores, durante o
debate presidencial no Iowa no mês passado: "Eu não só votei contra a Guerra, mas também ajudei nos esforços para
acabar com ela ". (1)
É necessário compreender
que, na época, a investidura democrata às presidenciais era apenas uma
perspectiva distante e improvável. A crise económica estava a começar e a
direita republicana controlava o aparelho de estado antes que os promotores de
eleições falseadas apelassem ao poder político pueril a alternância da
“esquerda” democrata (o maldito casal Clinton, depois o afro-americano Obama),
que prosseguisse as políticas de austeridade do primeiro. Branco boné ou boné
branco, será ao eleitorado crédulo que caberá fazer a sua escolha.
A duplicidade do
debutante
Uma equação com dois vectores e apenas
uma incerteza
Como em todas as farsas eleitorais ocorridas desde a adopção
da constituição americana, a mascarada eleitoral americana coloca em cena uma
alternativa que, no final, retorna ao mesmo de sempre: "abraçar um futuro social-democrata mais
igualitário com Sanders, ou continuar
o caminho do neoliberalismo com Buttigieg
(ou Klobuchar). Essa escolha é colocada em evidência pela natureza das suas
campanhas. Bernie, o demagogo, reservou um tempo para se juntar à greve dos
professores de Chicago e recusa-se a aceitar dinheiro de bilionários,
argumentando que eles são uma força corrosiva na política americana. Buttigieg,
representa o malvado gato escondido com o rabo de fora encarregado de
consolidar o voto de Sanders. Ele recebeu apoio financeiro de 40 bilionários e
organizou uma arrecadação de fundos numa adega exclusiva de Napa Valley, onde
os convidados receberam garrafas de vinho de 900 dólares. “ (2) Enquanto isso, a comunicação corporativa
elogiou Klobuchar pela sua oposição constante a praticamente todas as leis
progressistas, incluindo o Medicare for
All (o seguro de doença para todos), o Green New Deal e as mensalidades gratuitas da faculdade pública;
o novo sonho americano, cinquenta anos depois da Suécia e do Canadá, e que a
"esquerda" gostaria de vender à população americana desesperada, mas
que a geração antiga, que já viu esquerdistas do paraíso perdido, se recusa a
validar. O paraíso socialista não pode florescer no inferno capitalista.
Mascaradas eleitorais e farsa eleitoral
Durante muito tempo, a classe proletária americana evitou
sistematicamente estas farsas eleitorais truncadas, manipuladas e
"embelezadas", dizia o meu pai, um operário soldador na indústria
naval, porque a experiência secular ensinou aos trabalhadores que antes da
eleição o candidato trata-o por "filho",
ou mesmo "camarada", e após a eleição não se lembra mais do seu nome.
Mesmo que o bem-intencionado eleito quisesse revolucionar as relações sociais, seria totalmente incapaz de o fazer perante o
imenso sistema petrificado, inamovível.
NOTAS
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