Na Europa vivemos um momento particular desse equilíbrio de
forças, sendo que ele é aparentemente favorável à burguesia. Classe que, sob o
comando da chancelerina Merkel, gestora dos grandes grupos financeiros,
bancários e industriais – sobretudo os alemães – procura concretizar a
pretensão de Hitler em - nem que para tal se tenha de dar origem a um conflito mundial que leve
à morte mais de uma centena de milhões de elementos do povo -, assegurar o espaço vital alemão.
O mais recente episódio deste programa de domínio e
subjugação da Europa aos interesses da potência imperialista que é a Alemanha,
foi a exigência de Merkel em que Bruxelas, no contexto do Tratado Orçamental,
tenha a possibilidade de vetar os orçamentos apresentados pelos países
aderentes à zona euro. Recorde-se que sempre denunciámos que este tratado
retira a soberania aos estados membros –
aos elos mais fracos da cadeia, é bom observar -, no que concerne política
orçamental, fiscal e cambial.
A contra revolução entra com pés de chumbo e nem o ruído
ensurdecedor que provoca parece despertar as forças que se reclamam da revolução.
Existe um torpor incompreensível que parece não ter percebido que as reais
intenções desse movimento da contra revolução se começou a evidenciar com o à
vontade com que substituiu governos – grego, italiano, português, espanhol,
etc. – por homens de mão da estrita
confiança do directório europeu, completamente
dominado pelo imperialismo germânico.
Não encontrando resistência pela frente, nem por parte de um
incipiente e oportunista movimento sindical, que tem paralisado e frustrado a
crescente vontade de lutar de operários e trabalhadores em geral, claro está
que Merkel e os sectores da burguesia que representa sentem-se completamente à
vontade para vir reclamar agora a possibilidade de Bruxelas, completamente
sequestrada aos seus interesses, apertar ainda mais a
tarraxa sobre os países cujas burguesias venderam por 30 dinheiros a sua
soberania.
Comportamentos e tiques aliás prosseguidos pelos seus
serventuários do governo PSD/CDS em Portugal, de que o recente caso do microfone ocorrido na Assembleia
da República entre um patético secretário de estado e o presidente da mesa de
uma comissão parlamentar - daquelas que apenas servem para branquear ou
escamotear os ataques que estão a ser desferidos contra o povo – é bem
exemplificativo. Torna-se cada vez mais evidente que este governo, com a
cumplicidade do pateta de Boliqueime, já considera o parlamento, como continua
a considerar o Tribunal Constitucional, como excrescências do regime
perfeitamente dispensáveis para quem sempre defendeu a suspensão da democracia!
Não fazer ouvidos de mercador a esta tão ruidosa e ruinosa estratégia da
burguesia - para os povos da Europa, incluindo o português – é pugnar por uma
ampla frente democrática e patriótica que, sem hesitações ou tergiversações,
lute pelo derrube do governo de traição nacional Coelho/Portas, e seu tutor
Cavaco, luta e acção que leve à constituição de um governo de unidade
democrática e patriótica que se recuse a pagar uma dívida odiosa, ilegal e
ilegítima e inscreva no seu programa a saída de Portugal do euro.
O texto é por mais que evidente que o poderio Germânico está com um domínio aterrador de todos os países do sul e particularmente o nosso que tem no seu governo e na presidência quem cumpre escrupulosamente o que é imposto pela Srª Merkel e os seus interesses!!!Saudações.
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