O traidor João Proença, secretário-geral da UGT, parece cada
vez mais um daqueles suicidas que vão cometer o acto de colocar um termo à sua
vida à porta dos hospitais…não vá o diabo tecê-las!
O energúmeno em causa, que já poucos enganará e os que
engana serão, sobretudo, membros do seu séquito de traidores, teve a distinta
lata de, na passada 5ª feira, vir “ameaçar” que cortará relações com o governo
de serventuários da tróica germano-imperialista, dirigido pela dupla
Coelho/Portas, se este alterar o modelo contributivo da segurança social.
As principais alterações contempladas na Lei Geral do
Orçamento para 2013, prendem-se com a possibilidade de o governo roubar aos
pensionistas cerca de 5% do montante das suas reformas e poder vir a recorrer
ao Fundo de Estabilização Financeira (FEFSS) como garantia dos empréstimos a
contrair pelo estado, fundo este que gere, actualmente, cerca de 10 mil milhões
de euros.
O mesmo personagem que em sede da “concertação social” aceitou
vender os interesses dos trabalhadores, dos pensionistas, do povo em geral,
apondo a sua assinatura em acordos que deram azo a legislação facilitadora e
embaretecedora dos despedimentos, o mesmíssimo personagem que aceitou pactuar
com legislação laboral que promove o roubo dos salários e do trabalho, vem,
todo ufano, como se fosse possível branquear a história das suas constantes
traições ao mundo do trabalho e ao movimento sindical, afirmar que “dadas as
nossas responsabilidades perante os trabalhadores e perante o país, se o
governo não respeitar a autonomia da segurança social e o quadro constitucional
e legal que o rege, a UGT assumirá a ruptura das relações com o governo”.
Suprema hipocrisia que só visa, ao serviço da burguesia,
paralisar e desviar a luta dos trabalhadores. Os inúmeros atropelos à
constituição, o sistemático “fechar de olhos” do Tribunal Constitucional a
esses atropelos, mancomunados com o governo de traição PSD/CDS, nunca fizeram
Proença “indignar-se”. Nunca fizeram o Proença dispor-se a participar na
mobilização para a luta, mormente para a Greve Geral que ocorreu a 14 de
Novembro, nem, muito menos, para aceitar o princípio de que deverão ser
convocadas todas as greves gerais que forem necessárias até ao derrube deste
governo. Tudo isto, a somar-se à mais recente
colaboração do mesmo Proença com o governo na medida tomada por este de
distribuir metade dos subsídios de férias e de Natal pelos salários ao longo do
ano, medida que visa camuflar o roubo do salário e do aumento do imposto sobre
o rendimento do trabalho.
Claro está que os trabalhadores e o povo português já estão
a imaginar como estarão neste momento Coelho e Portas a tremer que nem varas
verdes perante tão “pungente” quanto inócua “ameaça” do Proença. É que, a
avaliar pelos sucessivos arranjos a que o traidor João Proença se prestou – e
sempre a agitar com este tipo de “ameaças” -, já podem imaginar quais irão ser
as consequências das mesmas…isto é, mais um arranjinho vem a caminho e, claro
está, o pagante vai ser o trabalhador, vai ser o povo.
Voltamos à questão dos “apetitosos” 10 mil milhões de euros
geridos pelo FEFSS! Sendo evidente que este governo está empenhado em acatar e
impor os ditames da tróica germano-imperialista, em fazer o povo pagar uma
dívida que não contraiu, nem dela beneficiou, sendo certo que, apenas em juros
especulativos para encher os bolsos dos grandes grupos financeiros e bancários
– sobretudo alemães -, foram roubados aos salários e ao trabalho, foram
roubados à custa dos cortes na saúde, na educação e nas prestações sociais, mas
também no aumento desbragado dos impostos directos e indirectos, mais de 9 mil
milhões de euros em 2012 e que tal montante se deverá situar em mais de 13 mil
milhões de euros em 2013, o mais certo é que este bolo, esta “iguaria”, toda
ela fruto dos descontos de décadas de trabalho esforçado que os trabalhadores
foram fazendo, está em risco de ser “abocanhado”, está em risco de ser
sacrificado no altar da dívida.
Ora, só o derrube deste governo, só a expulsão da tróica germano-imperialista
do nosso país, só a constituição de um governo democrático patriótico que, no
mínimo, suspenda de imediato o pagamento da dívida e do “serviço da dívida” e
prepare a saída de Portugal do euro, poderá assegurar não só a salvaguarda dos
fundos alocados às merecidas e justas reformas a que os trabalhadores e o povo
têm direito, como à prossecução de um plano económico independente e
patriótico, ao serviço de quem trabalha e dirigido por quem trabalha.
E, tudo isto, claro está, terá de ser feito nem que para tal
os trabalhadores e o povo tenham de passar por cima do traidor João Proença!
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