sexta-feira, 1 de março de 2013

As cartas da capitulação de Seguro!


Independentemente de se conhecer o conteúdo das cartas que Seguro endereçou a Christine Lagarde, presidente do FMI e ao Banco Central Europeu – conteúdo zelosamente escondido do povo -, o que é relevante denunciar é a aceitação por parte do secretário-geral do PS, e sua pandilha, de que, afinal, quem manda nos destinos de Portugal e dita as medidas terroristas e fascistas que têm sido aplicadas sobre os trabalhadores e o povo português, é a tróica germano-imperialista e as organizações que os seus interesses defendem, tornando-se, pois, necessário, este seu prestar de vassalagem ao invasor e colonizador.

Aliás, o paradigma do comportamento político do PS e seus congéneres europeus, desde François Hollande até ao recentemente eleito Bersani, líder de uma suposta frente de “centro esquerda”, em Itália, tem sido sempre o mesmo. Isto é, face ao crescente descontentamento e revolta popular, sobretudo a nível dos países do sul da Europa, aparecem estes bombeiros do capital, cuja tarefa é a de abafar e apagar o fogo dessa contestação e luta,  a afirmar qualquer coisa como o seguinte: existe dívida, logo tem de ser paga, pelo povo, mas em prestações suaves e com uma carga fiscal “menos dolorosa”!

A velha história do polícia “bom” e do polícia mau! Porque se deve, a quem se deve e quanto se deve, continua a ser escamoteado  pois esta gente sabe que, no dia em que o povo tiver uma resposta cabal a estas questões se recusará, em definitivo, a pagar uma dívida que não contraiu, uma dívida da qual em nada – pelo contrário – beneficiou.

Sempre foi de importância estratégica fundamental que se separassem as águas entre aqueles que defendem o fim e a expulsão da tróica do nosso país, daqueles que aceitam o protagonismo, a liderança e os ditames que a mesma impõe aos trabalhadores e ao povo português. E essa separação de águas é tanto mais necessária quando Seguro e o PS, numa tentativa vã de cavalgar o descontentamento popular, pretendem retirar dividendos políticos, mormente apelando para uma ampla participação na manifestação sob a égide “Que se Lixe a Tróica” a ocorrer no próximo dia 2 de Março em várias cidades do país.

Desiluda-se Seguro. Ninguém se deixará “encantar” pelo seu canto de sereia. Serão bem vindos, porque é seu dever e corresponde aos seus interesses estarem presentes, os militantes e simpatizantes do PS, esses sim verdadeiramente empenhados na luta contra as políticas e programa impostos pela tróica germano-imperialista. Esses sim, empenhados na luta pelo derrube deste governo de serventuários PSD/CDS, na expulsão da tróica germano-imperialista do nosso país, na suspensão do pagamento da dívida e dos juros e na constituição de um governo democrático patriótico.

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