terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Apesar da carga policial:

Trabalhadores ferroviários demonstram que lutando o Povo Vencerá!


Centenas de trabalhadores no activo e reformados da CP, Refer e CP Carga concentraram-se esta 3ª feira, 4 de Fevereiro, frente à estação de Santa Apolónia, em Lisboa, onde realizaram um plenário para contestar o roubo de salários e do trabalho de que estão a ser alvo, assim como o roubo de direitos consagrados aos pensionistas.

Já rondam os 6 a 7% , atingindo nalguns casos mais extremos os 12%, os cortes salariais dos trabalhadores no activo o que, segundo os trabalhadores e os sindicatos, para além de não serem a “solução nem o caminho para o sector ferroviário”, implicam que “os trabalhadores são ainda mais atingidos e esta situação prejudica também os utentes”.

Fartos de serem explorados e humilhados por este governo de serventuários que mais não tem feito do que criar as condições para a privatização do sector, facilitando os despedimentos e o roubo dos salários e do trabalho para tornar mais atractiva para os grandes grupos financeiros e bancários europeus a operação de privatização em marcha, os trabalhadores no activo e os pensionistas das supracitadas empresas, após o plenário e a concentração frente à estação de Santa Apolónia, decidiram ocupar várias das sete linhas que partem e chegam àquela estação, algumas das quais dão acesso à linha do norte.

Após cerca de uma hora de bloqueio, e certamente requisitados pela administração da CP que se tem desmultiplicado em acções para desmobilizar os trabalhadores da luta, dezenas de polícias de intervenção forçaram os manifestantes, à custa de forte repressão, a abandonar a linha três – que assegura a ligação do Intercidades a Faro e a Évora –e, posteriormente, a linha dois onde tinha sido imobilizado o Intercidades para o Porto.

Os trabalhadores resistiram com firmeza à carga repressiva policial e demonstraram que a luta não se ficará pela acção que hoje levaram a cabo.  Nesse sentido, em Lisboa, Alfarelos, Porto e Faro foi hoje aprovada uma resolução que prevê que, no dia 18 de março, se realizará um Encontro Nacional de Representantes de Trabalhadores e Reformados Ferroviários onde serão discutidas e decididas novas formas de luta.

A luta deste sector importante dos transportes, a exemplo da luta em que os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa e da Carris estão igualmente empenhados, é demonstrativa de como é fundamental impor sem mais delongas o objectivo que consiste no derrubamento do governo e a constituição, em alternativa, de um governo democrático patriótico que tenha no seu programa o não pagamento desta dívida odiosa - propositadamente impagável -, a saída do euro e a exigência de um referendo sobre a saída da UE.







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