A armadilha de uma
diferença inexistente!
Já aqui, nestas páginas, o demonstrámos: Seguro já caiu, mas
ainda resiste a perceber que o seu destino político – que é o do caixote do
lixo que a história reserva aos traidores – é já um facto iniludível.
O novo secretário-geral do PS até poderá vir a ser António
Costa, o actual imperador de Lisboa.
Um indivíduo sem escrúpulos, um personagem que se indigna contra qualquer
escrutínio, como recentemente ficou evidenciado pela sua reacção contra a imposição do Tribunal Administrativo para que
libertasse os relatórios levados a cabo pelos serviços da CML, no qual se
faziam críticas à Direcção Municipal de Projectos e Obras pela potencial
corrupção que envolvia a forma como as obras levadas a cabo pela executivo da
capital estavam a ser contratadas (ver artigo “António Costa teme escrutínio
popular!”).
Perante pífia vitória
alcançada pelo PS, sob direcção de Seguro, e face à possibilidade de não
conseguirem capitalizar a seu favor a retumbante derrota da aliança corporizada
por PSD e CDS em futuros actos eleitorais – mormente as legislativas, ocorram
elas em 2015 ou sejam antecipadas -, várias vozes começaram a levantar-se no
interior do PS, com o objectivo de escolher uma liderança que assegurasse que
os créditos futuros seriam muito mais evidentes do que aqueles que se
perspectivam sob direcção de um oportunista e traidor como se tem revelado
Seguro.
E, se quanto à direcção de Seguro, o quadro de traições tem
sido evidente, desde subscrever com PSD e CDS o Tratado Orçamental, que implica
que todo e qualquer orçamento, no futuro, terá de merecer a chancela, quando
não a elaboração, por parte de Bruxelas para ser executado,até à assinatura do
pacto com o actual governo para baixar o IRC (um imposto sobre os
capitalistas), passando pela aceitação de legislação laboral que promove o
roubo dos salários e do trabalho e pela destruição da contratação colectiva, já
quanto a Costa, os seus apoiantes tentam escamotear que, à frente do executivo
camarário de Lisboa, replicou as mesmíssimas politicas terroristas e fascistas
do governo PSD/CDS.
Desde o emagrecimento
das gorduras – isto é, despedimento em massa de trabalhadores – até à venda
e desactivação de activos públicos camarários, como foi o caso da EPUL (colocar
link para o artigo sobre a EPUL) ou os terrenos do aeroporto, tudo o que Costa
faz é o replicar de uma linguagem tão cara ao governo de traição nacional e do
seu mentor Cavaco, tudo tão em conformidade com as práticas de bom aluno tão do agrado da tróica
germano-imperialista.
Isto é, uma política que, ao mesmo tempo que promove a
especulação imobiliária, o patobravismo, a expulsão de uma média de 10 mil
lisboetas por ano da cidade de Lisboa, defende a poupança como forma de pagar uma dívida ilegal, ilegítima e odiosa
e, ademais… impagável!
Seguro e Costa, apesar do folclore exibido pelas hostes de
ambos, querendo levar os socialistas e alguns incautos democratas e patriotas a
acreditar as contradições entre ambos
serão antagónicas, são na realidade duas
faces da mesma moeda. Ambos defendem a continuidade de Portugal no euro, uma
moeda forte para uma economia frágil que tem sido potenciadora da dívida e da
crescente dependência de Portugal ao exterior.
Ambos defendem o pagamento de uma dívida que não foi
contraída pelo povo, nem o povo dela retirou qualquer benefício, prestando-se a
obrigar o povo e quem trabalha a pagá-la, divergindo
do actual governo de traição nacional no montante – é a isso que se resume
a pretensa exigência de
reestruturação – e na intensidade das medidas a aplicar para que a dívida seja
paga e os interesses dos grandes grupos financeiros e bancários, sobretudo
alemães, encham os bolsos.
Ambos defendem que aos trabalhadores não devem assistir direitos
e estão dispostos a destruir o que ainda resta da possibilidade destes, em
contratação colectiva, defenderem as suas conquistas e interesses. Como ambos
estão unidos em torno de que, para criar
valor, se torna necessário beneficiar a especulação, aceitar que Portugal –
no quadro da divisão europeia de trabalho imposta pela União Europeia que nada
mais é do que a voz do dono, o
imperialismo germânico – se torne um país de turismo, no qual cada trabalhador
seja um criado de libré dos turistas
que afluirão dos países abastados da Europa.
Nada de ilusões! Ganhar Costa ou Seguro a direcção do PS,
nunca assegurará a unidade que é necessário que se estabeleça em torno de
pontos tão claros como:
• derrube do actual governo
• constituição de um governo democrático patriótico
• saída do euro
• Não pagamento de uma dívida ilegal, ilegítima e odiosa
• Plano de desenvolvimento económico que passe por restaurar o tecido produtivo destruído e por investimentos criteriosos que possibilitem uma economia independente
• referendo sobre a permanência de Portugal na União Europeia, mas defendendo claramente os seus subscritores a saída do país de tal plataforma
• Denúncia e revogação de todos os tratados que os sucessivos governos de PS e PSD, com o CDS pela trela, assinaram e que retiraram a Portugal a sua soberania fiscal, orçamental e cambial
• Revogação de todas as medidas terroristas e fascistas que este e os anteriores governos adoptaram para fazer o povo pagar uma dívida que não contraiu nem dela beneficiou
• Devolução de todo o dinheiro e trabalho, de todos os benefícios sociais que foram roubados ao povo e a quem trabalha.
• constituição de um governo democrático patriótico
• saída do euro
• Não pagamento de uma dívida ilegal, ilegítima e odiosa
• Plano de desenvolvimento económico que passe por restaurar o tecido produtivo destruído e por investimentos criteriosos que possibilitem uma economia independente
• referendo sobre a permanência de Portugal na União Europeia, mas defendendo claramente os seus subscritores a saída do país de tal plataforma
• Denúncia e revogação de todos os tratados que os sucessivos governos de PS e PSD, com o CDS pela trela, assinaram e que retiraram a Portugal a sua soberania fiscal, orçamental e cambial
• Revogação de todas as medidas terroristas e fascistas que este e os anteriores governos adoptaram para fazer o povo pagar uma dívida que não contraiu nem dela beneficiou
• Devolução de todo o dinheiro e trabalho, de todos os benefícios sociais que foram roubados ao povo e a quem trabalha.
Eis um programa de unidade,
que pode congregar não só a esquerda, mas todos os democratas e patriotas. Se não for
para conquistar esses pontos de que vale contar com o PS para a unidade
necessária ao alcançar de tais objectivos?!
Sair do euro e lutar pelo não pagamento de uma dívida ilegítima, ilegal e odiosa, são ou não condições essenciais para recuperar a soberania nacional, poder levar a cabo uma política cambial, fiscal e orçamental autónomas e independentes e poder prosseguir um paradigma de economia que esteja ao serviço do povo e de quem trabalha?
Sair do euro e lutar pelo não pagamento de uma dívida ilegítima, ilegal e odiosa, são ou não condições essenciais para recuperar a soberania nacional, poder levar a cabo uma política cambial, fiscal e orçamental autónomas e independentes e poder prosseguir um paradigma de economia que esteja ao serviço do povo e de quem trabalha?
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