domingo, 29 de março de 2015

Aproxima-se nova edição da Feira das Ilusões!

À medida que se aproximam as eleições legislativas, cuja realização se prevê para Outubro próximo, é ver os partidos da bloco central – PS, PSD e CDS – a ensaiar, uma vez mais, como o têm feito nos últimos 40 anos em que se revezaram no poder, o argumento de que não foram as políticas e os programas que adoptaram que levaram Portugal e o povo português à situação actual, mas sim a inépcia e a incompetência daqueles que estiveram à frente dos sucessivos executivos.

Mal comparado é como dizer a alguém que fuma que não é o tabaco que o está a matar e a retirar qualidade de vida, mas o sabor dele. Isto é, fazer crer que se um cigarro tivesse aroma de banana, ananás ou morango, já não faria o mal que provoca.

Agora que se aproxima uma nova edição desta autêntica Feira das Ilusões, a pedra de toque em relação às diferentes candidaturas que se apresentarão será a atitude que adoptam em relação à dívida e à absoluta necessidade da saída de Portugal do euro.

De um lado, com um discurso mais austeritário, mais liberal ou mais de esquerda, estarão aqueles que persistem em vender a ilusão de que o problema não está em pagar uma dívida ilegítima, ilegal e odiosa, mas sim na decisão de como a pagar, a prestações e suavemente, para não comprometer o crescimento.

Por outro, os democratas e patriotas que persistem na denúncia de que é o euro que compromete a nossa soberania e independência nacional, o crescimento e o emprego, visto tratar-se de uma moeda forte de mais para uma economia frágil como a nossa, levando à liquidação do nosso tecido produtivo, ao desemprego, ao empobrecimento e à venda ao desbarato das nossas empresas estratégicas.

A dívida e a crise são resultantes do sistema capitalista. Apesar de os capitalistas tentarem fazer o povo e quem trabalha pagar as chagas inerentes ao seu sistema, esta será a outra pedra de toque entre quem defende uma saída para o povo e quem trabalha e quem , com algumas nuances é certo, persiste em que seja o povo a pagar essa dívida e essa crise.

Faz cada vez mais sentido para largos sectores do povo, dos democratas e patriotas, da juventude, da intelectualidade, a justeza da consigna NÃO PAGAMOS! e da exigência da saída de Portugal do euro. É tempo de isolar todos os vendilhões de ilusões e fechar-lhes, de vez, a Feira!

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