Compromisso
ou Ruptura?!

Mudar
o nome de tróica para “instituições”, do memorando para “acordo e dos credores
para “parceiros”, em nada altera a situação anterior (protagonizada pelo
governo de Samaras e da Nova Democracia)
O
que não se pode também mudar, bem entendido, é o sentido do voto do povo Grego,
manifestado nas eleições de 25 de Janeiro de 2015.

Nós
exigimos a abolição dos memorandos e da tróica, nós exigimos a abolição de
todas as leis de austeridade.
No
dia seguinte às eleições, apenas com uma lei, nós aboliríamos a tróica e os
seus efeitos.
Passado
um mês desta promessa, ela não se transformou em actos. É uma pena, muita pena.
Pela
minha parte, peço ao Povo Grego que me perdoe por ter contribuído para esta
ilusão.
Mas,
antes que o mal progrida.
Antes
que seja tarde para reagirmos.
Antes
de tudo o mais, através da realização de assembleias extraordinárias, em todas
as organizações, em todos os níveis, os membros e os amigos do SYRYZA devem
decidir se aceitam esta situação.
Alguns
defendem que, para obter um acordo, é preciso saber ceder. Em primeiro lugar,
entre o opressor e o oprimido não se coloca a questão de haver um compromisso,
tal como isso é impossível entre subjugado e ocupante. A única solução é a
liberdade.

Manolis Glezos,
Bruxelas, le 22 de Fevereiro de 2015
Manolis Glezos, de 92 anos de idade foi eleito deputado europeu,
integrado nas listas do SYRIZA e é uma figura de proa da resistência anti-nazi
e contra a ditadura dos coronéis na Grécia.
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