Apesar
de ter sido escrito em 1985, pelo poeta popular Leonel Santos, justifica-se a
sua
publicação, hoje, pois, quando o governo de traição nacional PSD/CDS tenta instigar o
terror e o medo na sociedade, para que os trabalhadores e o povo não resistam nem lutem
pelo seu derrube, este poema é um autêntico hino, não só contra os mitos, mas contra o
medo que eles alimentam.
publicação, hoje, pois, quando o governo de traição nacional PSD/CDS tenta instigar o
terror e o medo na sociedade, para que os trabalhadores e o povo não resistam nem lutem
pelo seu derrube, este poema é um autêntico hino, não só contra os mitos, mas contra o
medo que eles alimentam.
O GIGANTE “VERMELHO”
Diz-nos a lenda que em tempo distante
Andou nestas ruas soberbo gigante
Que a pedra mais dura da dura calçada
Temia-lhe a bota tamanha e pesada
Lá das alturas o Sol e a Lua
Doiravam o gigante, gingando na rua
Os pombos da praça, a lenda garante
Borravam-se todos ao ver o gigante
Porém o estafermo parecia indiferente
Julgava-se um rei como é evidente
No norte e no sul havia temor
E havia ilusões naquela abantesma de falso valor
Só quem o ouviu no seu apogeu
Fará uma ideia daquela carcaça que a terra sorveu
As suas entranhas cuspiam ao vento
Milhares de façanhas em cada momento
Fazia projectos, traçava futuros
Travava combates, constantes e duros
Sou pelos mais fracos, sou pelo direito
Dizia o gigante, berrando e batendo com força no peito
Falava de esquerda com grande alarido
Em Marx e Mao, ninguém me ultrapassa, dizia o bandido
Com tanta bravata, confesso afinal
Sonhei no gigante, um ser importante e quase imortal
Sonhei digo bem, pois hoje acordado
Não vejo o gigante, nem eu nem ninguém, nem sei do seu fado
Como é que um gigante assim se evapora
Perguntam vocês que o viram outrora
O caso é diferente e bastante bizarro
O gigante era um ente com pernas de barro
E outro gigante mais alto e mais forte
Que o dorso das serras, que o reino da morte
Gigante real, obreiro e capaz
Que mostra o que vale nas obras que faz
Topou-lhe a fraqueza, quebrou-lhe as canelas
E o falso gigante não anda sem elas
E agora se alguém o vir, pois então
Há-de ver que o jagunço não passa de anão…
Duvido porém, que o vejam de novo
Gigantes são mitos; gigante é o Povo!
Andou nestas ruas soberbo gigante
Que a pedra mais dura da dura calçada
Temia-lhe a bota tamanha e pesada
Lá das alturas o Sol e a Lua
Doiravam o gigante, gingando na rua
Os pombos da praça, a lenda garante
Borravam-se todos ao ver o gigante
Porém o estafermo parecia indiferente
Julgava-se um rei como é evidente
No norte e no sul havia temor
E havia ilusões naquela abantesma de falso valor
Só quem o ouviu no seu apogeu
Fará uma ideia daquela carcaça que a terra sorveu
As suas entranhas cuspiam ao vento
Milhares de façanhas em cada momento
Fazia projectos, traçava futuros
Travava combates, constantes e duros
Sou pelos mais fracos, sou pelo direito
Dizia o gigante, berrando e batendo com força no peito
Falava de esquerda com grande alarido
Em Marx e Mao, ninguém me ultrapassa, dizia o bandido
Com tanta bravata, confesso afinal
Sonhei no gigante, um ser importante e quase imortal
Sonhei digo bem, pois hoje acordado
Não vejo o gigante, nem eu nem ninguém, nem sei do seu fado
Como é que um gigante assim se evapora
Perguntam vocês que o viram outrora
O caso é diferente e bastante bizarro
O gigante era um ente com pernas de barro
E outro gigante mais alto e mais forte
Que o dorso das serras, que o reino da morte
Gigante real, obreiro e capaz
Que mostra o que vale nas obras que faz
Topou-lhe a fraqueza, quebrou-lhe as canelas
E o falso gigante não anda sem elas
E agora se alguém o vir, pois então
Há-de ver que o jagunço não passa de anão…
Duvido porém, que o vejam de novo
Gigantes são mitos; gigante é o Povo!
Leonel Santos
Lisboa, 25/4/85
Lisboa, 25/4/85
Este poema é da autoria de Leonel Santos, poeta popular e versa um
«mito»
que faz parte das «memórias» políticas de muitos colegas dos TLP.
Foi publicado no Boletim Informativo do Sindicato dos Telefonistas de Lisboa, n.23, em
Janeiro de 1987.
que faz parte das «memórias» políticas de muitos colegas dos TLP.
Foi publicado no Boletim Informativo do Sindicato dos Telefonistas de Lisboa, n.23, em
Janeiro de 1987.
Grande poema de um poeta popular que tem uma visão do mundo muito especial Honra a Leonel santos.
ResponderEliminarparece mesmo que foi engendrado para colar na testa do Pacheco Pereira:
ResponderEliminar"Falava de esquerda com grande alarido/ Em Marx e Mao, ninguém me ultrapassa, dizia o bandido"
(lol)