A síntese mais paradigmática que o imperador de Lisboa e
putativo candidato a vencer as eleições legislativas deste ano, António Costa,
fez àcerca das justificações dadas
pelo chefe do governo de traição nacional Passos Coelho, foi a de que mal ia um
país onde o responsável primeiro do governo achasse normal e aceitável ter errado ao não cumprir as suas obrigações
fiscais e, ainda por cima, não esclarecer
as circunstâncias e o montante total em que tais factos ocorreram.
Mas, é a conclusão moral
que retira do episódio que, essa sim, é reveladora de que entre Passos e Costa não
existe nenhuma divergência de fundo quanto às medidas terroristas e fascistas
que, segundo os interesses do grande capital financeiro, bancário e industrial - que ambos defendem -, é necessário impôr
aos trabalhadores e ao povo português.
A preocupação verbalizada por Costa é a de que, com
comportamentos desta natureza, Passos não tenha a credibilidade necessária para aplicar tais medidas. É um Costa em bicos dos
pés a oferecer os seus préstimos a quem faz uso do negócio da dívida e da
chantagem para ser o próximo executor do que resta de activos públicos
estratégicos, de roubo dos salários e do trabalho, das pensões e reformas, da
ruptura e liquidação do serviço nacional de saúde e do acesso ao ensino.
É por isso que, mesmo quando insistentemente questionado por
uma comunicação social relapsa,
vendida e preguiçosa, se apoia a exigência da demissão de Passos Coelho e do
executivo governamental que este chefia que não só há muito é reclamada pelo
povo e pelos trabalhadores portugueses, mas agora por vastos sectores do seu
próprio partido, foge com o rabo à
seringa refugiando-se no argumento de que, primeiro, se terá de aguardar
pelas respostas às 9 questões que o PS colocou a Passos para, então, e face às respostas dadas - como já não se soubesse qual será o teor das mesmas - tomar uma
decisão.
Como se a demissão deste governo terrorista e fascista tenha
de depender de uma encenação desta natureza e não ser uma consequência política
da aplicação de um programa assente no maior genocídio fiscal sobre o povo de
que há memória em Portugal.
Nada de novo a oeste do paraíso do Bloco Central!
Sem comentários:
Enviar um comentário