No dia em que uma “comissão técnica” aterrou em Portugal,
conspurcando o nosso país, ao serviço dos senhores coloniais que sustentam a
tróica germano-imperialista, o inefável secretário-geral do PS, António Seguro,
“reclama” que o que pretendia é que a delegação dos invasores e novos senhores
coloniais tivesse uma natureza “mais política”!
Uma variante da “tróica de esquerda” que este oportunista
não se cansa de propalar, fazendo crer que existe uma “tróica” mais suave do
que aquela que tem ditado as medidas terroristas e fascistas que o governo dos
serventuários Coelho e Portas tem imposto aos trabalhadores e ao povo
português.
Um invasor que para
transformar Portugal num protectorado do imperialismo germânico, apesar de
impôr o roubo dos salários e do trabalho, apesar de destruir a escola pública e
o SNS, apesar de empobrecer o nosso povo, ainda assim, poderia fazê-lo de forma
mais “suave” e “menos dolorosa” para quem
está a ser espoliado e remetido para uma condição de fome e miséria, não
fora o “extremismo” de PSD e CDS que, segundo este canalha, querem ser “mais
papistas que o papa”.
Bem pode o vendedor de “banha da cobra” Seguro, tentar
vender a ideia de que existe uma forma mais “suave” e “menos dolorosa” de
“aliviar” o fardo a quem está a ser espoliado
e remetido para uma condição de fome e miséria que já representa um retrocesso
histórico aos tempos mais negros do fascismo e do poder salazarista!
Não há que ter ilusões. O que Seguro defende não é o derrube
deste governo, mas sim que se “mudem as políticas”, isto é, que mantendo todas
as medidas terroristas e fascistas no essencial, se dê alguma ilusão de alívio
a quem é explorado. Tão pouco rejeita o
pagamento de uma dívida que não foi contraída pelo povo, nem o povo dela
beneficiou. O que Seguro defende é que o “negócio da dívida” que o seu partido
alimentou e ajudou a crescer, se mantenha e frutifique de molde a que todos
aqueles que se têm sentado à mesa do orçamento – e há mais de 30 anos que têm
sido invariavelmente os mesmos, PS e PSD, por vezes com o CDS pela trela -,
dele retirem alguns benefícios.
Tal como Ulisses não se deixou encantar pela melodia das
sereias que o queriam destruir, também os trabalhadores e o povo português não
se deixarão iludir pelas cantigas de Seguro. E vão demonstrá-lo já no próximo
dia 2 de Março, nas ruas, onde vão proclamar que a única saída para a crise e
para a dívida passa pelo derrube deste governo de traição e pela constituição
de um governo democrático patriótico.
Governo que, para além de suspender de imediato o pagamento
da dívida e dos juros agiotas, levará a cabo um programa de reconstrução do
tecido produtivo destruído e de investimentos produtivos e criteriosos,
preparará o país para uma eventual saída do euro e tirará proveito da posição
geoestratégica única do nosso país.
Sempre numa perspectiva de satisfazer as necessidades do
nosso povo e de levar a cabo uma política independente, implementando relações
com outros países, não na base da exploração e da humilhação, mas sim no
respeito pela independência de cada um dos intervenientes e em vantagens
recíprocas.
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