Sucedem-se
por todo o mundo em geral, e particularmente em países europeus, as
manifestações de apoio dos povos desses países ao povo grego e contra a
chantagem e pressão que o recente eleito governo daquele país está a ser
sujeito por parte da União Europeia e do imperialismo germânico que a tutela e
comanda. Apesar de alguma fragilidade ideológica, o governo grego, liderado
pelo Syriza, está mandatado pelo povo que o elegeu a levar a cabo uma política
contra a austeridade e os ditames da tróica germano-imperialista.
Desenganem-se
aqueles que acreditam que o mal está
na oposição do actual governo helénico às medidas políticas que configuram um
autêntico genocídio fiscal, económico e financeiro e comprometem a dignidade e
qualidade de vida do povo grego, que a
Comissão Europeia, a tróica e o imperialismo germânico tinham logrado impôr ao
anterior governo de Samaras, um pau mandado da dimensão e natureza do traidor
Passos Coelho, do seu saltapocinhas Portas e do tutor de ambos, Cavaco!
É que, com o
grau de consciência e mobilização que o povo grego já demonstrou, e continua a
demonstrar, com dezenas de milhar de elementos do povo, em permanência, a
marcarem presença na Praça Sintagma, em Atenas, a apoiar o governo cujo
programa elegeram, qualquer cedência, recuo ou traição redundará, certamente,
num exponenciar das contradições entre aqueles que defendem ser subjugados aos
interesses do imperialismo germânico e aqueles que optaram por ser livres,
viverem em democracia e verem respeitados o seu direito à soberania, à
independência nacional e ao progresso.
Já num artigo
anterior referia que, baseado no Artigo 7 da Directriz da Área Económica
Europeia, que determina não haver qualquer obrigação por parte de um
estado e suas autoridades em assegurarem a
compensação se um esquema de garantia de depósitos é incapaz de cumprir as suas
obrigações na eventualidade de uma crise sistémica, o Tribunal da Associação
Europeia de Livre Comércio (EFTA) deliberou, há algum tempo, ser
improcedente a queixa apresentada pelos governos da Grã-Bretanha e da Holanda
contra a Islândia por este país ter, alegadamente, violado leis internacionais
ao não atender à reclamação de cerca de 340 mil depositantes britânicos e
holandeses do Icesave, uma delegação online do banco privado islandês Landsbanki,
decretado falido em 2008.
Recorde-se
que, aquando da chamada crise do sub-prime, dezenas de bancos, a
nível mundial, foram à falência (alguns dos quais com uma dimensão considerada imune a esse destino), originando no
seio da própria burguesia divisões quanto ao caminho a seguir face ao colapso
do sistema financeiro e bancário capitalista a nível mundial.
De um lado,
os fervorosos adeptos da escola de Chicago (os Chicago
boys) e do compromisso de Washington (sendo o FMI a sua principal
plataforma para impôr o seu programa ideológico e económico), que advogam que o
sistema bancário e financeiro deve ser salvo a todo o custo (na versão do
serventuário Coelho, custe o que custar),
pois ele é o sustentáculo de toda a economia capitalista e único capaz de,
através do negócio das dívidas soberanas,
assegurar a continuidade e crescimento da acumulação capitalista. Os adeptos
desta facção defendem, ainda, que o
custo da salvação do sistema bancário e financeiro, segundo o princípio de dinheiros públicos subsidiarem vícios
privados, deve ser imputado aos trabalhadores e aos povos, particularmente
daqueles que foram bafejados pela
intervenção do FMI ou, no caso europeu, da tróica germano-imperialista.
Do outro
lado, uma corrente minoritária, representando os interesses de uma camada das
burguesias nacionais, democráticas e patrióticas, que se opõem, como aconteceu
na Islândia, e tinha sucedido e está a suceder noutros países – europeus,
asiáticos e da América Latina -, a aplicar uma receita que implica uma transferência massiva de recursos e
empresas públicas para o capital financeiro e bancário, sob a justificação de que, tendo os povos
estado a viver acima das suas
possibilidades teriam de ser sacrificados no altar das dívidas soberanas, à custa de um inaudito empobrecimento, à custa
da pilhagem generalizada e de se tornarem protectorados ou colónias, mormente
da potência imperialista alemã e da sua fuhrer Angela Merkel, à custa da
depreciação dramática do seu acesso à saúde, à educação e às chamadas prestações sociais.
Apesar desta
corrente, nomeadamente na Islândia, ter conseguido congregar o apoio dos
trabalhadores e do povo em torno de um programa que lutava pelo não pagamento
de uma dívida que não fora o povo que a contraíra, nem dela havia beneficiado, a
consistência e coerência na luta por esse princípio sofreram alguns revezes,
isto apesar de o povo se ter manifestado claramente, através de dois
referendos,que não estava disposto a qualquer acordo de pagamento dessa dívida. É que, ainda assim, cerca de
3.421 milhões de euros foram reembolsados
aos governos britânico e holandês, consequência do accionar de garantias de
depósitos que existiam, através do banco Landsbanki.
Se é certo
que o resultado das eleições gregas são uma expressão da derrota política da
alta finança e do imperialismo germânico, mais evidente ainda é que ele se
traduziu numa retumbante vitória do povo grego e de outros povo oprimidos da
Europa.
Ora, apesar
da aparente unanimidade em torno desta vitória – cuja excepção vem de traidores
como Passos, Portas e Cavaco –, estes resultados anunciam a estreia, no teatro da
guerra de classes em curso, de novas tácticas de manipulação e chantagem por
parte do imperialismo germânico e seus agentes, entre os quais os opinadores, os comentadores e os especialistas
do costume a quem são generosamente proporcionados profusos espaços de antena e
nos jornais para vomitarem as suas
opiniões e pareceres técnicos, claro
está que contra toda e qualquer veleidade
daqueles que se prestam a não se conformar ou aceitar essa chantagem e pressão!
Na Grécia,
como em Portugal ou noutros países, sobretudo europeus, vencerá quem conseguir
conquistar a chamada classe média.
Uma classe atemorizada com a iminência da sua proletarização ou da sua
destruição. Este é um momento decisivo, em que estas classes, ou bem que se
aliam aos operários e aos trabalhadores em geral, ou continuam a deixar-se
iludir pelos milagres económicos
anunciados pela alta finança, pela burguesia e por toda a sorte de lacaios ao
serviço da imperial Alemanha e sua chancelerina Merkel.
No nosso
país, primeiro através do governo de má memória liderado por Sócrates e pelo
PS, e agora pelos PSD/CDS, sob tutela de Cavaco, a receita tem sido a de salvar a banca privada, fazendo os
trabalhadores e o povo pagarem os buracos
e as fraudes do BES e do BPN, a recapitalização do BCP, do BPI, do BANIF, entre
outros bancos privados que se entretiveram a distribuir dividendos, relativos
aos fabulosos lucros que ensacaram e continuam a ensacar, entre os seus
accionistas, para agora, em vez de terem contemplado um plano de capitalização
dessas entidades bancárias privadas, estarem a fazê-lo à custa do sangue, do
suor e das lágrimas do povo que se vê obrigado a pagar esses vícios privados e a proporcionar aos
grupos financeiros e bancários que estão por detrás desses bancos, lucros
fabulosos à custa dos juros faraónicos que cobram.
Se é certo
que existem sectores da pequena e da média burguesia não comprometida com as
políticas imperialistas e com o grande capital financeiro e bancário que podem
e devem ser integrados numa ampla frente contra o FMI, a tróica germano-imperialista
e os tiques imperiais da nova fuhrer Angela Merkel, e o governo dos traidores
Coelho e Portas que se prestam a ser seus serventuários, não menos certo é que
essa luta deve ser encabeçada pelos operários e pelos trabalhadores, únicos garantes
de uma luta coerente, empenhada e sem tréguas, luta que tem de levar ao derrube
deste governo e de quem o apoia e à constituição de um governo de unidade
democrática e patriótica que expulse do nosso país todos aquele que o querem
subjugar e dominar, prepare a saída imediata de Portugal do euro e recuse o
pagamento da dívida, iniciando um novo ciclo económico, ao serviço do povo e de
quem trabalha.
Esta será a
melhor forma de o povo português demonstrar a sua solidariedade para com o povo
grego e para com todos os povos da Europa que sofrem os efeitos das políticas
de domínio e colonização levadas a cabo pelo imperialismo germânico e seus
agentes. Esta será a única saída que assegurará que o povo grego vencerá e que,
com ele, sairão vencedores todos os povos da Europa e do mundo!
Estando quase todo o povo do mundo contra as medidas do imperialismo Alemão aplicado por Sr Markel e seus seguidores nada mais resta que todos unidos em torno de uma politica democrática e patriótica a seguir,assim para que as varias facções leia-se pessoas dos também vários quadrantes políticos se unam em volta de um objectivo através de um programa eleitoral que vise claramente o derrube deste governo fantoche Passos/Portas já nas próximas eleições à imagem do Siriza sem nenhum dos partidos perderem a sua identidade!!!Saudações,
ResponderEliminarEsta tudo dito! Precisamos é de criar condições para derrubar este governo de traição-nacional de passos e Portas , com a tutela de Cavaco!
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