
Enquanto a “oposição” tentava por todos os meios
“associar-se” a tão “magnífico” evento, o nosso Partido foi o único que teve a
coragem de, contra a corrente dos elogios a tal medida, denunciar a marosca.
Por tal ousadia, mereceu da parte de toda a corrente populista e reaccionária,
encabeçada pelo PS e secundada por PCP, BE e Verdes, o silenciamento das suas
opiniões e posições políticas.
A chamada “comunicação social” exultava! Vendida aos
interesses que aqueles partidos representam, replicavam durante todo o dia e a
todas as horas, durante semanas a fio, gráficos, opiniões manifestadas pela
“vox populi”, a aplaudir a medida. Era uma festa!

Levámos o exercício ao ponto de sugerir uma simples operação
assente na mais pura lógica. Se a medida, de tão popular que é, se traduzir num
substancial aumento de aquisição de “passes sociais”:
·
Haverá parques de estacionamento suficientes
para acomodar as viaturas que os utentes vão querer levar até aos terminais de
transportes que os conduzirão aos locais pretendidos?
·
Haverá um aumento das carreiras e horários,
correspondente ao expectável aumento da procura?
·
E, quanto a material circulante – quer para
comboios, quer para o metro -, embarcações e transportes rodoviários, existem
em número suficiente para satisfazer as necessidades das populações aderentes?
·
Estão previstas contratações de mais
profissionais – condutores, mestres de embarcação, operacionais para condução
de comboios e metropolitano, etc. – que assegurem a fluidez necessária e a operacionalização
dos meios que terão de, necessariamente, aumentar?
·
E, em matéria de segurança e manutenção, os
riscos estão acautelados?

Porquê? Acham que agora, com o previsível aumento da
procura, a segurança vai aumentar? Acham que o risco de acidentes catastróficos
que há muito consideram ser possíveis de acontecer, dadas as precárias
condições dos equipamentos e a ausência recorrente de financiamento na área da
manutenção, vai diminuir e, assim, aliviar a pressão?
Todo os dias existem fortes constrangimentos nas estações de
comboios, nas linhas de metropolitano de várias cidades, nos terminais de
autocarros e carreiras – urbanas e regionais – nos cais de embarque de linhas
fluviais que servem para o transporte das populações de uma margem onde pontificam
bairros periféricos, para a margem onde se situa o emprego cada vez mais
apanágio das capitais ou grandes centros urbanos (o exemplo da SOFLUSA é
paradigmático).

Não nos demitiremos nunca de demonstrar que este será sempre
o resultado do voto útil. Os trabalhadores portugueses têm de entender que a
(in)utilidade do seu voto tem criado as condições para estes e outros patifes
congéneres, que nos (des)governam há mais de 4 décadas, tudo prometem antes dos
actos eleitorais.
Última e derradeira pergunta: até quando?!
Artigo retirado do Luta Popular online:
http://www.lutapopularonline.org/index.php/partido/2530-passes-sociais-ou-passe-de-magia-saloia
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