quinta-feira, 10 de maio de 2012

Rui Tavares: As contas de um fanático anticomunista!

O artigo do Rui Tavares, deputado do Bloco de Esquerda no parlamento europeu, pela estupidez implícita das teses defendidas só merece um comentário: o unitarismo da tese da grande esquerda perseguida pelo Syriza, na Grécia, e pelo BE, em Portugal...CEGA!

Entendamo-nos. Então, o Rui Tavares, ele próprio, reconhece que nem os partidos anti-tróica, nem os partidos pró-tróica têm a maioria para levar a cabo seja o que for que um ou outro dos blocos defendam para o futuro da Grécia, e numa fobia anticomunista primária, tão ao jeito dos sociais-democratas do BE e tão ao gosto de toda a gama de reaccionários, vem culpabilizar o KKE (Partido Comunista Grego) pelo fracasso da constituição de um governo de unidade nacional naquele país?

Partindo de uma construção perfeitamente ilusória, isto é, de que o PASOK - que ele próprio classifica como um dos partidos pró-tróica-, se o KKE aceitasse o convite do Syriza para formar o tal governo de unidade nacional, talvez tivesse um rebate de consciência e se transformasse num partido anti-tróica ou, pelo menos, se tornasse um partido nim-tróica, Rui Tavares acusa de sectários os comunistas gregos e coloca-os ao mesmo nível dos fanáticos da contenção da inflação!

Teses que só cabem na cabeça destas iluminárias social-democratas do BE! Pessoas de esquerda que usam os neurónios e a experiência de luta para distinguir o lobo do cordeiro, já não vão atrás de histórias da carochinha como estas. Sabem que, em política, sentar-se entre duas cadeiras é não só uma impossibilidade física, como, regra geral, dá em desastre cujos danos será sempre o povo a pagar.

Finalmente, como certamente o PASOK não se transformaria de partido pró-tróica em partido anti-tróica, resta-nos um cenário, decorrente da deriva ideológica do Syriza: é este perder totalmente a vergonha e o pudor e revelar o que sempre foi, afinal, isto é, um partido que de conciliação em conciliação, de capitulação em capitulação, se tornou, ele também, um partido pró-tróica. Tal como o seu espelho português, o Bloco de Esquerda de Louçã.


E, então, utilizando o mesmo tipo de constução ilusória que Rui Tavares manipula, poderíamos concluir que, não nos supreenderia que, a fim de obter uma maioria parlamentar para o dito governo de unidade nacional, porque, pelos vistos, a unidade é tudo e os princípios de nada valem, o Syriza viesse a integrar um executivo com o PASOK e a Nova Democracia.

E, se Portugal é o espelho da Grécia, já poderemos imaginar o grande festim da unidade da grande esquerda há muito perseguida por Louçã e o seu Bloco/Movimento projectada num executivo formado entre um partido pró-tróica, como é o caso do PS, e pelo menos um partido que se reclama de anti-tróica, mas que não se cansa de prestar os seus conselhos para melhorar a gestão de um sistema que é dominado pela tróica!

1 comentário:

  1. Este Rui Tavares já abandonou o BE mas mantén-se fiel aos seus principios oportunistas...

    ResponderEliminar