sexta-feira, 1 de março de 2013

Lutar contra despedimentos e encerramento de unidade da Cimpor





cimpor 01A Comissão de Trabalhadores da referida empresa contesta com vigor o anúncio por parte da Cimpor de que a administração está a ultimar um programa de despedimentos, recordando que, ““quando foi a OPA [Oferta Pública de Aquisição] da Cimpor, em meados de 2012, foi garantido pelo grupo que passou a ter o domínio da Cimpor duas coisas: que o centro de decisão ficava em Portugal e que não haveria despedimentos”, para concluir que “Nem uma nem outra se confirmaram. O centro de decisão só formalmente está em Lisboa porque já não está em Portugal e estes 150 trabalhadores de saída, supostamente através de reformas antecipadas, na prática, significa a perda do emprego para quem não o quer perder”.
A administração da empresa justifica esta decisão, com o “decrescimento de cerca de 70%” das vendas de cimento, tendo no ano de 2012, de acordo com dados oficiais recentemente divulgados, “recuado 27%, para níveis de 1973”.
Esta empresa, detida maioritariamente pela brasileira Intercement, anunciou que nos próximos quatro meses tem a intenção de despedir 210 trabalhadores em Portugal, estando a preparar, no segredo dos deuses, o encerramento da unidade cimenteira situada na Figueira da Foz.
Para os comunistas esta situação é fundamentalmente consequência da perda da independência do país que tem deixado de controlar, paulatinamente, o seu tecido produtivo e a produção, vendendo ao desbarato o que resta dos nossos activos e empresas públicas, em nome do pagamento de uma dívida ilegal, ilegítima e odiosa, como é o exemplo da venda da Cimpor, uma empresa estratégica que qualquer país que queira ser independente nunca lançaria num processo de privatização.
Esta situação deriva, também, da contracção no sector da construção civil que se reflecte na diminuição drástica das obras públicas, derivadas da crise deste sistema capitalista e que atinge dramaticamente os países do sul da Europa, como Portugal. Naturalmente esta contracção tem provocado milhares de despedimentos como foi denunciado no “Manifesto dos Cem Mil”, tendo sido decretado a morte deste sector, nas costas dos trabalhadores da construção civil e obras públicas, provocando um verdadeiro cataclismo no mesmo e uma vaga de desemprego e de miséria nunca visto que já se cifra em cerca de 300 mil trabalhadores.
Esta posição da Cimpor, que conta com a complacência canalha do governo de traição nacional PSD/CDS, tem como cenário pagar uma dívida pública que nenhum de nós contraiu, não autorizou, nem dela beneficiou. O governo paralisa, um após outro, todos os sectores da actividade industrial do país, atirando os trabalhadores e o povo português para a maior pobreza e a maior miséria de todos os tempos.
Não existe outra saída para os trabalhadores da Cimpor senão, em conjunto com os milhares de operários da construção civil, juntarem esforços com todo um povo explorado e oprimido que tem sido espoliado pelas medidas draconianas e terroristas do governo de vendidos aos ditames da Tróica, impondo em seu lugar o mais que premente Governo Democrático Patriótico, governo esse que tem de implementar uma política ao serviço do desenvolvimento e independência nacional, ao serviço do trabalho contra o grande capital.

Retirado de:
http://lutapopularonline.org/index.php/pais/92-movimento-operario-e-sindical/586-lutar-contra-despedimentos-e-encerramento-de-unidade-da-cimpor

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