terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

O modus operandi do negócio da Dívida!


Num momento em que os partidos do “arco parlamentar” levaram Fernando Ulrich, presidente do BPI, a prestar “esclarecimentos” perante uma daquelas “Comissões Parlamentares” destinadas a nada esclarecer e tudo escamotear, para os que ainda têm dúvidas sobre como o “negócio da dívida” enche os bolsos aos accionistas dos grandes grupos financeiros e bancários, particularmente os alemães (pois são eles que predominam na composição social do Banco Central Europeu, vulgo BCE), uma explicação de “merceeiro” impõe-se, para que não mais nos tentem enganar:

1.       Num primeiro momento, como, segundo o Tratado de Lisboa, os estados membros da União Europeia não se podem financiar directamente no BCE, “beneficiando” de taxas de juro a 0,5 ou 1% praticadas pelo banco central europeu, esse “privilégio” só pode ser accionado pela banca privada que, depois, “revende” o capital obtido através desses “empréstimos” aos estados, a empresas e a particulares a taxas de juro que, no primeiro caso se situam entre os 5 e os 6%, isto é, obtendo margens de 500 a 600%!

2.       Como o capital não conta porque se uma entidade contrai um “empréstimo” pelo montante de 100 e, num determinado prazo, sem riscos, o paga na íntegra, o que de facto é “negócio” são os juros e não o capital, já que 100 – 100 = 0! temos, assim, que se a entidade paga sobre 100, qualquer coisa como 0,5 ou 1 de juros e depois obtém 5 ou 6 em juros cobrados, a “margem” de negócio é efectivamente de 500 a 600%!
3.      
Não satisfeita com esta mordomia, a banca privada que, quando os lucros abundavam, em vez de os utilizar para se recapitalizar, os distribuiu generosamente entre os seus accionistas, vem, junto dos poderes que representam os seus interesses dizer:

3.1   Que esses governos têm de “salvar” o sistema bancário do colapso financeiro, criando a ideia de que quem  tem de pagar as dívidas que a banca contraiu, tem de ser o povo que não as contraiu, nem delas retirou qualquer benefício, e não a própria banca, cujas políticas de gestão – privada -, mormente as actividades especulativas, a aposta em fundos de alto risco (entre os quais se inclui a “ganância” que suscitaram as “dívidas soberanas” de países como a Grécia e não só), etc., é que foram responsáveis pela situação actual. Ou seja, a teoria de que “estivemos a viver acima das nossas possibilidades” é totalmente invertida, passando o prevaricador a “vítima”;

3.2   Depois, respaldando-se atrás do “incumprimento” dos estados em pagar os “empréstimos” que subvencionaram (recorde-se que obtendo o capital a emprestar a 0,5 e 1% no BCE, para o vender aos estados a 5 e 6%) vêm exigir que estes estados, entre os quais Portugal, “caucionem”, fazendo, na prática, o povo “atravessar-se”, em novos“empréstimos” que suscitem a recapitalização desses bancos e, defendem, assegurem que essa banca possa voltar a “emprestar” dinheiro aos estados (novamente a ganhar margens de lucro de 500 e 600%!) e a “reanimar” a economia, quer através do financiamento das empresas, quer do financiamento ao consumo e a particulares;

3.3   Novos “empréstimos” que suscitam mais dívida e o perpetuar da dependência do nosso país ao exterior, visto que, tendo destruído o seu tecido produtivo somos hoje forçados a importar mais de 80% daquilo que necessitamos para alimentar o povo e gerar economia, ao mesmo tempo que constituem um excelente negócio para a banca que, quanto mais “emprestar” ao estado – que lança toda a sorte de medidas terroristas e fascistas para que seja o povo a pagar essa “dívida”-, mais lucros embolsa para os seus accionistas.

Ou seja, é por isso que Fernando Ulrich se pode arrogar vir provocatoriamente afirmar que “antecipa” o pagamento dos empréstimos caucionados pelo estado. É que, os lucros que obteve, pagos pelo povo português, que em nada beneficiou desses “empréstimos”, têm sido o negócio que tem garantido a acumulação capitalista que o sector da especulação imobiliária, pelo menos temporariamente, deixou de proporcionar. Por isso, o mesmo Ulrich tem a arrogante presunção de, ao mesmo tempo que passa a ideia de que tais pagamentos se devem à “excelência” de gestão do banco a que preside, dizer que o povo português pode aguentar mais destes dislates e exploração.

Por isso a emergência de derrubar este governo de serventuários, ao serviço da tróica germano-imperialista, ao serviço dos interesses dos grandes grupos financeiros e bancários. 

Daí a emergência de uma ampla frente democrática e patriótica para constituir um governo cujas primeiras medidas seriam a suspensão imediata do pagamento da dívida (e do serviço da dívida), a nacionalização de todos os sectores e activos estratégicos para uma economia que se deseja independente e ao serviço do povo, a intervenção – militar se necessária – na banca, a preparação emergente para a eventual saída de Portugal da “zona euro” e a recuperação do tecido produtivo nacional, destruído pelos sucessivos acordos e tratados de traição que PS, PSD, com o CDS a reboque, firmaram com a União Europeia e a sua Comissão que mais não representa do que os interesses da potência germânica e dos seus grupos financeiros e bancários.

1 comentário:

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