quarta-feira, 17 de junho de 2015

Suspeitas Infundadas?!

Pires de Lima é o cervejeiro que agora é ministro da economia do governo de vende pátrias liderado por Coelho e Portas e tutelado pelo energúmeno de Boliqueime.

Abordado por aquela comunicação social que tem levado o executivo e o seu programa de genocídio fiscal sobre o povo ao colo, sobre a reacção da esquerda parlamentar e outros partidos e entidades que não estão representados na Assembleia da República contra a privatização da TAP, mostrou-se muito ofendido com as suspeitas infundadas lançadas por quem se opõe à privatização – e muito provável liquidação – duma empresa com a importância estratégica daquela que assegura a unidade nacional e a ligação à diáspora e que é, neste momento, a maior exportadora nacional.

Pois é! Não se tratam de suspeitas infundadas mas sim de certezas de que não é por acaso que, num painel de 129 países analisados, Portugal foi considerado pelo Instituto americano Gallup, o mais corrupto dos estados avaliados pelos inquéritos que realizaram, a seguir à República Checa e à Lituânia. Um estatuto no qual é acompanhado por países como Angola, também considerado um dos países mais corruptos.

A táctica é idêntica à de Hitler e do seu ministro da informação, o sinistro Goebels. Uma mentira mil vezes repetida passará, segundo estes mentecaptos, a ser incorporada como verdade pelos trabalhadores e pelo povo. Na mesma linha dos milagres económicos todos os dias anunciados, sem que dos seus efeitos haja qualquer percepção por parte do povo.

O mesmo se passa com a transparência com que os sucessivos governos do bloco central – PS, PSD e CDS -, os mesmos que se dispuseram a assinar o Memorando de Entendimento com a tróica germano-imperialista que, baseados na tese de que o povo andou a viver acima das suas possibilidades, está a impôr um genocídio fiscal que obriga o povo português a pagar uma dívida que não contraiu e da qual não retirou qualquer benefício.

Processos transparentes, reclama feito virgem ofendida, Pires de Lima. Mas, basta atentarmos no seguinte:

·         O processo de destruição do nosso tecido produtivo – indústria, pescas, agricultura, minas, etc. – que estes traidores trataram de implementar, a troco dos 30 dinheiros da traição, para assegurar a entrada de Portugal na CEE. E o que é que se viu? Exactamente o contrário. Destruído o nosso tecido produtivo, foi a CEE – agora UE – a entrar em toda a força em Portugal;

·         Os fundos europeus que então deram entrada no país para assegurar essa destruição a servirem para tudo – e para todos – menos para modernizar, mecanizar, tornar mais rentável a nossa economia, assegurando emprego, riqueza e dignidade;

·         Surgiram que nem cogumelos as Parcerias Público-Privadas (as famigeradas PPP’s) e o corropio de ministros que num dia tutelavam sectores da economia de importância estratégica vital, no dia seguinte à sua saída liderarem empresas privadas que dantes eram abrangidas por essa tutela;

·         Batalhões de advogados a funcionar como deputados na Assembleia da República para assegurar a produção de nova legislação, mais em conformidade com a defesa dos interesses dos grandes grupos económicos, financeiros e industriais que defendem;


  • Gerações de dirigentes políticos do bloco central a serem subsidiados e manipulados pelo dono disto tudo que é o paradigma de como a cadeia de favores tem funcionado e de que como nem um Espírito Santo se safa quando valores terrenos emergentes no centro e norte da Europa  dominam;

·         Ministros que depois de terem obedecido caninamente aos ditames dos seus patrões da tróica e à sua fuher Angela Merkel, são lautamente premiados com altos cargos, precisamente nas instituições que desenharam o modelo de memorando que, só em juros, já custa ao erário público mais de 9 mil milhões de euros por ano, verbas todas elas desviadas dos orçamentos para a saúde, para a educação, para a assistência social, para as reformas, pensões e subsídios de desemprego;

·         Deputados europeus, eleitos pelo povo português, que se deixam domesticar ao ponto de aprovar toda a sorte de legislação que hoje inibe Portugal de ser uma nação independente, retirando-lhe a soberania fiscal, aduaneira, cambial, financeira e bancária;

·         Instala-se o conceito de Privataria. Depois de ter desprovido o país do seu tecido produtivo, há que privatizar empresas de importância estratégica vital para qualquer programa de governo que assente no pressuposto de independência e soberania no quadro das nações, justificando tal plano com a excelência da gestão privada! Chegaram a condecorar, com as mais altas condecorações que este estado pode atribuir, gestores que pouco tempo depois vieram a cair em desgraça e a revelar-se, afinal, aquilo que sempre foram: bandidos cujo objectivo é servir o grande capital;

·         Depois de terem privatizado a EDP e os CTT, sempre anunciando que, passando as leis da concorrência a funcionar, daí adviriam benefícios quer para a qualidade dos serviços, quer nos preços a praticar, aquilo com que o povo tem vindo a ser confrontado é com a arrogância dos monopólios e corporações privados, com a quebra da qualidade dos serviços prestados e com um brutal aumento dos tarifários. Isto a par de reajustamentos e reestruturações, nome pomposo que os detentores do capital dão aos despedimentos em massa;

·        Preparam-se para privatizar o que resta de activos e empresas públicas estratégicas como sejam a água e a TAP, com a arrogância própria de quem julga ter as costas salvaguardadas por aqueles com quem se bandearam e a quem vendem o sangue, o suor e as lágrimas do povo;

·         Um processo que se refina com a imposição de uma moeda forte para uma economia frágil e aberta como é a portuguesa, beneficiando notoriamente as transferências de valores e rendimentos dos países pobres para os países ricos.

Suspeitas Infundadas? Nada disso! Certeza de que não há mal que sempre dure e que, ousando lutar, o povo português há-de ousar vencer toda a cambada de corruptos e traidores que há mais de 40 anos se alterna no poder.

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