terça-feira, 29 de julho de 2014

António Costa:

Um demolidor imperador que só sabe servir a especulação imobiliária e a saúde privada!

Construído há cerca de 10 anos, o quartel do Regimento de Sapadores de Bombeiros situado junto ao Centro Comercial Colombo, em Lisboa, vai ser demolido.

Segundo o executivo camarário da capital, presidido pelo inefável imperador António Costa, o objectivo da destruição desta infra-estrutura onde funciona o Sistema Integrado de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) e a central de socorro de Lisboa, prende-se com a pretensão de virem a ser vendidos, em hasta pública, os terrenos onde se encontra instalada!!!

Com uma localização estratégica relevante para o socorro e emergência aos munícipes lisboetas, é com perplexidade que, quer a Associação Nacional de Bombeiros Profissionais, quer outras entidades e personalidades especialistas ligadas a este sector, se vêm confrontados com uma proposta da autarquia que visa obter 15,9 milhões de euros pelo lote onde se situa o Quartel dos Bombeiros que agora pretendem demolir.

Situado numa zona de Lisboa em que, em caso de sismo, a resistência de qualquer infra-estrutura é superior a outra zona da cidade, vizinho do maior centro comercial da Europa – o Colombo – e de um dos maiores eixos rodoviários da capital – a 2ª Circular -, qual a verdadeira razão que está por detrás desta decisão do executivo de Costa?

Um dos verdadeiros motivos que se aponta para esta sanha demolidora é a existência de um Plano de Pormenor que a CML implementou para permitir que o Hospital da Luz – que pertence ao Grupo Espírito Santo – pudesse ser ampliado.

A revisão deste plano, iniciado há 4 anos pela autarquia – ainda durante a vigência do anterior mandato de António Costa -, contempla a viabilização e alargamento do Hospital da Luz. Para que não subsista a ideia de que as coisas acontecem por acaso e que o que move o executivo camarário é uma boa governança, o interesse público ou critérios científicos e técnicos objectivos, convirá denunciar que o autor de tal projecto é não outro que essa figura sinistra que dá pelo nome de Manuel Salgado, que esteve envolvido no projecto de arquitectura do Hospital da Luz e é (pasme-se?!) o actual vereador da área do urbanismo na Câmara Municipal de Lisboa!

Conflito de interesses, transparência?! À mulher de César não lhe basta ser séria! Tem de parecê-lo! Este é um processo do qual a transparência, uma vez mais e recorrentemente, esteve arredada! Basta evidenciar que a alteração ao Plano de Pormenor do Eixo Urbano Luz-Benfica veio a ser aprovado, em Abril de 2014, com os votos favoráveis do executivo municipal e as abstenções de…PSD, CDS e PCP!!!

Não certamente por acaso, em Fevereiro de 2014, um mês antes, portanto, a Comissão Executiva do Grupo Espírito Santo Saúde – que tutela a administração do Hospital da Luz, um das maiores, senão a maior unidade privada de saúde do país -, revelava ter planos para aumentar em 40% a área do Hospital de Benfica, num investimento estimado entre os 60 e os 70 milhões de euros. Tão conveniente…não é?!

Os munícipes de Lisboa, face à alteração deste plano de pormenor, face à pretensões em desactivar os hospitais situados na Colina de Santana (a Colina de Ouro para a especulação imobiliária e o patobravismo) – S. José, Capuchos, Desterro, Gama Pinto, Sta. Marta – só podem tirar uma óbvia conclusão: quer PS, quer PSD e CDS, estão a tratar da saúde ao povo, negando-lhe o acesso gratuito à mesma e atirando os poucos elementos do povo que tenham rendimentos para tal para os braços da saúde privada.


Se é certo que o derrube do governo de traição nacional PSD/CDS e do seu mentor Cavaco é determinante para que, com base na constituição de um Governo de Unidade Democrática e Patriótica, o povo e quem trabalha tenha acesso a uma saúde livre, gratuita, digna e de qualidade, não menos certo é que a solução para as suas pretensões na área da saúde – como noutras -, como este exemplo tão bem sublinha, não passa pelo PS – seja qual for a direcção, de Costa ou de Seguro -, cuja política para a saúde não passa por atender às expectativas e necessidades do povo.

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