Segundo números divulgados pelos serviços de estatística do
Eurostat, diminuiu em 4,1% o número de pessoas com emprego no terceiro
trimestre deste ano, comparativamente com o período homólogo de 2011, referindo
a mesma fonte que tal diminuição foi largamente superior à média que se
registou na “zona euro”, que foi de 0,7%.
Na mesma “zona euro”, Espanha registou o mesmo percentual de
queda e a Grécia foi o país que sofreu a maior diminuição, isto é, 8,9%.
No conjunto dos 27 estados membros da UE, essa quebra
situou-se nos 0,5% mas, países como a Letónia, que registou um aumento de 3,4%,
Reino Unido, com um crescimento de 1,8%, e Estónia de 1,2%, ajudaram a conter
uma quebra ainda maior.
Se é certo que o emprego diminuiu em todos os sectores, foi
na construção que essa queda registou a maior descida – 1,5% na “zona euro” e
1,3% na EU.
A análise deste fenómeno permite-nos concluir que, nos
países que apostaram na estratégia da mão de obra pouco qualificada, intensiva
e baratinha, cuja base industrial é frágil, sobretudo dedicada ao sector têxtil
– como é o caso da Letónia ou da Estónia – ou nos países que, tendo induzido
outros a destruir os seus tecidos produtivos, não tomaram o veneno que lhes
deram a beber, o emprego cresceu.
Nos países, como Portugal, em que partidos como o PS, o PSD
e o CDS aceitaram a destruição do seu tecido produtivo, estratégia que favorece
claramente os interesses da potência germânica, a lógica da importação de mais
de 80% daquilo que necessitamos para gerar economia, a lógica do endividamento
progressivo e IMPAGÁVEL, claro está, provoca a diminuição contínua do emprego,
aumentando em flecha o desemprego e a precariedade.
Só o derrube deste governo de traição e a sua substituição
por um governo democrático patriótico, cuja primeira medida será a suspensão da
dívida e a prossecução de um novo paradigma de economia, ao serviço do povo e
de quem trabalha, poderá contrariar este ciclo que lança um cada vez maior
número de trabalhadores e de elementos do povo na fome e na miséria.
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