Pires de Lima é o cervejeiro que agora é ministro da
economia do governo de vende pátrias liderado por Coelho e Portas e tutelado
pelo energúmeno de Boliqueime.
Abordado por aquela comunicação
social que tem levado o executivo e o seu programa de genocídio fiscal
sobre o povo ao colo, sobre a reacção da esquerda
parlamentar e outros partidos e entidades que não estão representados na
Assembleia da República contra a privatização da TAP, mostrou-se muito ofendido
com as suspeitas infundadas lançadas
por quem se opõe à privatização – e muito provável liquidação – duma empresa
com a importância estratégica daquela que assegura a unidade nacional e a
ligação à diáspora e que é, neste momento, a maior exportadora nacional.
Pois é! Não se tratam de suspeitas
infundadas mas sim de certezas de que não é por acaso que, num painel de
129 países analisados, Portugal foi considerado pelo Instituto americano Gallup, o mais corrupto dos estados
avaliados pelos inquéritos que realizaram, a seguir à República Checa e à
Lituânia. Um estatuto no qual é acompanhado por países como Angola, também
considerado um dos países mais corruptos.
A táctica é idêntica à de Hitler e do seu ministro da
informação, o sinistro Goebels. Uma mentira mil vezes repetida passará, segundo
estes mentecaptos, a ser incorporada como verdade pelos trabalhadores e pelo
povo. Na mesma linha dos milagres
económicos todos os dias anunciados, sem que dos seus efeitos haja qualquer
percepção por parte do povo.
O mesmo se passa com a transparência
com que os sucessivos governos do bloco
central – PS, PSD e CDS -, os mesmos que se dispuseram a assinar o Memorando de Entendimento com a tróica
germano-imperialista que, baseados na tese
de que o povo andou a viver acima das
suas possibilidades, está a impôr um genocídio fiscal que obriga o povo
português a pagar uma dívida que não contraiu e da qual não retirou qualquer
benefício.
Processos transparentes,
reclama feito virgem ofendida, Pires de Lima. Mas, basta atentarmos no seguinte:
·
O processo de destruição do nosso tecido
produtivo – indústria, pescas, agricultura, minas, etc. – que estes traidores
trataram de implementar, a troco dos 30 dinheiros da traição, para assegurar a
entrada de Portugal na CEE. E o que é que se viu? Exactamente o contrário.
Destruído o nosso tecido produtivo, foi a CEE – agora UE – a entrar em toda a
força em Portugal;
·
Os fundos europeus que então deram entrada no
país para assegurar essa destruição a servirem para tudo – e para todos – menos
para modernizar, mecanizar, tornar mais rentável a nossa economia, assegurando
emprego, riqueza e dignidade;
·
Surgiram que nem cogumelos as Parcerias Público-Privadas (as
famigeradas PPP’s) e o corropio de ministros que num dia tutelavam sectores da
economia de importância estratégica vital, no dia seguinte à sua saída
liderarem empresas privadas que dantes eram abrangidas por essa tutela;
·
Batalhões de advogados a funcionar como
deputados na Assembleia da República para assegurar a produção de nova
legislação, mais em conformidade com a defesa dos interesses dos grandes
grupos económicos, financeiros e industriais que defendem;
- Gerações de dirigentes políticos do bloco central a serem subsidiados e manipulados pelo dono disto tudo que é o paradigma de como a cadeia de favores tem funcionado e de que como nem um Espírito Santo se safa quando valores terrenos emergentes no centro e norte da Europa dominam;
·
Ministros que depois de terem obedecido
caninamente aos ditames dos seus patrões da tróica e à sua fuher Angela Merkel, são lautamente premiados com altos cargos,
precisamente nas instituições que desenharam o modelo de memorando que, só
em juros, já custa ao erário público mais de 9 mil milhões de euros por ano,
verbas todas elas desviadas dos orçamentos para a saúde, para a educação, para
a assistência social, para as reformas, pensões e subsídios de desemprego;
·
Deputados europeus, eleitos pelo povo português,
que se deixam domesticar ao ponto de aprovar toda a sorte de legislação que hoje
inibe Portugal de ser uma nação independente, retirando-lhe a soberania fiscal,
aduaneira, cambial, financeira e bancária;
·
Instala-se o conceito de Privataria. Depois de ter desprovido o país do seu tecido
produtivo, há que privatizar empresas de importância estratégica vital para
qualquer programa de governo que assente no pressuposto de independência e
soberania no quadro das nações, justificando
tal plano com a excelência da gestão
privada! Chegaram a condecorar, com as mais altas condecorações que este estado
pode atribuir, gestores que pouco tempo depois vieram a cair em desgraça e a
revelar-se, afinal, aquilo que sempre foram: bandidos cujo objectivo é servir o
grande capital;
·
Depois de terem privatizado a EDP e os CTT,
sempre anunciando que, passando as leis
da concorrência a funcionar, daí adviriam benefícios quer para a qualidade
dos serviços, quer nos preços a praticar, aquilo com que o povo tem vindo a ser
confrontado é com a arrogância dos monopólios e corporações privados, com a
quebra da qualidade dos serviços prestados e com um brutal aumento dos
tarifários. Isto a par de reajustamentos
e reestruturações, nome pomposo que
os detentores do capital dão aos despedimentos em massa;
· Preparam-se
para privatizar o que resta de activos e empresas públicas estratégicas como
sejam a água e a TAP, com a arrogância própria de quem julga ter as costas
salvaguardadas por aqueles com quem se bandearam e a quem vendem o sangue, o
suor e as lágrimas do povo;
·
Um processo que se refina com a imposição de uma
moeda forte para uma economia frágil e aberta como é a portuguesa, beneficiando
notoriamente as transferências de valores e rendimentos dos países pobres para
os países ricos.
Suspeitas Infundadas? Nada disso! Certeza de que não há mal que sempre dure e que, ousando lutar, o povo português há-de ousar vencer toda a cambada de corruptos e traidores que há mais de 40 anos se alterna no poder.
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