Uma conferência, à qual não deveriam de assistir mais do que
uma dezena de apaniguados cuja proximidade política é de há muito conhecida,
organizada por um Grupo que se intitula de “Nova Portugalidade” e que acolhe “sensibilidades
políticas” que vão desde o PSD e o CDS, ao PCP, passando pelo PS, ganhou, de
forma inesperada – ou talvez não – uma projecção na chamada “comunicação social”
e no “meio político” dominante que potencia uma larga audiência quando,
finalmente – e como tudo parece indicar -, se vier a realizar.
O trotskismo e o oportunismo no seu melhor! Uma Associação
de Estudantes que não se representa senão a si própria, sem qualquer ligação,
nem muito menos programa de acção que sirva os interesses dos estudantes da
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da NOVA, que se arroga representar,
decidiu realizar uma RGA (Reunião Geral de Alunos) fantasma, durante a qual
propôs um boicote a uma Conferência para a qual o supracitado grupo “Nova
Portugalidade” tinha convidado Jaime Nogueira Pinto como único “conferencista”.
A alegação para que fosse “suspensa” a realização da dita
conferência foi a de que este personagem é um retinto fascista, defensor do
colonialismo, um nacionalista reaccionário. A estratégia não é nova!
Utilizando uma apreciação verdadeira àcerca do carácter e
das preferências políticas de um personagem que nunca as escondeu, os
trotskistas e outros oportunistas que os acompanham, persistiram na “estratégia”
de que “o movimento é tudo” e, com a preguiça que os caracteriza e os afasta do
princípio de que a luta ideológica e política é dura e prolongada, em vez de
mobilizarem os estudantes para uma participação massiva na dita conferência,
onde utilizariam a força dos argumentos
para denunciar e isolar a defesa do nacionalismo fascista e do saudosismo
colonialista de Jaime Nogueira Pinto e seus seguidores, preferiram utilizar o argumento da força – um expediente
próprio dos fascistas que dizem combater -, adoptando junto da direcção da
faculdade a atitude “musculada” de a obrigar à “suspensão” da realização
daquela conferência.
Imbecis! Para além de reanimarem um “nado morto” da política
como Jaime Nogueira Pinto, acabaram por
prestar um magnífico serviço à agenda política nacional fascista e colonialista
que este sempre defendeu.
Amadores! Obrigaram assim, os “seniores” do oportunismo
político a intervir para bradar contra este ataque ao “direito democrático”,
dispondo-se a acolher no seu seio o “direito à liberdade de expressão” que,
como todos experenciámos já, é uma espécie de direito – no presente ordenamento
político - a escolher se preferimos ser eliminados pelo fusil ou pela corda.
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