Com a substituição da Contribuição
Extraordinária de Solidariedade (CES) - que, como o nome indicava, era
supostamente temporária -, pela Contribuição de Sustentabilidade - esta
desejavelmente definitiva -, a sinistra ministra das finanças do governo de
traição nacional, Maria Luis Albuquerque, defendeu hoje na assembleia da
república que todos os pensionistas ficam
melhor do que estavam.
Escamoteando, tal como sempre o denunciámos, que do que se
trata é de um roubo sobre os rendimentos de reformados e pensionistas, a
empedernida fascista defende que do que se trata é de assegurar a sustentabilidade do sistema de pensões.
Um sistema que o governo de Coelho/Portas/Cavaco tem
saqueado, não para fazer face ao pagamento de reformas e pensões cujos
montantes foram assegurados por toda uma carreira contributiva pelos seus
destinatários, mas tão só para fazer face a uma dívida que eles não contraíram
e da qual não retiraram qualquer benefício.
Ela vem substituir a famigerada TSU dos pensionistas que levou à convocatória e realização da
grandiosa manifestação de 15 de Setembro de 2012, jornada de luta que, não
fossem as hesitações e oportunismos vários então revelados, não teria apenas
redundado no recuo da aplicação de tal medida reaccionária, mas no derrube do
governo que a tentou implementar.
Esta medida, que supostamente deverá entrar em vigor em
Janeiro de 2015 – como se prevê no Documento de Estratégia Orçamental (DEO)
para o período de 2014-2018 – só poderá ser travada, como muitas outras medidas
terroristas e fascistas que este governo vem aplicando a mando da tróica
germano-imperialista que serve, pela luta de todos os trabalhadores e do povo
português.
Daí a importância vital para o sucesso desta luta da proposta
de Greve Geral Nacional para os próximos dias 6 e 7 de Novembro. Pelo derrube
deste governo, pela constituição de um Governo de Unidade Democrática e
Patriótica, único que poderá garantir a saída de Portugal do euro, uma moeda
forte para uma economia fraca que só tem beneficiado as grandes potências
europeias, com a Alemanha à cabeça.
Uma luta que tem de se travar com denodo, unidade e energia
redobrada, uma luta que assegure que os trabalhadores e o povo português não
tenham de pagar uma dívida ilegítima, ilegal e odiosa, para que medidas como
esta e outras não lhes roubem o salário, o trabalho, o direito à saúde e à
educação, o direito a uma vida digna, o direito à liberdade, à democracia e à
independência nacional.
Para que, ao contrário do que aconteceu em Setembro de 2012
não se voltem a ver cartazes a dizer: “Não deixem que o cravo de ontem
encrave a revolução de hoje”! Encravar
a revolução, hoje, seria não perceber que é vital para os interesses dos
trabalhadores e do povo português que se derrube este governo, Portugal saia do
euro e se repudie o pagamento da dívida.
Sem comentários:
Enviar um comentário