Um dos parâmetros mais exaustivamente explorado por este
governo de traição nacional para demonstrar
que a sua política vende pátrias tem levado a um autêntico milagre económico e que, portanto, os sacrifícios que exigiu ao povo português estão a ser recompensados é o do desemprego.

A realidade pode tardar, mas sobrevalece sempre sobre a
mistificação e a mentira. Já em Maio de 2012, confrontados com os números então
divulgados pelo Eurostat sobre o agravamento do desemprego em Portugal, Cavaco,
Passos e Portas expressavam a sua surpresa
por algo de tão inesperado!
Na altura, o em boa hora corrido Miguel Relvas chegou a
afirmar, de forma absolutamente provocatória, que o desemprego era algo que lhe
tirava, e ao governo que integrava, o sono, escamoteando o facto de, como
revelavam os números do Eurostat libertados em 2012, 15,3% da nossa população activa estar
então no desemprego, o que, por si só, fazia de Portugal o 3º país da União
Europeia com a mais elevada taxa de desemprego, somente ultrapassada pela
Espanha (24,1%) e pela Grécia (21,7%).
Isto mesmo tendo
em conta que tais números não eram realistas, porque não contemplavam os
designados inactivos disponíveis e os inactivos
desencorajados que, se fossem considerados nessa estatística, fariam
com que essa taxa ultrapassasse os 23% e que o número de desempregados se cifrasse
nos cerca de 1,3 milhões.

Segundo o
último relatório do Observatório sobre Crises e Alternativas, estima-se que o
desemprego real se situará em 2014 nos 29% da população activa revelando, uma
vez mais, uma situação muito mais grave
do que a estimada pelo Instituto de Estatística Nacional (INE) já que, ao
contrário dos números oficiais libertados pelo INE, o Observatório contempla os
ocupados, os migrantes e os subempregados.
O número real
de desempregados é mais do dobro do que aqueles que são exibidos pelos pomposamente designados números
oficiais. Isto porque destes números são propositadamente excluídos um
significativo número de desempregados. A saber:
- Os Inactivos desencorajados, que mais não são do que aqueles
trabalhadores registados nos Centros de (Des)Emprego, os quais o IEFP e a
Segurança Social mantém ocupados, graças a um fraudulento
programa de colocação em formações
e Contratos de Emprego-Inserção
que chegam a atingir níveis absolutamente inéditos. A titulo de exemplo,
refira-se que esse número, até 2012, não havia nunca excedido os 40 mil
desempregados, mas no final de 2014 atingiu os 171 mil!
- Os Activos Migrantes – O governo e os institutos
que promovem as estatísticas
oficiais escamoteiam que a aparente diminuição do desemprego se deve
ao facto de haver uma aparente diminuição da população, em virtude de, para os activos migrantes, ter havido um aumento da emigração e a
redução do saldo - entradas e saídas - de cidadãos estrangeiros em idade
activa (imigrantes).
·
Os Sub-empregados – Para se ter uma real dimensão do peso deste sector que
incorpora aqueles trabalhadores que são forçados a vender a sua força de
trabalho em regime de part-time, o universo
daqueles que auferia menos de 310 euros/mensais cresceu mais de 140% nos
últimos 6 anos.

Só o derrube deste
governo de traição nacional PSD/CDS e do seu líder Cavaco Silva poderá levar à
constituição de um governo de unidade democrática e patriótica que imponha a
suspensão do pagamento dessa dívida, assegure a saída de Portugal do euro e leve
a cabo um programa económico que afecte os recursos que estão a ser
transferidos para os bolsos da parasitagem financeira, com os grandes grupos
económicos e financeiros alemães à cabeça, e que tem vindo a impedir
a criação de riqueza e emprego, e assegurar a Independência e a soberania
nacional a Portugal.
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