Foi ontem anunciado que, após a quarta subida mensal
consecutiva, a dívida portuguesa atingiu o montante de 252,4 mil milhões de
euros, o que representa um aumento de 2 mil milhões de euros em relação ao
final do mês de Março de 2019.
Durante a campanha eleitoral para eleger deputados para o
Parlamento Europeu, a candidatura do PCTP/MRPP foi a única que denunciou o
facto de que a dívida não é a causa dos nossos problemas, mas sim
a consequência
desses problemas.
Demonstrámos, então, que os problemas financeiros e
económicos subsistem – e não podem ser escamoteados sob a capa de um défice
orçamental virtual próximo do zero – desde que os chamados partidos europeístas
– do PS ao PSD, que entretanto ganharam mais adeptos entre o CDS, o PCP, o BE e
Os Verdes – decidiram, sem consultar o povo e sem levar a debate as verdadeiras
consequências da integração de Portugal nesse espaço, impor a entrada do país
na CEE.
A continuada e sistemática destruição do nosso tecido
produtivo, para além de nos deixar sem indústria transformadora e produtora de
bens transaccionáveis, deixou-nos sem agricultura e sem pescas, sem marinha
mercante, sem minas. A introdução do euro, exponenciou aquilo que já se previa.
De uma dívida que, no ano de 2000 – data da adesão de
Portugal à moeda única, o euro – era, de percentagem do PIB, de 48,4%,
passou-se, volvidos 20 anos, para uma dívida de 251,1 mil milhões de euros,
121,5% de percentagem do PIB, em finais de 2018 e, agora, para 252,4 mil
milhões de euros.
Ou seja, de uma situação em que Portugal cumpria os critérios de Maastricht, em que o défice
não deveria ultrapassar os 50% do PIB, desembocámos no descalabro deficitário
que hoje se conhece sem que nenhum dos chamados partidos europeístas venha
explicar ao povo porque é que isto acontece.
O único Partido que ousou identificar as causas desta dívida
que não para de crescer, é insustentável e, ademais, impagável, foi o
PCTP/MRPP. Como foi o único que apresentou propostas e soluções que vêem de
encontro aos interesses da classe operária e dos trabalhadores. Todos os outros
limitaram-se a apresentar propostas assentes em condicionantes que não
controlam, visto que delegaram em potências externas a soberania do país.
Torna-se cada vez mais claro que a saída do euro e da União
Europeia e a criação do escudo, não são
apenas meios económicos, mas também políticos para subtrair o nosso país à
crescente submissão ao bloco imperialista europeu e a qualquer envolvimento de
Portugal na guerra mundial imperialista em preparação, desfazendo em pedaços o
garrote da dívida que nos remete para a condição de colónia.
Artigo retirado de:
http://www.lutapopularonline.org/index.php/partido/2531-divida-o-que-acontece-quando-o-balao-sobe
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http://www.lutapopularonline.org/index.php/partido/2531-divida-o-que-acontece-quando-o-balao-sobe
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