O
Banco de Portugal divulgou esta 4ª feira, 01 de Fevereiro de 2017, que a dívida
pública portuguesa, em Dezembro de 2016 se situou nos 241,1 mil milhões de
euros, isto é, registou, durante o ano transacto, um aumento de 9,5 mil milhões
de euros!
Já
em plena ressaca da aprovação, na generalidade, da Lei do Orçamento para 2016
apresentada por António Costa e o PS na Assembleia da República, havia
assinalado que a dívida, em finais de 2015, tinha alcançado os 234,4 mil
milhões de euros!
Muitos
foram os que, induzidos pela demagogia de Costa e suas muletas do
PCP/BE/Verdes/PAN, acreditaram que tal seria um aumento meramente conjuntural,
de fácil resolução, adoptadas que fossem as medidas e o programa que PS e essas forças parlamentares haviam cozinhado.
Nem
o facto de os dados de Janeiro de 2016, comparados com igual período de
Dezembro de 2015, revelarem um crescimento de 3,3 mil milhões da dívida, isto
é, uma tendência prenunciadora de que, tal como sempre afirmámos, esta dívida
não só não cessará de crescer como é, propositadamente... IMPAGÁVEL!, provocou
nesta gente sem programa nem, muito menos, escrúpulos políticos, um momento de
lucidez.
Para quem assinalou que esta maioria de esquerda constituía uma
vital necessidade para que houvesse uma radical mudança de políticas e para que
a aposta no crescimento e no emprego
fossem finalmente ganhas e as políticas de austeridade promovidas pela tróica
germano-imperialista - e caninamente impostas pelo anterior governo de traição
nacional de Passos e Portas, tutelado pelo imbecil de Boliqueime, tombassem -, aí
estão os números que comprovam que a permanência no euro e a manutenção de
Portugal no espaço europeu - onde tratados como os da união bancária e
orçamental, entre outros, retiram a soberania a qualquer estado que a eles se
submeta, sobretudo os de economia frágil e aberta, como Portugal -, não
possibilitam outra coisa que não a prossecução da venda a pataco dos nossos
mais preciosos activos, a preços de saldo e prossiga a destruição do que resta
do nosso tecido produtivo.
Apesar de, como folgam dizer os economistas, politólogos, analistas e especialistas do sistema, se verificar um congelamento quanto aos números do desemprego em
Portugal, o que é certo é que, entre:
·
desempregados
oficiais – 620.400 ,
·
desencorajados – 242.900,
·
subempregados - ocupados IEFP – 158.000,
·
aos quais se tem de adicionar mais de
450.000 trabalhadores forçados a emigrar,
o número real de desempregados é de mais de 1.714.100 !!!
Agora,
que já vão longe as sucessivas alusões ao milagre económico e
ao alegado termino da condição de protectorado a que Portugal esteve sujeito,
que constituíam, segundo Coelho e Portas, e o seu tutor Cavaco,
a autêntica falácia e desesperada tentativa de mistificar a situação de que
as medidas terroristas e fascistas que o governo de traição nacional aplicava
contra o povo português, os oportunistas dessa esquerda formal procuram novas
desculpas para justificar as razões porque não se tem produzido a anunciada
redução, quer do défice, quer da dívida.
Desde logo, o estafado argumento a que todos eles – PS,
PSD e CDS – deitam mão, numa tentativa desesperada de alienar o
povo e mistificar as verdadeiras causas – aquilo que foi escondido ou
escamoteado nas contas dos governos anteriores!
É
hoje uma evidência que, desde que se iniciou a execução do plano de reajustamento, que era suposto fazer reduzir a dívida e o deficit do país,
ambos os factores não tem parado de aumentar, sendo certo que no final de 2015
a dívida foi muito superior a 134% do Produto Interno Bruto (PIB), sendo agora
uma realidade insofismável, que o deficit de 2016 ultrapassou os
140%!
Desde
que em 2011 PS, PSD e CDS assinaram o Memorando de Entendimento com
a tróica que vimos a denunciar o facto de que o pacto que ele
representava iria agravar e exponenciar a condição de Portugal como
protectorado ou colónia do imperialismo germânico e que, enquanto se
persistisse no objectivo de pagar uma dívida ilegítima, ilegal e odiosa, nunca
Portugal poderia ver-se livre dessa humilhante condição para a qual aqueles
traidores e vendidos atiraram o país e o povo português.
Isto
porque, como também sempre denunciámos, a dívida cujo pagamento estão a impor,
a ferro e fogo, ao povo português, para além de não ter sido contraída por ele,
nem o povo dela ter retirado qualquer benefício, mais não é do que a
consequência e o corolário de uma política que os serventuários Sócrates,
Cavaco, Coelho e Portas aceitaram e que assentou, e continua a assentar,
na aceitação da destruição do nosso tecido produtivo, da venda a retalho de
activos e empresas públicas estratégicas e de uma cada vez maior dependência do
exterior.
Política
que prosseguirá, e até se agravará, tudo indica, se a esquerda parlamentar,
mesmo que formal, não entender que, enquanto Portugal estiver refém da dívida,
manietado na sua soberania por tratados iníquos e sujeito a uma moeda como o
euro – o marco alemão travestido, uma evidência que já poucos negam – é a
quadratura do círculo a que está a sujeitar a classe operária, os trabalhadores
e o povo português.
A
dependência do exterior a que Portugal está cada vez mais sujeito, traduz-se no
facto de termos, hoje, com o nosso tecido produtivo destruído, que importar
mais de 80% daquilo de que necessitamos para satisfazer as necessidades básicas
do povo e, simultâneamente, gerar economia, o que levará, sem apelo nem agravo,
a que o ciclo de endividamento se reproduza ininterruptamente, de forma sempre
crescente. O que, a par do agravamento dos juros faraónicos que a tróica germano-imperialista
e os grandes grupos financeiros e bancários – com os alemães à cabeça – impõem,
tornará a dívida, para além de crescente… IMPAGÁVEL!
A dívida impagável e a condição de protectorado perpétua!
Isto porque, mesmo que se acreditasse em milagres divinos e a dívida – em parte
ou na totalidade – viesse a ser paga, a condição de protectorado para a qual os
sucessivos governos PS e PSD, acolitados pelo CDS, atiraram Portugal – e
que, pelos vistos, a nova maioria
de esquerda insiste em
replicar e legitimar - permanecerá inalterada por virtude do tão
elogiado Tratado de Lisboa que visa criar o
famigerado governo económico europeu!
Numa
conjuntura em que António Costa e o PS tentam aparecer como paladinos do
desenvolvimento e do emprego, da justiça social, da defesa do SNS e do sistema
público de educação, é bom lembrar os mais esquecidos que quem preparou, apadrinhou e
aportou novas e criativas propostas
para o Tratado de Lisboa foi precisamente
Sócrates e o PS , tratado que, tanto quanto se sabe, Costa nunca fez menção de
dizer que pretende denunciar e, muito menos, revogar. Bem pelo contrário, não
se cansa de afirmar o respeito pelos compromissos!
Convém
também recordar que PS, PSD e CDS, aceitaram os pressupostos desse autêntico
pacto de traição nacional, o Tratado Orçamental , um
mecanismo que obriga todos os estados membros, particularmente os que aderiram
à zona euro, a incorporar nas suas constituições a possibilidade de
ser um organismo externo ao seu país, o tal governo
económico europeu, a definir a política orçamental de cada um desses
países e a tornar meros serventuários dos ditames do directório europeu - onde
a potência dominante é a Alemanha - os governantes de cada um deles, autênticos
tiranetes e traidores nacionais.
O espectáculo da chantagem e pressão exercida pela
Comissão Europeia sobre a Lei do Orçamento para 2016 e, mais recentemente,
sobre a Lei do Orçamento para 2017, é paradigmático dessa sujeição, dessa
capitulação a uma política orçamental – e não só – ditada, não pelos interesses
e necessidades do povo português, mas antes pela estratégia e pelos interesses
de uma potência como a Alemanha.
Convirá
recordar, ainda, que para além da perda de soberania orçamental, a apressada proposta levada
ao Parlamento Europeu pela deputada do PS, Elisa Ferreira, de votação de um
tratado sobre a união bancária europeia – que sujeitou Portugal a servir de cobaia, com o desmantelamento do
Grupo GES/BES e da separação do banco mau do banco
bom, o Novo Banco, que muita tinta ainda fará
correr e, também, com a resolução do BANIF-, estes miseráveis traidores
aceitaram que a banca portuguesa perdesse a pouca autonomia e independência que
lhe restava e o sistema bancário português passasse a ser uma mera correia de transmissão dos
interesses do Deutsh Bank ou do BCE que por ele é dominado.
E
para que a sujeição colonial ficasse completa, PS, PSD e CDS, aceitaram,
também, a imposição ao povo português da adesão de Portugal ao euro. Com
a consequente perda de soberania cambial. A sujeição de uma economia frágil e
fragilizada pela destruição maciça do seu tecido industrial – ditado pelos
sucessivos acordos que aqueles partidos subscreveram, primeiro com a CEE e,
depois, com a União Europeia -, a uma moeda que mais não é do que o marco
travestido de euro, uma moeda forte como convém a uma potência como a Alemanha,
não permite a Portugal utilizar os mecanismos de valorização ou desvalorização
da moeda conforme melhor satisfizesse os seus interesses económicos e
financeiros.
Neste
contexto, a dívida é a argamassa ou o cimento que molda a estrutura da
dominação colonial, composta, por um lado, pela capacidade que este governo
económico europeu tem em impôr a política orçamental a todos os países
que subscreveram o Tratado de Lisboa e, por outro, pelo
marco travestido de euro que rouba a autonomia da política cambial que melhor
pudesse servir os interesses de cada um desses países. Todos eles instrumentos
de domínio e chantagem manipulados por uma potência com um superavit industrial
e financeiro resultante, precisamente, da estratégia que conseguiu impôr aos
outros países europeus, de destruição dos seus tecidos produtivos – a Alemanha
que consegue, sem disparar um único tiro o que Hitler não conseguiu: dominar e
subjugar a Europa e posicionar-se como potência mundial de referência!
É
por isso que defendermos na altura – como continuamos a defender hoje - que não
bastava congregar todas as forças democráticas e patrióticas para
derrubar o governo de Passos e Portas, tutelado por Cavaco. Marcelo, por mais imbecis que sejam os
momentos de afecto que protagonize,
não tomou uma única posição ou defendeu uma única medida que defenda os
interesses de quem trabalha.
É
cada vez mais claro que não será suficiente o repúdio do pagamento desta
dívida. O governo que resultar da unidade dessas forças democráticas e
patrióticas terá de assegurar - para além da definição e execução de um plano
económico e financeiro rigoroso, que defenda os interesses do povo português e
a soberania nacional -, que se rompa com o colete de forças que constituem os
instrumentos responsáveis pela perda de independência nacional e pelo
agravamento das condições de vida do povo, isto é, a dívida, o euro, a Unidade Europeia e os tratados que ela tem
vindo a impor para sujeitar e colonizar o povo português!
É, pois, uma traição a esta expectativa propor a renegociação
da dívida. Tal exigência visa
criar junto dos trabalhadores a ilusão de que é possível, no quadro de um
sistema que levou à formação da dívida e à imposição do seu pagamento a quem
dela não retirou qualquer benefício, uma
solução que sirva os seus interesses. E não é!
More than 900 children killed in Afghanistan in 2016, according to United Nations
ResponderEliminarThe nearly 25 percent increase in child deaths from the previous year was largely caused by mines and munitions left over from decades of conflict
http://www.denverpost.com/2017/02/06/afghanistan-children-killed-united-nations/
https://pt-pt.facebook.com/noticiasdeseia/posts/1308026292587561
ResponderEliminarOs trabalhadores estão a fazer voluntariamente turnos de 10 e 12 horas de trabalho para tentarem cumprir o objectivo. Mas mesmo que o consigam cumprir, nada garante que a principal Unidade fabril de Seia resista aos tempos e aos preços baixos das matérias primas e ordenados que se praticam noutros países.
Volker Kolossa tem sido um verdadeiro Herói na nossa cidade. Outro que não tivesse o seu brio e o Amor à nossa Terra, há muito teria baixado os braços desistindo de lutar.
E a ARA teria fechado portas há anos.
A verdade é que contra a força não há resistência e as empresas existem para gerar riqueza. Não para a perder.
E se nenhum "milagre" surgir, nada de animador se prevê para a permanência da ARA em Seia.
As famílias estão cada vez com mais dificuldades económicas, a propaganda do Governo do PS do António Costa e da comunicação social e seus comentadores, tudo indica que existe um pacto com a direita reaccionária e a dita esquerda do PS, PCP/VERDES, BE, o partido dos cachorros PAN/IRA e com o Presidente dos afectos...
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