Afirmou o seboso líder do Grupo Parlamentar do PSD,
secundado por António Costa do PS e por Paula Teixeira da Cruz, ministra da “justiça”
deste governo de serventuários, que não lhes choca o facto de haver quem cante
a música “ Grândola Vila Morena”, mas sim que impeçam os outros de manifestarem
a sua opinião.
Quem estivesse completamente alheado da realidade portuguesa
e tivesse aterrado no planeta vindo de outra galáxia, ficaria tentado em
considerar que quem com tal canto impediu quer o ministro Relvas, quer o
traidor Coelho ou qualquer outro ministro ou secretário de estado deste governo,
de botar faladura não é nada mais, nada menos, do que um “terrorista”
anti-democrata.
Com o passar do tempo pode ser que vislumbre outra
realidade:
- que este governo rouba os salários e o trabalho aos
trabalhadores e que se está nas tintas para o que eles pensam àcerca disso;
- que vende, a preços de saldo, os activos e empresas
estratégicas que restam, comprometendo uma política económica soberana e
independente para o nosso país, sem sequer auscultar o povo sobre o que pensa do
assunto;
- que aumenta o IVA, da taxa mínima de 6% para 23% para
produtos básicos, da dieta alimentar dos trabalhadores e do povo, e não só, sem
se preocupar sobre o que estes poderão ter a dizer sobre o assunto;
- Corta em praticamente todas as “prestações sociais” sem
que o povo tenha sido chamado a pronunciar-se sobre a questão;
- Limita o acesso à saúde e à educação aos trabalhadores e
ao povo e nem pestaneja perante a revolta que estes manifestam face à
destruição do SNS e da escola a que este governo de traição os está a sujeitar;
- Cria as condições para o agravamento do desemprego e da
precariedade e impõe leis que nos remetem para um retrocesso histórico nunca
antes experienciado;
- Adopta todas estas e outras medidas para satisfazer os
especuladores e agiotas que vêm na dívida um negócio e uma fonte de renda
inesgotáveis;
- Faz tudo isto desviando recursos que deveriam ser afectos
ao bem estar e à dignidade do povo, impedindo - através da repressão - que haja consequências quanto
às exigências e expectativas que o povo formula nas ruas.
E fá-lo, apesar de ter sido eleito com base num programa que,
na própria noite em que foram eleitos para formar governo PSD e CDS, ter sido
rasgado em mil pedaços, o que leva a que tenham perdido qualquer legitimidade eleitoral.
Dizia António Costa, no programa “quadratura do círculo” –
um título tão a propósito da sua redonda demagogia e oportunismo – que “fora da
democracia toda a violência é permitida, mas dentro da democracia nenhuma
violência é consentida”. Mas que democracia? Aquela em que PS e PSD de 4 em 4
anos promovem promessas sem fim, que sabem de antemão que não vão cumprir? É
essa a noção de “legitimidade democrática” que defende?
Prometer algo e depois impôr o seu contrário, essa é que é a verdadeira violência, esse é que é o comportamento que define e caracteriza as práticas fascistas e terroristas que este governo tem levado a cabo a mando da tróica
germano-imperialista.
Quem com ferros mata, com ferros morre! Não deixam o povo
expressar-se para, do que ele expressa, retirar consequências. Então,
que de uma vez por todas, se calem
ou…SERÃO CALADOS!
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