A
“indignação” de Seguro face à nomeação para secretário de estado do
empreendedorismo, competitividade e inovação de Franquelim Alves, antigo
administrador da SLN e do banco que esta sociedade detinha – o BPN -, tenta
escamotear que, quanto ao essencial,
existe uma política de “bloco central”, envolvendo PS e PSD, com o CDS a
reboque (de um e de outro, à vez), não só em relação à banca e ao seu papel na
crise das “dívidas soberanas”, como em relação às medidas terroristas e
fascistas que, fruto do memorando de entendimento que os partidos do governo e
o PS assinaram com a tróica germano-imperialista, estão a ser aplicadas contra
o povo.
Se dúvidas
subsistissem quanto à “unidade” de objectivos e processos que existem entre PS
e PSD – com apenas algumas “divergências” meramente formais -, bastava ter
assistido ao programa “Prós e Contras” (cada vez mais o programa onde só têm
direito a falar os “Prós e Prós” regime) deste passado domingo, para ouvir o
rasgado elogio do ex-ministro da Saúde do governo Sócrates, Correia de Campos, responsável
pelo programa de destruição do SNS que o governo actual prossegue com canina
fidelidade e devoção, endereçado ao actual detentor da pasta, Paulo Macedo, que
havia sido secretário de estado das Finanças no governo PS.
Confusos?!
Vamos por partes. No pressuposto de que “dinheiros públicos pagam vícios
privados”, isto é, que havendo lucros estes são para ser distribuídos pelos
accionistas privados, mas, havendo prejuízos, e com vista a salvar a banca da
falência para que as suas “aventuras” arrastaram , estes são para ser pagos
pelo estado, “nacionaliza-se” o BPN, leia-se, obriga-se o povo a custear o
“buraco”, as trafulhices, de um banco privado que se entreteve com toda a sorte
de “engenharias financeiras”, de corrupção e compadrio, à qual não escapam
várias figuras políticas gradas do sistema.
É preciso não esquecer que ainda muito haverá
por explicar quanto aos fabulosos e meteóricos lucros que o indigente Cavaco
obteve à custa de acções deste grupo, ainda durante a vigência do governo PS
para mais tarde, já no consulado do governo de traição PSD/CDS, se injectarem
volumosos capitais, a juros residuais, no BCP, no BPI, no BES, na CGD e no
BANIF.
Ora, quem
melhor para compreender os processos que conduziram a cerca de 20 mil milhões
de euros de endividamento – só para “salvar” a banca privada – do que um
personagem como o Franquelim? Pois se ele foi administrador de uma sociedade e
de um banco que, só ele, empobrece os trabalhadores e o povo português em cerca
de 7 mil milhões, tornando-os vítimas do maior genocídio fiscal de que há
memória, qual é a surpresa?! Tanto mais
quando conta com a apertada rede que Paulo Macedo, ainda no governo Sócrates
ajudou a tecer e que não permite qualquer fuga a quem vive da venda da sua força
de trabalho…apenas a quem for detentor do capital e que conheça bem o circuito
e os meandros dos paraísos fiscais e das “offshores”!
O mesmo Paulo Macedo que, nos dias que correm, mais não faz do que assegurar que o dinheiro que deveria ir para a saúde, é desviado para o pagamento de uma dívida ilegítima, ilegal e odiosa, degradando o acesso dos trabalhadores e do povo e suas famílias a estes serviços, aos complementos de diagnóstico e aos medicamentos, propiciando - como ainda hoje foi profusamente noticiado pelas televisões - "surpreendentes" aumentos das taxas de acesso às urgências dos hospitais privados.
O mesmo Paulo Macedo que, nos dias que correm, mais não faz do que assegurar que o dinheiro que deveria ir para a saúde, é desviado para o pagamento de uma dívida ilegítima, ilegal e odiosa, degradando o acesso dos trabalhadores e do povo e suas famílias a estes serviços, aos complementos de diagnóstico e aos medicamentos, propiciando - como ainda hoje foi profusamente noticiado pelas televisões - "surpreendentes" aumentos das taxas de acesso às urgências dos hospitais privados.
Claro que, quando um governo de traição como é o de Coelho e Portas necessita de impôr um programa e medidas terroristas e fascistas que obriguem os trabalhadores e o povo a pagar uma dívida que não contraíram nem dela retiraram benefícios, todo o tipo de apoios é bem vindo ao clube dos serventuários da tróica germano-imperialista. Por isso, porque é também necessário dourar a pílula da exploração inaudita a que estão a sujeitar o povo, já não basta contar com os valorosos préstimos do traidor João Proença e da direcção da UGT a que preside.
E, como se
torna necessário fazer acompanhar o empreendedorismo, a competitividade e a
“inovação” do Franquelim, com um dourar de pílula da exploração de que os
trabalhadores e o povo estão a ser alvo, o governo vai à procura da experiência
de traição aos interesses dos trabalhadores que Pedro Roque, agora secretário
de estado do “emprego”, acumulou como secretário-geral adjunto da UGT, de 2009
a 2011! (coincidências?!)
E, tão prestimosos foram os seus feitos que o
traidor João Proença, todo ufano, à entrada para mais uma sessão da
“concertação social”, se congratulou pela nomeação do seu antigo delfim,
esperando que ele “consiga recuperar o diálogo entre os parceiros sociais” reconhecendo que ele "é uma pessoa que conhece bem os
parceiros” e esperando “… que consiga
manter o diálogo, porque consideramos que a área do emprego é uma área
privilegiada do diálogo social e não faz sentido, na área do emprego e da
formação profissional, não haver esforços de concertação para procurar soluções
que melhor se adaptem aos trabalhadores e às empresas", defendeu.
Precisamente!
Empreender, competir e inovar para esta cáfila de serventuários, passa por
roubar o salário e o trabalho, embaratecer e facilitar os despedimentos, tornar
mais dramático o empobrecimento do povo, quer cortando nas “prestações
sociais”, no acesso à educação e à saúde, quer levando a cabo um autêntico genocídio fiscal. Por isso, o que o
governo – e o seu ministro palhaço, o Álvaro do sorriso aparvalhado -
necessitavam mesmo era de associar ao Franquelim , o “sindicalista” Roque,
braço direito do traidor Proença, habituado a vender por um prato de lentilhas
os interesses dos trabalhadores no âmbito da “concertação social”, porque o Macedo, esse já era um "activo" seguro que transitava do governo anterior.
E são estes
os factos, são estas interligações e conluios que Seguro não denuncia…porque
não pode! Só pode criar a ilusão de “oposição”, não pode fazer parte da solução
que passa pelo derrube do governo de traição Coelho/Portas!
Farinha do
mesmo saco, este PS e este PSD! À qual os trabalhadores e o povo português
darão o devido destino : o caixote do lixo da história por, manifestamente,
estar com a validade fora de prazo!
Excelente texto!!
ResponderEliminarVerdades absolutas!!
Realidades revoltantes...
Que mais desventuras?
Valham-nos os Deuses ,este povo deixou de pensar.
A solução para a corrupção é que a eleição dos deputados passe a ser por VOTO NOMINAL, como já acontece em todos os países europeus da dimensão de Portugal. Desta maneira, o eleitorado passa a ser um contrapeso à influência dos grupos de interesse no parlamento, coisa que não acontece nesta partidocracia
ResponderEliminar