Tempo de mudar o quê e a favor de quem? É o que se nos
oferece perguntar face ao leit motiv
da campanha eleitoral do PS e de António Costa.
A avaliar pelo abuso que a direcção de marketing da dita cometeu ao utilizar trabalhadores de uma Junta de
Freguesia – a de Arroios, em Lisboa -, para aparecerem como desempregados de longa duração em
cartazes de campanha, estamos conversados quanto ao que esta gente considera mudança!
Conduzida por essa iletrada da política que dá pelo nome de
Margarida Martins, os trabalhadores desta freguesia foram utilizados, sabe-se
agora, sem saberem qual o objectivo para
a sessão fotográfica a que foram sujeitos ou, muito menos, qual a utilização
que iria ser feita da sua imagem.
Também, o que se poderia esperar de uma personagem que,
conjuntamente com outros carreiristas que abundam no PS, aplaudiu a execução do
programa de agregação de freguesias de Lisboa, não em função das suas
características próprias, mas da matemática eleitoral que mais convinha ao
então imperador de Lisboa e ao PS!
Esta é a visão de quem não perde uma oportunidade para
afirmar que o seu programa e os seus objectivos só tem em conta as pessoas para, na volta, se servirem
das pessoas – ou seja, dos
trabalhadores e do povo – para os obrigar a pagar dívidas privadas que, a mando
do IV Reich e da chancelerina Merkel, se tornaram públicas.
Poderá parecer um caso de somenos importância, um fait divers de campanha. Mas, não é! É a
praxis de um partido que perante a crise, a dívida e a resposta a dar-lhes, tem
o mesmo entendimento que PSD, CDS e o tutor de ambos – o imbecilóide de
Boliqueime – têm!
Um partido que não fica nada
incomodado com o facto de manipular dados, mesmo que os mesmos
constituam um tiro no pé, como se infere da afirmação de que a condição de desempregado
que alguns dos cartazes assinalam tenham tido origem num governo de Sócrates,
isto é, do próprio PS!
A armadilha está montada. A par da lei recentemente aprovada
– precisamente no final da presente legislatura – a obrigar as televisões e
rádios de sinal aberto, apenas e tão só a dar cobertura aos partidos representados
no parlamento, impõe-se a proibição de falar nos temas que interessam ao povo
português, dando a exclusividade de debate aos únicos partidos que são responsáveis pela situação em que se encontra o país.
O que interessa é transformar a campanha numa feira de fait divers, em que os partidos responsáveis
pela crise, pela dívida e pela assinatura do memorando com a tróica germano
imperialista, debitem a necessidade de que a dívida e a crise sejam pagas pelo
povo e quem trabalha, diferindo,
apenas e tão só, quanto à intensidade e profundidade do genocídio fiscal a
aplicar.
O objectivo de PS, PSD e CDS – no que são secundados por
Cavaco -, é o de escamotear que a dívida é uma decorrência da política de
salvação do sistema bancário e financeiro imposta pelo imperialismo germânico,
que exigiu a transformação da dívida privada dos bancos em dívida pública a
pagar pelo povo e quem trabalha, invocando o argumento provocatório de que este
esteve a viver acima das suas
possibilidades e, agora, tem de pagar por esse pecado!
É o de escamotear de que todos estão de acordo que os 7,5
mil milhões de juros a pagar este ano, os 9 mil milhões para 2016, os 15 mil
milhões para 2017 ou os 20 mil milhões em 2020, terão de ser pagos pelos suspeitos do costume , os trabalhadores
e o povo português que não contraíram esta dívida, nem dela retiraram qualquer
benefício, à custa de um autêntico genocídio fiscal, do aumento da carga
horária de trabalho, da diminuição de salários, do corte nas pensões e nas
reformas, bem como nos serviços de saúde, na educação ou nas prestações sociais.
É o de escamotear que a pertença ao euro e o admitir que
esta dívida tem de ser paga pelo povo o remeterá para a condição de escravo e
ao país para a condição de protectorado ou colónia do imperialismo germânico,
sem qualquer capacidade para decidir sobre o seu futuro, com a total perda de
soberania financeira e económica, fiscal, bancária ou cambial.
É o de escamotear que esta dívida, ilegal, ilegítima e
odiosa, é propositadamente impagável – como é reconhecido pelo próprio Cavaco
nos seus vómitos vertidos em memórias, a que deu o nome de Roteiros – para que
essa colonização e escravidão se possam perpetuar.
Vade retro Satana! Que o povo e quem trabalha saberá livrar-se da armadilha que PS, PSD e CDS lhe estão a montar e, perante um quadro em que só existem 2 caminhos – o proposto pelos partidos germanófilos e os que são contra a colonização imposta pela imperial Alemanha, saberão escolher este último e votar em conformidade.
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