Um demolidor
imperador que só sabe servir a especulação imobiliária e a saúde privada!
Construído há cerca de 10 anos, o quartel do Regimento de
Sapadores de Bombeiros situado junto ao Centro Comercial Colombo, em Lisboa,
vai ser demolido.
Segundo o executivo camarário da capital, presidido pelo
inefável imperador António Costa, o
objectivo da destruição desta infra-estrutura onde funciona o Sistema Integrado de Emergência e Segurança
de Portugal (SIRESP) e a central de socorro de Lisboa, prende-se com a
pretensão de virem a ser vendidos, em hasta pública, os terrenos onde se
encontra instalada!!!
Com uma localização estratégica relevante para o socorro e
emergência aos munícipes lisboetas, é com perplexidade que, quer a Associação Nacional de Bombeiros
Profissionais, quer outras entidades e personalidades especialistas ligadas
a este sector, se vêm confrontados com uma proposta da autarquia que visa obter
15,9 milhões de euros pelo lote onde se situa o Quartel dos Bombeiros que agora
pretendem demolir.
Situado numa zona de Lisboa em que, em caso de sismo, a
resistência de qualquer infra-estrutura é superior a outra zona da cidade,
vizinho do maior centro comercial da Europa – o Colombo – e de um dos maiores
eixos rodoviários da capital – a 2ª Circular -, qual a verdadeira razão que
está por detrás desta decisão do executivo de Costa?
Um dos verdadeiros motivos que se aponta para esta sanha
demolidora é a existência de um Plano de Pormenor que a CML implementou para
permitir que o Hospital da Luz – que pertence ao Grupo Espírito Santo – pudesse
ser ampliado.
A revisão deste plano,
iniciado há 4 anos pela autarquia – ainda durante a vigência do
anterior mandato de António Costa -, contempla a viabilização e alargamento do
Hospital da Luz. Para que não subsista a ideia de que as coisas acontecem por
acaso e que o que move o executivo camarário é uma boa governança, o interesse
público ou critérios científicos e
técnicos objectivos, convirá denunciar que o autor de tal projecto é não
outro que essa figura sinistra que dá pelo nome de Manuel Salgado, que esteve envolvido no projecto de arquitectura do Hospital da Luz e é (pasme-se?!) o actual vereador da área do urbanismo
na Câmara Municipal de Lisboa!
Conflito de interesses, transparência?! À mulher de César não lhe basta ser séria! Tem de parecê-lo!
Este é um processo do qual a transparência, uma vez mais e recorrentemente,
esteve arredada! Basta evidenciar que a alteração ao Plano de Pormenor do Eixo Urbano
Luz-Benfica veio a ser aprovado, em Abril de 2014, com os votos
favoráveis do executivo municipal e as abstenções de…PSD, CDS e PCP!!!
Não certamente por acaso, em Fevereiro de 2014, um mês
antes, portanto, a Comissão Executiva do Grupo
Espírito Santo Saúde – que tutela a administração do Hospital da Luz, um
das maiores, senão a maior unidade privada de saúde do país -, revelava ter
planos para aumentar em 40% a área do Hospital de Benfica, num investimento
estimado entre os 60 e os 70 milhões de euros. Tão conveniente…não é?!
Os munícipes de Lisboa, face à alteração deste plano de
pormenor, face à pretensões em desactivar os hospitais situados na Colina de
Santana (a Colina de Ouro para a especulação imobiliária e o patobravismo) – S.
José, Capuchos, Desterro, Gama Pinto, Sta. Marta – só podem tirar uma óbvia
conclusão: quer PS, quer PSD e CDS, estão a tratar da saúde ao povo,
negando-lhe o acesso gratuito à mesma e atirando os poucos elementos do povo
que tenham rendimentos para tal para os braços da saúde privada.
Se é certo que o derrube do governo de traição nacional
PSD/CDS e do seu mentor Cavaco é determinante para que, com base na
constituição de um Governo de Unidade Democrática e Patriótica, o povo e quem trabalha
tenha acesso a uma saúde livre, gratuita, digna e de qualidade, não menos certo
é que a solução para as suas pretensões na área da saúde – como noutras -, como
este exemplo tão bem sublinha, não passa pelo PS – seja qual for a direcção, de
Costa ou de Seguro -, cuja política para a saúde não passa por atender às
expectativas e necessidades do povo.
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