quarta-feira, 8 de março de 2017

Como promover uma conferência nacional/fascista e colonialista?!

Uma conferência, à qual não deveriam de assistir mais do que uma dezena de apaniguados cuja proximidade política é de há muito conhecida, organizada por um Grupo que se intitula de “Nova Portugalidade” e que acolhe “sensibilidades políticas” que vão desde o PSD e o CDS, ao PCP, passando pelo PS, ganhou, de forma inesperada – ou talvez não – uma projecção na chamada “comunicação social” e no “meio político” dominante que potencia uma larga audiência quando, finalmente – e como tudo parece indicar -, se vier a realizar.

O trotskismo e o oportunismo no seu melhor! Uma Associação de Estudantes que não se representa senão a si própria, sem qualquer ligação, nem muito menos programa de acção que sirva os interesses dos estudantes da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da NOVA, que se arroga representar, decidiu realizar uma RGA (Reunião Geral de Alunos) fantasma, durante a qual propôs um boicote a uma Conferência para a qual o supracitado grupo “Nova Portugalidade” tinha convidado Jaime Nogueira Pinto como único “conferencista”.

A alegação para que fosse “suspensa” a realização da dita conferência foi a de que este personagem é um retinto fascista, defensor do colonialismo, um nacionalista reaccionário. A estratégia não é nova!

Utilizando uma apreciação verdadeira àcerca do carácter e das preferências políticas de um personagem que nunca as escondeu, os trotskistas e outros oportunistas que os acompanham, persistiram na “estratégia” de que “o movimento é tudo” e, com a preguiça que os caracteriza e os afasta do princípio de que a luta ideológica e política é dura e prolongada, em vez de mobilizarem os estudantes para uma participação massiva na dita conferência, onde utilizariam a força dos argumentos para denunciar e isolar a defesa do nacionalismo fascista e do saudosismo colonialista de Jaime Nogueira Pinto e seus seguidores, preferiram utilizar o argumento da força – um expediente próprio dos fascistas que dizem combater -, adoptando junto da direcção da faculdade a atitude “musculada” de a obrigar à “suspensão” da realização daquela conferência.

Imbecis! Para além de reanimarem um “nado morto” da política como  Jaime Nogueira Pinto, acabaram por prestar um magnífico serviço à agenda política nacional fascista e colonialista que este sempre defendeu.


Amadores! Obrigaram assim, os “seniores” do oportunismo político a intervir para bradar contra este ataque ao “direito democrático”, dispondo-se a acolher no seu seio o “direito à liberdade de expressão” que, como todos experenciámos já, é uma espécie de direito – no presente ordenamento político - a escolher se preferimos ser eliminados pelo fusil ou pela corda.

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